Carnaval: Rede Abraça-me intensifica campanha contra a violência
sexual
Da Editoria

A campanha com o tema “Abuso e Exploração
Sexual de Crianças e Adolescentes não dá Samba, dá Cadeia” visa incentivar as
pessoas a fazerem denúncias contra casos de violência sexual por meio do Disque
100 ou 190, além de buscar ações preventivas, através de palestras em escolas
entre outras ações, a rede busca também, melhorar os serviços de atendimento e
acompanhamento das vítimas.
Serão distribuídos materiais informativos e
os trabalhos de fiscalização serão constantes. Estarão presentes representantes
de vários órgãos e instituições como os Conselhos Tutelares, Delegacia
Especializada na Repressão de Crimes Contra Criança e Adolescentes (DERCCA),
secretaria de Estado da Saúde (Sesa), Ministério Público e o Juizado da
Infância e da Juventude, entre outros.
Segundo a secretária adjunta da Sims,
Patrícia da Silva, é preciso prevenir problemas como as violações aos direitos
das crianças e dos adolescentes, além do abuso e exploração sexual. “As
campanhas também contribuem para que a sociedade se comprometa no sentido de
nunca silenciar e de não se submeter a qualquer contexto que não seja o de
assegurar os direitos humanos”, destacou.
Em 2016, segundo dados do Ministério Público,
o Amapá recebeu 183 denúncias de violências praticadas contra crianças e
adolescentes. Em 2015, a média de denúncias recebidas foi de 245 contabilizadas
pelo disque 100. Outros dados apontam ainda que o município de Macapá detém
63,39% das denúncias, seguidos dos municípios de Santana com 16,39%, Laranjal
do Jarí 7,10% e Mazagão 2,73%.
Com base na confirmação das denúncias do ano
de 2016 foi levantado, também, o perfil das vítimas e dos suspeitos. Diante dos
números, 55,39% das vítimas são meninas e 36,80% meninos, com maior incidência
na faixa etária de 0 a 11 anos, representando 69%, e 38,22% de adolescentes
vitimados.
Quanto aos suspeitos, os dados apontam a
prevalência de homens na prática: somam 49,52%. As mulheres respondem por um
percentual de 45,19%. Informações chamam atenção também para o grau de
parentesco com a vítima: 59,61% são mães e pais. Os “conhecidos” somam 17,73%,
padrastos 5,42%, avós 3,94% e tios 2,96%.
O que fazer?
A primeira coisa é observar se a violência sexual ocorreu até 72 horas antes. Nestes casos, a vítima deve ser levada imediatamente para atendimento médico de emergência, onde serão realizadas medidas de anticoncepção de emergência e profilaxia das DST, HIV, tétano e hepatites. Enquanto faz o atendimento, o próprio hospital comunicará o fato à delegacia e ao Conselho Tutelar.
As denúncias de violência contra crianças e
adolescentes podem ser feitas também através dos Conselhos tutelares, Zona
Norte, contato: (96) 99188-1399 e Zona Sul, contatos: (96) 99145-2016/
8807-3654.
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