Crianças e Jovens violentos
Hoje é comum os jornais noticiarem assaltos,
assassinatos, agressões ou mesmo brigas sem aparente motivo envolvendo crianças
e adolescentes. Observa-se que as crianças agressivas costumam ter algum traço
difícil na personalidade, e quando falamos em crianças e adolescentes temos de
levar em conta que a legislação brasileira considera como criança a pessoa com
idade entre zero e doze anos, e passíveis apenas da aplicação de medidas
protetoras quando cometem infração (delinquência) ou se encontram em situação
de risco, de acordo com o art. 101 da Lei n. 8069/90, que é o Estatuto da
Criança e do Adolescente.
A adolescência, por sua vez, se considera
para pessoas entre os doze e os dezoito anos, encontrando-se as mesmas sujeitas
à aplicação das mesmas medidas protetoras e à aplicação de medidas socioeducativas
(art. 112 do mesmo Estatuto da Criança e do Adolescente).
Marcos Paterra, em uma publicação, destaca
que os adolescentes que se destacam pela hostilidade exagerada podem ter um
histórico de condutas agressivas que remonta a idades muito mais precoces, como
no período pré-escolar, por exemplo. A agressividade, por si só, não pode ser
considerada um transtorno psiquiátrico específico, ela é, antes disso, sintoma
que reflete uma conduta desadaptada.
Kardec, em Obras Póstumas disse: “Cada um pensa em si, antes de pensar nos
outros, e quer a sua própria satisfação antes de tudo, cada um procura, naturalmente,
se proporcionar essa satisfação a qualquer preço, e sacrifica, sem escrúpulos,
os interesses de outrem, desde as menores coisas até as maiores, na ordem moral
como na ordem material; daí todos os antagonismos sociais, todas as lutas,
todos os conflitos e todas as misérias, porque cada um quer despojar o seu
vizinho”.
Analisando na ótica espírita, e supondo de
que grande parte desses jovens estejam sob influência de obsessões, é claro no
caso de espíritos perversos as
influências negativas e persuasões ao
mal, nesse caso, pode acontecer inclusive com crianças de pouca idade, correndo o risco de ser considerada
“alucinação” ou “loucura”, impedindo que o que manifeste este problema tenha um
atendimento. Infelizmente, nem os profissionais da saúde e muito menos os
familiares estão preparados para entender o fenômeno, pois desconhecem ou
tentam ignorar, por medo ou por preconceito religioso.
“Os
Espíritos exercem incessante ação sobre o mundo moral e mesmo sobre o mundo
físico. Atuam sobre a matéria e sobre o pensamento e constituem uma das
potências da Natureza, causa eficiente de uma multidão de fenômenos até então
inexplicados ou mal explicados e que não encontram explicação racional senão
no Espiritismo”. “As relações dos
Espíritos com os homens são constantes. Os bons Espíritos nos atraem para o
bem, nos sustentam nas provas da vida e nos ajudam a suportá-las com coragem e
resignação. Os «maus nos impelem para o mal: é-lhes um gozo ver-nos “sucumbir e
assemelhar-nos a eles”. (O Livro dos Espíritos
– Allan Kardec)
Tanto na psicologia como no espiritismo, a
solução se encontra na transformação de nós mesmos, em todos os níveis,
inclusive no ético-moral. É vital para a modificação de hábitos, acrescentando
vida aos nossos dias. A chamada Reforma Íntima deve acompanhar por um processo
contínuo de Autoconhecimento (O Livro dos Espíritos).
“O
homem pode e deve ser considerado como sendo sua própria mente. Aquilo que
cultiva no campo íntimo, ou que o propele com insistência a realizações, constitui
a sua essência e legitimidade, que devem ser estudadas pacientemente, a fim de
poder enfrentar os paradoxos existenciais ‘parecer’ e ‘ser’, as inquietações e
tendências que o comandam, estabelecendo os paradigmas corretos para a jornada,
liberado dos choques interiores em relação ao comportamento externo”. (O Ser Consciente – Divaldo Franco)
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