259 anos de Macapá
Exposição - Arcanjo e Mylla:
‘De uma suave lembrança aos sonhos
coloridos’
Artistas
plásticos exporão na Biblioteca Pública ‘Elcy Lacerda’ como parte da
programação do aniversário de Macapá.
Da
Ediotoria
A
programação cultural para a comemoração dos 259 anos de Macapá, que
transcorrerão dia 4, sábado, inclui a exposição ‘De uma suave lembrança aos
sonhos coloridos’, duo de Miguel Arcanjo e Mylla Oliveira, na Biblioteca
Pública ‘Elcy Lacerda’. A abertura da expô ocorreu na última quinta-feira, (2).
Miguel Arcanjo
Miguel-Arcangelo-artista-plastico |
Arcanjo
exporá dez obras em betume, técnica não muito empregada nas artes plásticas em
função do necessário domínio que a arte requer. É na boa equalização das formas
e cores, entre o preto e o branco, que surge o popular e o histórico emanado da
mente do artista.
Com
raro domínio, o expressionismo em betume de Miguel Arcanjo impressiona qualquer
observador. São verdadeiros retratos que mostram inicialmente a arquitetura
histórica de Macapá, a Igreja Matriz de São José; a Fortaleza de São José;
antiga Doca da Fortaleza, a velha Beira (atual Cândido Mendes, principal área
comercial de Macapá), veleiros, canoeiros… Uma viagem no tempo que o tempo
esqueceu e deixamos esquecido no tempo que se perdeu…
Com
mestria, Arcanjo resgata a memória macapaense, e em certos momentos leva o
observador para dentro das telas, ao início do século XX. Uma época de
desbravadores, pioneirismo e muito que trabalhar na terra e pela terra.
Acadêmico
de arquitetura na Faculdade de Macapá (Fama), designer de programação visual e
portador de título de menção honrosa expedido pela Câmara Municipal de Macapá,
de autoria da ex-vereadora Helena Guerra, o paraense de 54 anos, boa parte
vividos no Amapá, já expôs divulgando a região do Amapá em Brasília, no Senado
Federal, na Exposição Talentos 2005, ao lado do artista plástico regionalista
Wagner.
Miguel
Arcanjo possui painel de sua autoria exposto em Buenos Aires, Argentina,
intitulada Alto Mar, assim como obras expostas nas prefeituras de Macapá,
Laranjal do Jari, Palácio do Governo do Estado do Amapá e nas mãos de diversos
admiradores e colecionadores, como em Florianópolis. Despertou para a pintura
em 1981, em Belém do Pará, quando cursava o 2º grau no colégio Souza Franco.
Mylla
Jamylla Oliveira, Mylle - academica de Direito e artista plástica |
Jamylla
Oliveira, conhecida no meio artístico como Mylla, vigiense, 33 anos, com 20
radicados no Amapá, explora com muita propriedade a arte pop contemporânea com
riqueza criativa de formas, cores e luzes a chamar a atenção de qualquer
observador. Suas obras, sete telas em acrílico sobre tela, por vezes exploram o
surreal, mitos e lendas da Amazônia.
‘Criaturas
da noite’, ‘A fome dos insetos’, ‘Curupiras’ e a ‘Cobra Sofia’ ganham em suas
mãos vida, cor e luz. Técnica e temáticas bem interessantes que poderiam ser
aproveitadas num inovador e criativo desenvolvimento de alegorias e alas de uma
escola de samba de bom gosto.
A
obra Fome, por exemplo, mostra a necessidade que algumas criaturas têm de
comer, sem nenhuma conseguir. Em Criaturas da noite, apenas uma, a Sentinela,
que vê os primeiros raios do Rei Sol, avisa que a noite já se vai…
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