terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

EDITORIAL

Gestão compartilhada

Não há como o Estado crescer, se fortalecer sem arrastar nessa esteira os municípios que o compõe. Esse entendimento tem norteado as ações entre Países que se agruparam em Blocos Econômicos e os Estados da Amazônia Legal que, neste ano de 2017, realizaram em Macapá seu 13º Fórum. O objetivo de unir forças é óbvio. Crescer de forma compartilhada, dividindo problemas comuns e encontrando soluções conjuntamente.

Nesse sentido, o governador Waldez Góes tem se mostrado hábil. Sem os municípios, o Estado não sai do lugar. Isso é fato. Na semana que passou os gestores municipais, com exceção de Macapá, Santana e Oiapoque, reuniram com os técnicos do Estado e passaram quatro dias de exaustiva discussões numa busca de elencar problemas e entabular soluções para os mesmos.

A dinâmica foi agrupar os municípios por regiões e daí buscar soluções conjuntas para que todos superem as dificuldades municipais que, diga-se, pela grita dos alcaides não são poucas. E não é pra menos. A equação do Pacto Social tem sido “draconiana” com os municípios. Aumenta a responsabilidade e não aumenta na mesma grandeza os recursos.

Macapá e Santana estarão adstritos em outro planejamento por pertenceram à região metropolitana do Estado. E Oiapoque também requer planejamento específico em função de sua posição geográfica, fazendo fronteira com a Guiana Francesa, região ultramar da França.

Outro destaque desses quatro dias de trabalho foi a participação do município paraense de Almeirim. Para o Amapá é importante um compartilhamento da região entre Pará e o Amapá, pois a Ponte sobre o Rio Jari que vai ligar o Amapá ao Continente, através das terras paraenses de Almeirim exige um esforço concentrado dos dois entes da federação.

O governador Waldez Góes tem se mostrado habilidoso nessas tratativas, que se apresentam eficientes na solução de problemas estruturais que pareceriam insolúveis e até seriam, se não fosse conjugação de forças, como fez Amapá, Acre, Mato Grosso e Tocantins quando o assunto foi modificar a legislação para aplicação de recursos do Sistema Único de Saúde (SUS) que dividia os recursos e os condicionava sua aplicação específica em custeio ou Investimento.

A partir das conversas com o Planalto Central as verbas agora obedecerão a discricionariedade de cada Ente federado. Para uma região pobre, só a união é capaz de fazer a diferença. Assim a Amazônia vai.


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