A encruzilhada dos aplicativos de transporte
É bom para o consumidor e ruim para o
profissional taxista?
Ambos têm que se adaptar e cumprir a
legislação pertinente ao assunto. Macapá acaba de receber a implantação de
aplicativos para transporte alternativo com a chegada da Uber e da Yet Go, que
já recrutaram motoristas através das redes sociais e que tem usuário utilizando
os serviços com preços mais em conta aos cobrados pelos taxistas profissionais,
que como em todo o mundo e no Brasil há três anos foram as ruas protestar e
cobrar das autoridades a aplicação justa da lei e que fossem cobrados os
tributos e taxas que eles cumprem anualmente.
O Tribuna Amapaense, nesta edição, está
apresentando elementos de debates sobre o serviço de táxi e as mudanças
ocorridas nesta atividade econômica, com o surgimento dos aplicativos Uber,
YetGo, Cabify e POP e o fornecimento do
serviço de transporte privado através de plataformas e aplicativos em smartfones.
As questões aqui expostas tratam sobre a
regulamentação do serviço de transporte oferecido através de plataforma, a
qualidade na prestação deste tipo de serviço e a livre concorrência com os
taxistas, além da segurança dos usuários.
Macapá tem uma lei municipal que já proíbe
esse tipo de serviço, porém em Brasília a Câmara Federal aprovou a PL 5587/2016,
em tramitação no Senado Federal, que se aprovado deverá ter a sanção do
presidente Michel Temer. Porém, o texto aprovado pelos deputados beneficia os
taxistas e não atende o pleito das empresas que atuam com os aplicativos.
Os deputados incluíram novas exigências:
impuseram uma idade máxima para os veículos, a necessidade de autorização
específica emitida pelo poder público municipal e até placa de aluguel vermelha
como a dos táxis. Hoje, os motoristas não precisam atender a nenhuma dessas
exigências. O interessado apenas cadastra-se na plataforma para ser um
“parceiro” do Uber ou de outros aplicativos para oferecer o serviço. O
motorista pode atualmente usar o próprio carro para fazer corridas com
passageiros ou transporte de comida sem a necessidade de nenhuma identificação
no automóvel. E isso vem gerando desconfiança e insegurança aos passageiros que
passaram a utilizar a tecnologia com vista a economia dos preços cobrados pelos
motoristas, porém com as exigências essas empresas passarão a ser
profissionalizadas como as cooperativas que utilizam a mesma tecnologia, mas os
preços se mantém lá em cima.
Além dessa polêmica, outra está surgindo nas
barras da Justiça trabalhista – o método utilizado pelas empresas é de vínculo
empregatício e tem enfrentado várias ações judiciais de motoristas que alegam que
a empresa não arca com os direitos trabalhistas de seus motoristas
"parceiros".
A relação trabalhista da companhia e de
outros aplicativos de transporte com seus motoristas têm gerado forte polêmica,
pois tanto o Uber como outros aplicativos tentam passar por empresas de
tecnologia que conectam usuários aos motoristas, quando não são.
É bom, é econômico, gera emprego e renda, mas
tem que ser explorado legalmente e não “explorar” para conseguir renda a custas
do trabalhador brasileiro, que “molha a camisa” leva pouco para casa e deixa
muito para empresa. Isso estamos sofrendo a décadas, e o resultado são os
mensalões e os desvios de recursos realizados pelos facínoras federais e
empresários corruptos que visam o enriquecimento próprio com o sacrifício de toda
uma nação.
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