domingo, 22 de janeiro de 2017

SANEAMENTO BÁSICO

Saneamento básico do Brasil é de terceiro mundo!


Reinaldo Coelho

A falta de saneamento básico é causa direta de muitas doenças e mortes em todo o mundo. Os países mais pobres são os mais atingidos pela falta de serviços básicos, como água tratada, esgoto encanado e destinação correta do lixo, o que acaba interferindo diretamente na qualidade e expectativa de vida da população e no seu respectivo desenvolvimento.
Na grande maioria dos casos, os mais afetados pela falta de saneamento básico acabam sendo as crianças, em geral as menores de cinco anos de idade, que não sobrevivem aos quadros de diarreias fortíssimos. Em todo o mundo, anualmente, cerca de 1,4 milhões de crianças morrem em decorrência da diarreia relacionada à falta de saneamento.

Muitas outras doenças também estão associadas à falta de saneamento básico, como: esquistossomose, febre amarela, febre paratifoide, amebíase, ancilostomíase, ascaridíase, cisticercose, cólera, dengue, disenterias, elefantíase, malária, poliomielite, teníase e tricuríase, febre tifóide, giardíase, hepatite, infecções na pele e nos olhos e leptospirose.
Faz-se necessária também a compreensão das autoridades e do poder público de que o custo para a prevenção dessas doenças acaba sendo até mais barato do que os gastos com as tentativas de cura e tratamento, isso sem contar o valor imensurável das vidas perdidas.
Para que o desenvolvimento ocorra de maneira plena, devemos priorizar setores carentes da sociedade onde as condições mínimas de qualidade de vida não fazem parte da realidade destas pessoas.
Números alarmantes apontam que todos os anos em torno de 3,5 milhões de pessoas morrem por falta de acesso à água potável e a condições mínimas de saneamento.

Na grande maioria dos casos, os mais afetados pela falta de saneamento básico acabam sendo as crianças, em geral as menores de cinco anos de idade, que não sobrevivem aos quadros de diarreias fortíssimos. Em todo o mundo, anualmente, cerca de 1,4 milhões de crianças morrem em decorrência da diarreia relacionada à falta de saneamento.

Muitas outras doenças também estão associadas à falta de saneamento básico, como: esquistossomose, febre amarela, febre paratifoide, amebíase, ancilostomíase, ascaridíase, cisticercose, cólera, dengue, disenterias, elefantíase, malária, poliomielite, teníase e tricuríase, febre tifóide, giardíase, hepatite, infecções na pele e nos olhos e leptospirose.

Uma pesquisa, chamada de Ranking do Saneamento Básico nas 100 Maiores Cidades, inclui os dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) do ano base de 2012.
A conclusão aponta para uma lentidão nos investimentos no saneamento por parte das três esferas de governo — nacional, estadual e municipal. O projeto de contemplar 100% das localidades brasileiras com saneamento básico nos próximos 20 anos, portanto, já está comprometido.
 Entretanto, uma melhora foi constatada, a população atendida com água tratada dos 100 maiores municípios passou de 82,7%, em 2012, para 92,2%, em 2013. Do universo de 100 municípios, 22 têm 100% de atendimento dos serviços de saneamento e 89 cidades possuem 80% de suas populações atendidas por rede de esgoto e água.


Um ponto mostra a distorção entre as 100 maiores cidades e o restante do país. Do universo pesquisado pelo Trata Brasil, em média, 62,4% da população tem coleta de esgoto, enquanto que a média nacional, somados todos os municípios, é de 48,3%. O tratamento de esgoto chega a 41,3% da população do conjunto dos 100 municípios. Já a média nacional é de 38,7%.

Apenas duas capitais estão entre as melhores cidades no quesito saneamento: Belo Horizonte, com 100% de coleta de esgoto, e Curitiba (98,5%). Santos e Franca, ambas em São Paulo, foram os outros municípios a alcançarem 100%.

Na parte de baixo da tabela, quatro capitais estão entre as dez piores cidades: Teresina (PI), com 16,3% da população com saneamento, Belém (PA), 7,2%, Macapá (AP), 6%, e Porto Velho (RO), 2,2%. A pior cidade do país nesse quesito é Ananindeua, no Pará, localizada a 19 km de Belém: o município não possui rede de esgoto.
Tratamento aponta queda de capitais
O quesito tratamento de esgoto mostra piora tanto na lista das dez melhores como nas piores. Apenas uma cidade tem 100% de tratamento: Santos. E somente uma capital entra no ranking: Curitiba, com 88,3% da população atendida.

No outro lado da tabela, a situação piora consideravelmente. Seis municípios não possuem tratamento de esgoto, sendo duas capitais, Cuiabá e Porto Velho. Na lista das dez piores, está Belém, com apenas 2,2% da população atendida por tratamento.
 Um dos desafios a serem enfrentados pelo país é reduzir o desperdício. O estudo do Trata Brasil identificou as cidades que mais perdem na distribuição. Das dez do ranking, cinco são capitais: Recife, que perde 59,8% na distribuição, Boa Vista (54,9%), Cuiabá (67,4%), Porto Velho (70,7%) e Macapá (69,4%).
 O pior é a conclusão em relação a uma possível melhora. Segundo o estudo, 90% dos municípios apresentaram menos de 10% de melhorias na contenção do desperdício. Somente 2% resolveram mais da metade do problema (55%).
Falta investimento no setor
Um dos motivos para que o saneamento não melhore no Brasil é a falta de investimento. Para solucionar o problema, é preciso investir o que foi arrecadado com os serviços. O levantamento do Trata Brasil indica que houve pouca preocupação na questão de infraestrutura de 2011 a 2012. A maior parte, 57 cidades, investiu menos do que 20% da arrecadação. Na faixa oposta, nove municípios aplicaram mais de 80% do que arrecadaram em melhorias.
 Em resumo, o quadro mostra que ainda falta muito a ser feito para melhorar o cenário do saneamento básico no Brasil, tanto em capitais como nas cidades de regiões metropolitanas e do interior.


Nenhum comentário:

Postar um comentário

ARTIGO DO GATO - Amapá no protagonismo

 Amapá no protagonismo Por Roberto Gato  Desde sua criação em 1988, o Amapá nunca esteve tão bem colocado no cenário político nacional. Arri...