Com o advento da televisão no Amapá,
Hélio Pennafort foi um dos primeiros repórteres da TV Amapá e também redigia o Jornal
do Amapá, telejornal da emissora que até hoje continua no ar.
Jornalista Hélio Pennafort ( * 1938 - +
2001)
Reinaldo Coelho
Esta semana trazemos para o acervo da
editoria da editoria de pioneirismo do Tribuna Amapaense, uma das personagens
históricas do Amapá, o jornalista Hélio Pennafort que atuou e influencia é
referencia em diversos segmentos da sociedade local. Aproveitamos que
comemoramos duas datas que são de referencia ao Hélio, o Dia Mundial do Rádio e
o Dia do Repórter, profissão esta que ele exerceu com maestria.

Merecidamente o jornalista Hélio
Pennafort teve seu nome denominando o estúdio de transmissão da Rádio
Universitária 96,9 FM. De acordo com o diretor da rádio, Fernando Canto, o ato
da Universidade Federal do Amapá (UNIFAP) é um singelo e justo tributo ao
profissional de imprensa que sempre pautou seus trabalhos na consolidação da
identidade amapaense.
Hélio Pennafort nasceu no
município amapaense de Oiapoque, no dia 21 de janeiro de 1938, filho de Rocque
de Souza Pennafort e Cesarlina Guarany Pennafort e faleceu em São Paulo, no dia
19 de fevereiro de 2001 em decorrência de problemas respiratórios.
A veia jornalística começou cedo, em
1958 já editava em sua terra natal o jornal Vaga-lume, totalmente confeccionado
em máquina de escrever e papel manilha, numa tiragem de 20 exemplares. Dois
anos depois começa a colaborar com jornais da capital e desde essa época nunca
mais abandonou o jornalismo.
Quando veio para Macapá começou a
trabalhar na Rádio Difusora e, logo depois, ingressou na Rádio Educadora,
emissora pertencente à Prelazia. Foi intenso o seu trabalho naquela época, onde
redigia e produzia vários programas, chegando a criar uma mininovela denominada
‘Um Pedaço de Vida’, que também dirigiu.
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PAI E FILHO - ROCQUE PENNAFORT E HELIO PENNAFORT |
Hélio também colaborava com o jornal A
Voz Católica, onde publicava semanalmente uma coluna com reportagens,
principalmente realizadas no interior, onde sempre esteve presente no contato
direto com o caboclo amapaense, que conhece tão bem e soube imortalizar através
de suas obras e do imenso acervo fotográfico que possui.
Em 1973 estendeu suas atividades
jornalísticas passando a publicar reportagens no jornal A Província do Pará.
Além disso, teve trabalhos seus publicados no Jornal do Brasil e no Jornal da
Tarde. Com o advento da televisão, Hélio Pennafort foi um dos primeiros
repórteres da TV Amapá e também redigia o Jornal do Amapá, telejornal da
emissora que até hoje continua no ar.
Trajetória no serviço público
Ao lado de suas atividades
jornalísticas, Hélio também fez carreira no serviço público do ex-Território,
onde ingressou em 1957, como radiotelegrafista em Vila Velha do Cassiporé,
sendo posteriormente transferido para Oiapoque, onde permaneceu até 1964, época
em que foi transferido para Macapá.
Nesse mesmo ano foi designado para
exercer o cargo de prefeito do município de Calçoene, onde ficou até 1966. De
1973 em diante começou a trabalhar no Palácio do Setentrião onde exerceu os
cargos de assessor de relações públicas, assessor para assuntos de turismo,
assessor de imprensa, subchefe e chefe de gabinete do governador.
Participou da equipe do primeiro
governo do Estado do Amapá como Diretor do Departamento de Comunicação Social.
Documentarista, escritor, fotógrafo...
Por vários anos foi membro do Conselho
de Cultura, é membro da Associação Amapaense de Escritores- APES e da Academia
Amapaense de Letras e recebeu vários títulos e homenagens, como o Diploma de
Honra ao Mérito e o título de Cidadão de Macapá outorgados pela Câmara de
Vereadores. O Comando Militar da Amazônia também lhe deu o título de
Colaborador Emérito do Exército.
Obras publicadas
Microreportagem. Macapá, Imprensa
Oficial: 1982; Um Pedaço Fotopoético do Amapá (l983); Entrevista ao Leitor
(sd); Estórias do Amapá (1984); Os Heróis da Ribanceira (1986); Amapaisagens
(1992); Barcellos – Síntese de dois Governos (1994).
Seus livros abordam aspectos
socioculturais do povo amapaense, bem como procuram descrever as belezas
naturais da região, além do registro bem-humorado dos “causos” e da vida do
caboclo.
Desportista
Como esportista, jogou voleibol e
formou na Seleção do Oiapoque que disputou e venceu o torneio de voleibol
alusivo ao aniversário do Território, em 1963, em Macapá.
Entre os títulos e homenagens que
recebeu, destacam-se o diploma de Honra ao Mérito e o título de Cidadão de
Macapá, concedidos pela Edilidade.
Família
Casou-se em segunda núpcia com Irenilde
Gibson Barbosa com quem teve quatro filhas: Hélida Cordeiro Pennafort,
Helenilde Gibson Barbosa Pennafort e Hirene Gibson Barbosa Pennafort, além de
Juliana Cordeiro Pennafort (do 1º casamento). Depois de aposentado do serviço
público, Hélio continuou militando na imprensa amapaense. (Texto de
Paulo Tarso Barros)
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