
Armas ilegais + tráfico alimentam a criminalidade
O crime organizado, especialmente o tráfico de
drogas, tem uma associação íntima com o mercado de armas que aumenta a
criminalidade. O Brasil é líder em número de homicídios por armas de fogo, de
acordo com o relatório Mapa da Violência de 2017. O País
ultrapassou a marca de 59,080 mil mortes violentas em 2015.
Levantamento
realizado em 2010 pela ONG Viva Rio estimava que 57% das 17,6 milhões de armas
em circulação no Brasil são ilegais. O crime organizado detém um arsenal de 5,2
milhões de armas, tornando evidente a relação entre a insegurança e a atuação
de grupos de bandidos e que o problema do tráfico é que todo o processo é
ilegal e, portanto, cercado de uma insegurança que exige que seus membros andem
armados.
Esses números
são vantajosos para a criminalidade, pois as Instituições não recebem
diariamente armas para compor seus arsenais e muitas guarnições não acompanham
os avanços tecnológicos das armas modernas. O que os bandidos não encontram
problema em contrabandear.
O combate ao tráfico de armas no Brasil é um
tema verdadeiramente complexo e de difícil solução imediata. Além disso, os
caminhos a serem tomados tem de ser tomados em consenso entre os órgãos de
segurança pública, principalmente na escolha da estratégia a ser adotada.
No Amapá, desde 2015, o aparelhamento dos entes
policiais pelo atual governo vem dando uma alavancada no combate ao tráfico e a
apreensão de armas de fogo em território amapaense. Isso somado as parcerias
entre as polícias Federal, Civil e Militar, além da Polícia Rodoviária Federal,
que vem atuando em operações eficazes no combate de Norte a Sul a bandidagem. E
atualmente o Exército Brasileiro tem contribuindo e participada dessa parceria
e combatido a entrada ilegal pela fronteira do extremo norte do Brasil, entre a
França e o Brasil, (Oiapoque e Guiana Francesa), apreendendo e prendendo armas,
drogas e equipamentos de garimpagem clandestinas.
Uma outra maneira é a vigilância aos
armamentos legais que podem ser roubados ou comprados pelos bandidos. Pois combater
o tráfico é uma maior articulação das instituições públicas armadas no sentido
de controlarem as suas armas, buscando evitar que elas se destinem ao mercado
clandestino. Para isso ocorrer é fundamental coibir a corrupção policial que
atua tanto com o fornecimento direto de armamentos quanto com a permissividade
ao tráfico em troca de propinas.
De acordo com o Me. Rodolfo Alves Pena, o
combate ao tráfico de armas é algo quase impraticável de ser realizado a curto
prazo. No entanto, medidas emergenciais precisam ser tomadas para, ao menos,
diminuir a violência causada pelas armas, já que o Brasil é o campeão mundial
de mortes por amas ilícitas, com mais de 34 mil homicídios anuais.
O problema da violência, vale lembrar, vai
muito além do tráfico de armas, pois é uma questão social muito complexa,
ligada até mesmo à educação e à qualidade de vida da sociedade.
A segurança pública não é apenas a polícia
ostensiva, ou seja, aquela que está na rua. O cidadão (civil) faz parte desse
processo. Grande parte das armas e drogas apreendidas é resultado de denúncias
feitas pela comunidade, então, aquele cidadão que sabe de movimentações
criminosas tem o dever de denunciar aos órgãos policiais.
Os órgãos de segurança pública do Amapá, estão
fazendo sua parte e com êxito. O governo estadual está investindo e criando
condições para que o combate se acentue. A sociedade também precisa ficar
vigilante e denunciar quanto tomar conhecimento de ações ilegais que levem ao
tráfico de drogas que é um braço para a circulação de armas que serão usadas
para assaltos e crimes que beneficiam os traficantes e prejudicam a comunidade
amapaense.
Nenhum comentário:
Postar um comentário