sábado, 17 de junho de 2017

O PERIGO DAS PIPAS COM CEROL

 

FÉRIAS ESCOLARES

O PERIGO DAS PIPAS COM CEROL

 

Férias e pipas sem cerol é divertimento legal

 

 

Reinaldo Coelho

Um dos brinquedos mais antigos que se conhece são as pipas. Elas foram criadas no século 5 A.C. e desde então divertem crianças em seu tempo livre. Não é para menos: ela é fácil e barata de se fazer, e você não precisa de nada além de papel, meia dúzia de varetas, linha e vento.

Sim, é bem simples, e exatamente aí que está a sua graça: você está fazendo um negócio que voa e ainda tem o controle dele lá no alto. A simplicidade também a torna uma brincadeira saudável, afinal, você precisa correr, se mexer, ficar ao ar livre e às vezes cortar os dedos tentando arrebentar a linha — basicamente tudo que crianças superprotegidas não podem mais fazer.


As férias escolares trazem de volta essa antiga brincadeira infantil: soltar papagaio ou empinar pipa são os nomes dados ao ato de usar uma linha para conduzir pelos céus o brinquedo, que em sua maioria é feito de varetas de madeira e folhas de seda. A diversão, porém, traz com ela o perigo do uso do cerol, mistura de cola e vidro moído, que pode até matar.

Para os motociclistas e ciclistas a linha com cerol pode representar risco de vida. Por isso, não faça uso da mistura de vidro moído com cola na linha e nenhuma hipótese. Até mesmo a linha comum, sem cerol, pode causar acidentes se ficar atravessada em vias públicas, na frente de motos ou bicicletas.

Todos sabem da proibição do uso de cerol em linhas de pipas,

Esta é a base da campanha que está sendo realizada pela Guarda Municipal de Macapá, através da Operação Cerol 2017 – “Não empine essa ideia”.  O combate consiste na abordagem aos empinadores de papagaio em logradouros públicos, cujas linhas estejam enceradas com material cortante. O Parque do Forte foi o lugar escolhido no último domingo (11) para começar a ação, que visa evitar acidentes graves.

Comandante da Guarda Municipal de Macapá
 Coronel Ubiranildo Macedo

Segundo o comandante da Guarda Municipal, Cel. Ubiranildo Macedo, este ano já aumento a brincadeira com uso do cerol na linha das pipas. “Em alguns pontos especiais da cidade, como as praças e ao redor do Parque de Forte tem reunidos muitas pessoas para praticarem a empinação de papagaios ou pipas e passamos então a intensificar o policiamento ostensivo, com a missão de combater o uso do cerol nas linhas utilizadas para o divertimento. “Vamos combater o uso, pois ele é perigoso, e, de acordo com base nos dados dos anos anteriores estamos vendo a necessidade da retenção desse material para que não tenhamos problemas com lesões e até óbito causados por esse material e as principais vítimas são os motociclistas em geral”.

A Guarda Municipal já registrou acidentes em 2017, quando um motociclista foi ferido por uma linha encerada. No ano passado, foram recolhidos sessenta quilos de carretéis com cerol, o que é proibido pela Lei Municipal (1455/05), a qual impede o uso de material cortante por haver possibilidade de lesões graves a terceiros.

O comandante da guarda municipal destacou que existe em Macapá uma legislação que proíbe esse tipo de material nas linhas e é missão da polícia do município faze-la ser cumprida.


A operação atende a lei municipal nº 1445, criada em 2005, que proíbe o uso de cerol, mistura cortante feita com vidro moído e cola que é passada na linha das pipas.

Além de oferecer riscos a pedestres e motociclistas, as linhas enceradas também causam transtornos no trânsito da cidade. A Guarda Municipal chegou a ser chamada no dia 4 de junho após crianças quase provocarem um acidente ao cortarem pipas e correrem atrás delas na rua.

“Quando um papagaio é cortado por outro, por conta da linha encerada, a molecada atravessa a rua atrás das pipas sem a atenção devida, um risco eminente de atropelamento”, informou o comandante da Guarda Municipal, coronel Ubiranildo Macedo.

Segundo o comando da Guarda Municipal, não há uma punição para quem for flagrado com linha encerada. Nesses casos apenas são realizadas apreensões do material, mas há estudos em busca de uma pena para a prática. A pessoa que ocasiona o acidente pode se enquadrar no crime de lesão corporal.

Há registro de pelo menos uma morte, em anos anteriores, provocada pela linha com cerol – uma mistura cortante feita com vidro moído e cola que é passada na linha das pipas para cortar (no ar) as linhas de outras. “Essa operação quer evitar que uma simples brincadeira se transforme em tragédia”, afirma o comandante.

A Operação Cerol está prevista para encerrar no fim de agosto. Ao todo, 20 guardas participaram da ação de domingo. Ao longo da semana, a fiscalização acontecerá com o apoio de viaturas pelas ruas da capital. A corporação criou um canal de atendimento para denúncias, que podem ser feitas pelo 98801-1153.

 

Onde empinar as pipas.

·              A orientação é tomar cuidado com ruas e lugares movimentados, principalmente quando andar de costas para observar as evoluções das pipas no céu.

·              Outra orientação é para que as pessoas não soltem pipas em dias nublados e de chuva, principalmente se houver relâmpagos.

·              Evitem brincar perto de antenas, fios telefônicos ou cabos elétricos e procurem locais abertos como praças e parques para a prática da atividade.

·              No entanto, as crianças devem ser orientadas a dar preferência para os papagaios sem rabiolas, pois na maioria dos casos é esta a parte que se prende aos fios, ocasionando acidentes.

·              Não subam em lajes e telhados para empinar pipas e jamais utilize linha metálica, como fio de cobre de bobinas, na brincadeira. Também não façam pipas com papel laminado. O risco de choque elétrico é grande.

·              PREVENÇÃO - Os bombeiros aconselham ainda que os condutores de motos equipem o veículo com antenas anti-linhas, já que o adereço evita que eventuais linhas com cerol os atinjam diretamente, causando cortes profundos e até fatais.

 




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