sexta-feira, 28 de abril de 2017

SEGURANÇA NAS ESCOLAS




SEGURANÇA NAS ESCOLAS
Foto: Erich Macias.

Segurança com câmeras de monitoramento e profissionais especializados são padronizados nas escolas estaduais 

Reinaldo Coelho

Houve um tempo que os pais ficavam tranquilos enquanto os filhos ficavam na escola, que sempre foi um local de aprendizado. Mas hoje se tem visto notícias apavorantes. Aluno agredindo professor, alunos entre si se digladiando, invasão por delinquentes juvenis, assaltos e arrombamentos.
A escola se transformou em um ambiente de violência e os gestores passaram a montar um projeto que devolvesse a tranquilidade que se perdeu.

A instalação de câmeras de vídeo em todas as escolas da rede estadual de ensino foi a ferramenta encontrada de garantir a segurança de alunos e professores, além de coibir o consumo de drogas, cigarros, bebidas e a ação de vândalos no entorno das unidades de ensino.

A ideia é devolver a tranquilidade aos pais e trazer de volta o objetivo da escola, que é passar conhecimento, e não um ambiente de violência, como o que vinha ocorrendo nos dias atuais.

Nas escolas privadas de Macapá e Santana o monitoramento já é uma realidade. Desde o início do ano, o modelo já foi implantado em 100 unidades da rede pública estadual e cerca de 80 com as imagens já monitoradas em tempo real.

As aulas da rede estadual de ensino tiveram início e mais de cem unidades já receberam o equipamento de monitorização. O sistema é interligado ao Centro Integrado de Operações em Defesa Social (CIODES), que também acompanhará em tempo real o que estará acontecendo nas unidades escolares.
A secretária adjunta da Educação, Keuli Baia, responsável direta pela execução do Projeto de monitoramento das escolas, explicou a reportagem que em um primeiro momento a implantação aconteceria em 134 prédios, sendo escolas e nos prédios administrativos da SEED.
Secretária adjunta da Educação, Keuli Baia

No momento os serviços estão ocorrendo apenas nas escolas, temos 110 escolas com o sistema em plena fase de implantação que vai desde a preparação física para receber o monitoramento até sua finalização que é a transmissão de imagens e preparação de pessoal das escolas”.

Houve atraso na entrega em função da falta de material no mercado local, haja visto que uma cláusula do contrato prevê a compra de equipamentos e materiais no Amapá, bem como a contratação de mão de obra, além de problemas tecnológicos com a internet. “Nossa expectativa é estar com 100% das escolas conectadas ao sistema de vídeo monitoramento até o dia 30 de maio, um mês antes do prazo estipulado em contrato”, garantiu Keuli.


No total, seis mil câmeras serão instaladas em todas as escolas. Em caso de furto, cada unidade escolar terá o ressarcimento de até R$ 22 mil pela empresa de vigilância, a partir do momento que estiver conectada à central. O valor é correspondente ao ressarcimento de um seguro contratado pela empresa de vigilância.




O contrato de vigilância monitorada tem duração de um ano, podendo ser prorrogado por até 60 meses. Cada escola contará com circuitos de câmeras, de alarmes e de TV, além de cobertura de seguro patrimonial, manutenção e monitoramento 24 horas. Além da Central de Monitoramento em Macapá, uma base está sendo montada em Santana para atender com maior agilidade às demandas dos colégios do município.
A SEED destacou ainda que o custo com o novo esquema de segurança é de R$ 12 milhões ao ano. Além das câmeras, algumas escolas terão também a presença física de vigilantes. Está em processo de licitação a contratação de uma empresa de vigilantes, informou a instituição. A soma dos dois modelos pode custar até R$ 20 milhões aos cofres públicos.
É importante destacar para a sociedade que estamos fazendo o nosso trabalho e o contrato que tínhamos era de R$ 60 milhões e atualmente não é mais viável. O valor para a segurança nas escolas foi reduzido”, disse a secretária.

