sexta-feira, 28 de abril de 2017

Artigo do Rei


Crianças e Jovens violentos

Hoje é comum os jornais noticiarem assaltos, assassinatos, agressões ou mesmo brigas sem aparente motivo envolvendo crianças e adolescentes. Observa-se que as crianças agressivas costumam ter algum traço difícil na personalidade, e quando falamos em crianças e adolescentes temos de levar em conta que a legislação brasileira considera como criança a pessoa com idade entre zero e doze anos, e passíveis apenas da aplicação de medidas protetoras quando cometem infração (delinquência) ou se encontram em situação de risco, de acordo com o art. 101 da Lei n. 8069/90, que é o Estatuto da Criança e do Adolescente.
A adolescência, por sua vez, se considera para pessoas entre os doze e os dezoito anos, encontrando-se as mesmas sujeitas à aplicação das mesmas medidas protetoras e à aplicação de medidas socioeducativas (art. 112 do mesmo Estatuto da Criança e do Adolescente).
Marcos Paterra, em uma publicação, destaca que os adolescentes que se destacam pela hostilidade exagerada podem ter um histórico de condutas agressivas que remonta a idades muito mais precoces, como no período pré-escolar, por exemplo. A agressividade, por si só, não pode ser considerada um transtorno psiquiátrico específico, ela é, antes disso, sintoma que reflete uma conduta desadaptada.
Kardec, em Obras Póstumas disse: “Cada um pensa em si, antes de pensar nos outros, e quer a sua própria satisfação antes de tudo, cada um procura, naturalmente, se proporcionar essa satisfação a qualquer preço, e sacrifica, sem escrúpulos, os interesses de outrem, desde as menores coisas até as maiores, na ordem moral como na ordem material; daí todos os antagonismos sociais, todas as lutas, todos os conflitos e todas as misérias, porque cada um quer despojar o seu vizinho”.
Analisando na ótica espírita, e supondo de que grande parte desses jovens estejam sob influência de obsessões, é claro no caso de espíritos perversos  as influências negativas e persuasões  ao mal, nesse caso, pode acontecer inclusive com crianças de pouca  idade, correndo o risco de ser considerada “alucinação” ou “loucura”, impedindo que o que manifeste este problema tenha um atendimento. Infelizmente, nem os profissionais da saúde e muito menos os familiares estão preparados para entender o fenômeno, pois desconhecem ou tentam ignorar, por medo ou por preconceito religioso.
Os Espíritos exercem incessante ação sobre o mundo moral e mesmo sobre o mundo físico. Atuam sobre a matéria e sobre o pensamento e constituem uma das potências da Natureza, causa eficiente de uma mul­tidão de fenômenos até então inexplicados ou mal ex­plicados e que não encontram explicação racional senão no Espiritismo”. “As relações dos Espíritos com os homens são constantes. Os bons Espíritos nos atraem para o bem, nos sustentam nas provas da vida e nos ajudam a suportá-las com coragem e resignação. Os «maus nos impelem para o mal: é-lhes um gozo ver-nos “sucumbir e assemelhar-nos a eles”. (O Livro dos Espíritos –  Allan Kardec)
Tanto na psicologia como no espiritismo, a solução se encontra na transformação de nós mesmos, em todos os níveis, inclusive no ético-moral. É vital para a modificação de hábitos, acrescentando vida aos nossos dias. A chamada Reforma Íntima deve acompanhar por um processo contínuo de Autoconhecimento (O Livro dos Espíritos).

O homem pode e deve ser considerado como sendo sua própria mente. Aquilo que cultiva no campo íntimo, ou que o propele com insistência a realizações, constitui a sua essência e legitimidade, que devem ser estudadas pacientemente, a fim de poder enfrentar os paradoxos existenciais ‘parecer’ e ‘ser’, as inquietações e tendências que o comandam, estabelecendo os paradigmas corretos para a jornada, liberado dos choques interiores em relação ao comportamento externo”. (O Ser Consciente – Divaldo Franco)

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