sexta-feira, 30 de junho de 2017

Pioneirismo



Professora Alba Cavalcante morre aos 94 anos e nos deixa um exemplo de vida e de trabalho pela educação no Amapá.


Professora Alba Cavalcante – Uma homenagem póstuma a essa pioneira da Educação no Amapá.



Reinaldo Coelho

Esta semana estaremos homenageando a professora Alba Cavalcante da Silva, pioneira na alfabetização, que educou muitos macapaenses, exercendo a missão para qual foi nomeada pessoalmente pelo governador Janary Nunes. A coluna expressa seus sentimentos à família e amigos. A educadora Alba Cavalcante faleceu no último sábado (24) e deixou muitas mentes formadas, centenas de jovens receberam dessa grande mestra a formação educacional e de cidadania. Lembro muito dela quando atuava na Escola Princesa Izabel, onde foi sua primeira secretária escolar.
O eterno sorriso espelhava seu amor pelas crianças que ali estudavam e a todos acolhiam com um abraço de boas-vindas diárias. Tive a honra de conhecer seus rebentos e mais próximo fiquei do Camilo Cavalcante o craque das Ciências Exatas do CA e da Sueli Cavalcante das rodadas esportivas da IETA.
Professora Alba foi uma professora muito dedicada e fiel a função de educadora, apesar, de que na época os professores eram muito rígidos, ela exercia a função com muito amor e carinho. Tenho na memória as constantes chamadas aos alunos que pulavam o muro da residência de minha avó Dona Neném que ficava nos fundos da Escola Princesa Isabel, para apanhar goiaba. Era firme porem meiga.
A mestre Alba Cavalcante viveu tão bem e tão intensamente que deixou um legado nas artes e na vida das pessoas que a conheceram. Nas artes o desabrochar foi através dos filhos e filhas, genros e noras, que são poetas, compositores e escritores.
A nossa mestra partiu aos 94 anos de idade, muitos dos seus alunos não compareceram ao seu velório e enterro, pois já partiram antes dela e a receberam junto com o grande Mestre do Universo, para mais uma aula de sabedoria e amor.
Eterna Professora Alba, pouquíssimas pessoas no mundo sabem ser tão rígidas de maneira tão doce quanto a senhora o sabia. A sua passagem desta vida para a próxima é muito triste para todos, que ficamos, mas sem dúvida deve ser uma doce caminhada para a senhora que deve estar envolvida em luz e flores junto ao Pai.
Nossa eterna gratidão por sua ajuda na construção da   vida de muitos jovens amapaense. Macapá chora sua ausência. A senhora é a professora que desmistificou o ser professora. Mas, mais do que isto, é a educadora que se preocupava com o caráter dos cidadãos que estava formando. Descanse em Paz minha grande educadora. 

Uma homenagem da filha Sonia Canto a essa pioneira educadora. ALBA CAVALCANTE -
Por Sonia Canto

Hoje é um dia que ficará incondicionalmente marcado no coração de cada um dos 12 filhos de mamãe Alba. 
Gostaria de agradecer e abraçar a cada um dos meus amigos, virtuais e presenciais que de alguma maneira fizeram chegar até a mim palavras de consolo que muito me ajudaram a enfrentar este momento com serenidade e respeito por minha amada mãe. Muito obrigada.
Desculpem o textão que segue, mas diz um pouco sobre nossos sentimentos neste momento.
Minha mãe, Alba Cavalcante da Silva, aos 94 anos foi de encontro ao Criador no dia 24/06/2017, às 14:10 horas. 
Mulher forte e guerreira, até o dia 08 de junho estava bem de saúde, cheia de vitalidade, cumprindo suas rotinas diárias, principalmente conversar com os amigos que apareciam ao final da tarde ou pelo telefone, pintar, rezar encomendando a Deus cada filho, neto, bisneto e tataraneto, o que fazia com tranquilidade, sempre ouvindo suas músicas preferidas ou assistindo a vídeos que a emocionavam.

Um desequilíbrio a fez cair e fraturar o fêmur. A partir daí complicações com a conhecida arritmia e com os pulmões a levaram a óbito.

Ultrapassados os momentos angustiantes que sobrevieram após sua queda, hoje nossa família se reuniu para cumprir a última obrigação terrena com ela: a sepultamos em meio a tristeza por não termos mais sua presença física entre nós, mas com serenidade ao constatarmos que o ciclo da vida se cumpre independente da nossa vontade e nossa mãe encontra-se hoje liberta das dores físicas e passa a ser nosso referencial máximo de amor, generosidade, respeito e grandeza.

Seus filhos, Naná, Helena, Célia, Iris, Sueli, eu (Sonia), Camilo, Ênio, Ney e Sandra estivemos com ela em todos os momentos que a equipe médica permitiu. Ocirema e Ibis, por motivos alheios à sua vontade, não puderam estar presentes, mas comungam das dores e incertezas que essa grande perda proporciona.

Netos, bisnetos, tataranetos, genros e noras de mamãe se juntaram a nós e nos consolamos todos a prantear nossa querida mãe, o baluarte de nossa família. São momentos como estes que indicam que vale a pena conservar os laços familiares com respeito e dignidade.

Sinto tristeza, sim, todavia esta tristeza vem envolta em uma sensação de alegria imensurável pois pudemos, todos os filhos, dentro dos limites de cada um. nos dedicar e proporcionar a estrutura necessária para que mamãe tivesse uma velhice profícua, cheia de vitalidade, nos abençoando e nos entregando aos cuidados do Divino Espírito Santo.

Vá em paz, mãe querida. Sua rica trajetória está assinalada no coração de cada um de nós e se perpetuará pelas futuras gerações que certamente também se aproveitarão de seus ensinamentos.
Sua filha que te ama incondicionalmente,
Sonia.


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