Investimento com economia

Desde junho de 2016, após um estudo financeiro realizado pela Secretaria Estadual de Educação, foi detectada a impossibilidade da manutenção dos contratos de vigilância em vigor até o dia 3 de agosto. “Esses contratos com a repactuação iriam para R$ 68 milhões sendo um valor maior do que a capacidade de investimentos do Estado. Paralelo já existia um estudo do monitoramento eletrônico realizado pela Secretaria Estadual de Administração e tinha sido identificado em outras unidades da federação a efetividade do sistema e a redução de custos em 70%”, explicou Keuli Baia.
Esses estudos deram suporte para a decisão conjunto da SEED e o Governo do Estado de apostar no monitoramento. “Os contratos de vigilância, apesar de muito diálogo, em conjunto com as lideranças sindicais, eles foram encerrados e iniciou-se um processo licitatório para as áreas urbanas de Macapá e Santana para que se iniciasse a implantação”.
Para o governo estadual, o investimento vai proporcionar uma grande redução de custos aos cofres públicos. A SEED diz que gastava R$ 4 milhões em vigilância por mês. Com o funcionamento do sistema de monitoramento, esse valor vai cair para pouco mais de R$ 1 milhão. São R$ 12,3 milhões investidos pelo governo. A empresa Ativa System Brasil, do Grupo Ferreira Souza, é quem fará a prestação do serviço.
Além da comunidade escolar, a comunidade do entorno da escola também ganha, já que a área ao redor do colégio passará a contar com câmeras de vigilância. Uma vez monitoradas essas áreas, estaremos inibindo o vandalismo”, ressaltou a secretária adjunta.


App de celular é nova ferramenta para monitorar escolas no Amapá


Diretores de mais de 100 escolas da rede estadual de ensino do Amapá vão monitorar o que acontece dentro e nos arredores das unidades de ensino por meio de um aplicativo no celular. Essa tecnologia já permite que imagens de câmeras de segurança instaladas nas escolas estejam nas mãos dos educadores, que auxiliarão a Central de Monitoramento e o Centro Integrado de Operações de Defesa Social (CIODES) em caso de ocorrências.

Os diretores terão como suporte uma central de monitoramento que transmitirá 24 horas as imagens pelo aplicativo Safety Security, disponibilizado pela empresa Ativa System Brasil, prestadora do serviço de vigilância monitorada. Uma das funções da tecnologia é o botão de pânico para emergências.

O sistema será interligado ao CIODES e ao Batalhão de Operações Especiais (BOPE) da Polícia Militar, que poderão ser acionados via apps em caso de emergências. “Com a ferramenta instalada no celular, o diretor terá o compromisso de acessar as imagens, principalmente aos fins de semana, para saber se está tudo ocorrendo dentro da normalidade”, pontuou a secretária.

Policiamento Escolar

O comandante-geral da PM informou que o sistema de vigilância eletrônica funcionará por meio de alarme de sensores infravermelhos, com câmeras.
Um estudo está sendo feito e a PM vai auxiliar para que as escolas não fiquem órfãs”, disse Correa.
Teremos 35 viaturas, incluindo o Batalhão de Operações Especiais (BOPE), realizando ronda nas 136 escolas da rede estadual de Macapá e Santana”, destacou o comandante.
O comandante da PM considerou que a opção pela vigilância eletrônica é uma evolução. “Iremos nos adaptar e garantir a segurança nas escolas”, concluiu.


Bope prepara patrulheiros para atuar em vigilância monitorada nas escolas


Profissionais receberam treinamento de técnicas defensivas e de abordagem. Patrulhamento ocorrerá em situações de suspeita de ocorrência.



Além do monitoramento integrado entre a empresa de vigilância monitorada Ativa System Brasil, o Centro Integrado de Operações de Defesa Social (CIODES), e o Batalhão de Operações Especiais (Bope) da Polícia Militar, as escolas estaduais em vulnerabilidade também terão a cobertura de 12 patrulheiros nas unidades de ensino sempre que houver suspeita de ocorrências.
Os profissionais receberam treinamento específico do Bope, garantindo mais preparação nas abordagens. Eles receberam certificado de participação nesta sexta-feira, 24. Os patrulheiros aprenderam técnicas de direção defensiva de moto, mobilização tática, defesa pessoal, uso de algemas e tonfa, e serão responsáveis por ir até as unidades sempre que a Central de Monitoramento detectar alguma movimentação suspeita, e também de acionar o CIODES e o Bope quando houver necessidade.
O treinamento do Bope aos patrulheiros de uma empresa privada é inédito no Amapá, segundo o comandante do Batalhão, tenente-coronel Paulo Matias. Para o oficial, os patrulheiros estão preparados para executarem com sucesso a missão de proteger o patrimônio público escolar. “Parabenizo o empenho dos patrulheiros durante o treinamento e a força integrada juntamente com o sistema de monitoramento para garantir mais segurança à comunidade”, disse.
Há previsão de que outros treinamentos ocorram para reciclar as técnicas aprendidas e agregar novos conhecimentos. A vigilância monitorada conta com 12 patrulheiros, câmeras de longo alcance e cobertura instaladas em pontos estratégicos nas escolas de maior vulnerabilidade. O monitoramento acontece por uma central integrada que acompanha em tempo real os espaços interno e externo das escolas.

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