sexta-feira, 14 de julho de 2017

Editorial



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 Armas ilegais + tráfico alimentam a criminalidade

O crime organizado, especialmente o tráfico de drogas, tem uma associação íntima com o mercado de armas que aumenta a criminalidade. O Brasil é líder em número de homicídios por armas de fogo, de acordo com o relatório Mapa da Violência de 2017. O País ultrapassou a marca de 59,080 mil mortes violentas em 2015.
Levantamento realizado em 2010 pela ONG Viva Rio estimava que 57% das 17,6 milhões de armas em circulação no Brasil são ilegais. O crime organizado detém um arsenal de 5,2 milhões de armas, tornando evidente a relação entre a insegurança e a atuação de grupos de bandidos e que o problema do tráfico é que todo o processo é ilegal e, portanto, cercado de uma insegurança que exige que seus membros andem armados.
Esses números são vantajosos para a criminalidade, pois as Instituições não recebem diariamente armas para compor seus arsenais e muitas guarnições não acompanham os avanços tecnológicos das armas modernas. O que os bandidos não encontram problema em contrabandear. 
O combate ao tráfico de armas no Brasil é um tema verdadeiramente complexo e de difícil solução imediata. Além disso, os caminhos a serem tomados tem de ser tomados em consenso entre os órgãos de segurança pública, principalmente na escolha da estratégia a ser adotada.
No Amapá, desde 2015, o aparelhamento dos entes policiais pelo atual governo vem dando uma alavancada no combate ao tráfico e a apreensão de armas de fogo em território amapaense. Isso somado as parcerias entre as polícias Federal, Civil e Militar, além da Polícia Rodoviária Federal, que vem atuando em operações eficazes no combate de Norte a Sul a bandidagem. E atualmente o Exército Brasileiro tem contribuindo e participada dessa parceria e combatido a entrada ilegal pela fronteira do extremo norte do Brasil, entre a França e o Brasil, (Oiapoque e Guiana Francesa), apreendendo e prendendo armas, drogas e equipamentos de garimpagem clandestinas.
Uma outra maneira é a vigilância aos armamentos legais que podem ser roubados ou comprados pelos bandidos. Pois combater o tráfico é uma maior articulação das instituições públicas armadas no sentido de controlarem as suas armas, buscando evitar que elas se destinem ao mercado clandestino. Para isso ocorrer é fundamental coibir a corrupção policial que atua tanto com o fornecimento direto de armamentos quanto com a permissividade ao tráfico em troca de propinas.
De acordo com o Me. Rodolfo Alves Pena, o combate ao tráfico de armas é algo quase impraticável de ser realizado a curto prazo. No entanto, medidas emergenciais precisam ser tomadas para, ao menos, diminuir a violência causada pelas armas, já que o Brasil é o campeão mundial de mortes por amas ilícitas, com mais de 34 mil homicídios anuais.
O problema da violência, vale lembrar, vai muito além do tráfico de armas, pois é uma questão social muito complexa, ligada até mesmo à educação e à qualidade de vida da sociedade.
A segurança pública não é apenas a polícia ostensiva, ou seja, aquela que está na rua. O cidadão (civil) faz parte desse processo. Grande parte das armas e drogas apreendidas é resultado de denúncias feitas pela comunidade, então, aquele cidadão que sabe de movimentações criminosas tem o dever de denunciar aos órgãos policiais.

Os órgãos de segurança pública do Amapá, estão fazendo sua parte e com êxito. O governo estadual está investindo e criando condições para que o combate se acentue. A sociedade também precisa ficar vigilante e denunciar quanto tomar conhecimento de ações ilegais que levem ao tráfico de drogas que é um braço para a circulação de armas que serão usadas para assaltos e crimes que beneficiam os traficantes e prejudicam a comunidade amapaense.

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