Saneamento
básico do Brasil é de terceiro mundo!
Reinaldo
Coelho
A falta de saneamento básico é causa direta de muitas doenças
e mortes em todo o mundo. Os países mais pobres são os mais atingidos pela
falta de serviços básicos, como água tratada, esgoto encanado e destinação
correta do lixo, o que acaba interferindo diretamente na qualidade e
expectativa de vida da população e no seu respectivo desenvolvimento.
Na grande maioria dos casos, os mais afetados pela falta de
saneamento básico acabam sendo as crianças, em geral as menores de cinco anos
de idade, que não sobrevivem aos quadros de diarreias fortíssimos. Em todo o
mundo, anualmente, cerca de 1,4 milhões de crianças morrem em decorrência da
diarreia relacionada à falta de saneamento.
Muitas outras doenças também estão associadas à falta de
saneamento básico, como: esquistossomose, febre amarela, febre paratifoide,
amebíase, ancilostomíase, ascaridíase, cisticercose, cólera, dengue,
disenterias, elefantíase, malária, poliomielite, teníase e tricuríase, febre
tifóide, giardíase, hepatite, infecções na pele e nos olhos e leptospirose.
Faz-se necessária também a compreensão das autoridades e do
poder público de que o custo para a prevenção dessas doenças acaba sendo até
mais barato do que os gastos com as tentativas de cura e tratamento, isso sem
contar o valor imensurável das vidas perdidas.
Para que o desenvolvimento ocorra de maneira plena, devemos
priorizar setores carentes da sociedade onde as condições mínimas de qualidade
de vida não fazem parte da realidade destas pessoas.
Números alarmantes apontam que todos os anos em torno de 3,5
milhões de pessoas morrem por falta de acesso à água potável e a condições
mínimas de saneamento.
Na grande maioria dos casos, os mais afetados pela falta de
saneamento básico acabam sendo as crianças, em geral as menores de cinco anos
de idade, que não sobrevivem aos quadros de diarreias fortíssimos. Em todo o
mundo, anualmente, cerca de 1,4 milhões de crianças morrem em decorrência da
diarreia relacionada à falta de saneamento.
Muitas outras doenças também estão associadas à falta de
saneamento básico, como: esquistossomose, febre amarela, febre paratifoide,
amebíase, ancilostomíase, ascaridíase, cisticercose, cólera, dengue,
disenterias, elefantíase, malária, poliomielite, teníase e tricuríase, febre
tifóide, giardíase, hepatite, infecções na pele e nos olhos e leptospirose.
Uma pesquisa, chamada de Ranking do Saneamento Básico nas 100
Maiores Cidades, inclui os dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento
(SNIS) do ano base de 2012.
A conclusão aponta para uma lentidão nos investimentos no
saneamento por parte das três esferas de governo — nacional, estadual e
municipal. O projeto de contemplar 100% das localidades brasileiras com
saneamento básico nos próximos 20 anos, portanto, já está comprometido.
Entretanto, uma
melhora foi constatada, a população atendida com água tratada dos 100 maiores
municípios passou de 82,7%, em 2012, para 92,2%, em 2013. Do universo de 100
municípios, 22 têm 100% de atendimento dos serviços de saneamento e 89 cidades
possuem 80% de suas populações atendidas por rede de esgoto e água.
Um ponto mostra a distorção entre as 100 maiores cidades e o
restante do país. Do universo pesquisado pelo Trata Brasil, em média, 62,4% da
população tem coleta de esgoto, enquanto que a média nacional, somados todos os
municípios, é de 48,3%. O tratamento de esgoto chega a 41,3% da população do
conjunto dos 100 municípios. Já a média nacional é de 38,7%.
Apenas duas capitais estão entre as melhores cidades no
quesito saneamento: Belo Horizonte, com 100% de coleta de esgoto, e Curitiba
(98,5%). Santos e Franca, ambas em São Paulo, foram os outros municípios a
alcançarem 100%.
Na parte de baixo da tabela, quatro capitais estão entre as
dez piores cidades: Teresina (PI), com 16,3% da população com saneamento, Belém
(PA), 7,2%, Macapá (AP), 6%, e Porto Velho (RO), 2,2%. A pior cidade do país
nesse quesito é Ananindeua, no Pará, localizada a 19 km de Belém: o município
não possui rede de esgoto.
Tratamento aponta queda
de capitais
O quesito tratamento de esgoto mostra piora tanto na lista
das dez melhores como nas piores. Apenas uma cidade tem 100% de tratamento:
Santos. E somente uma capital entra no ranking: Curitiba, com 88,3% da
população atendida.
No outro lado da tabela, a situação piora consideravelmente.
Seis municípios não possuem tratamento de esgoto, sendo duas capitais, Cuiabá e
Porto Velho. Na lista das dez piores, está Belém, com apenas 2,2% da população
atendida por tratamento.
Um dos desafios a
serem enfrentados pelo país é reduzir o desperdício. O estudo do Trata Brasil
identificou as cidades que mais perdem na distribuição. Das dez do ranking,
cinco são capitais: Recife, que perde 59,8% na distribuição, Boa Vista (54,9%),
Cuiabá (67,4%), Porto Velho (70,7%) e Macapá (69,4%).
O pior é a conclusão
em relação a uma possível melhora. Segundo o estudo, 90% dos municípios
apresentaram menos de 10% de melhorias na contenção do desperdício. Somente 2%
resolveram mais da metade do problema (55%).
Falta investimento no
setor
Um dos motivos para que o saneamento não melhore no Brasil é
a falta de investimento. Para solucionar o problema, é preciso investir o que
foi arrecadado com os serviços. O levantamento do Trata Brasil indica que houve
pouca preocupação na questão de infraestrutura de 2011 a 2012. A maior parte,
57 cidades, investiu menos do que 20% da arrecadação. Na faixa oposta, nove
municípios aplicaram mais de 80% do que arrecadaram em melhorias.
Em resumo, o quadro
mostra que ainda falta muito a ser feito para melhorar o cenário do saneamento
básico no Brasil, tanto em capitais como nas cidades de regiões metropolitanas
e do interior.
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