terça-feira, 4 de julho de 2017

PROCURANDO O PREFEITO




PROCURA-SE O PREFEITO!
Macapaenses sofrem com o descaso municipal

Avenida Maranhão no Bairro Pacoval, a pista virou canal. Moradores protestam


Reinaldo Coelho

Nas suas várias definições "prefeito" pode significar o administrador de uma prefeitura universitária, o superior de um convento, o padre-xerife dos alunos de um colégio jesuíta e até o chefe do Executivo de um município.
É neste último significado que o produto se encontra em falta. E não apenas em Macapá, mas no Brasil. Qual a melhor administração pública municipal em operação no Brasil de hoje? Não existe!

Avenida Ceará no Bairro Pacoval

Em Macapá, após 29 anos da nova carta política, pouca coisa, ou quase nada, se avançou, ainda estamos procurando um PREFEITO que respeite as peculiaridades dos nossos bairros. Após 4 anos de total abandono por parte do poder público municipal macapaense, e seis meses após a posse do reeleito prefeito Clécio Luís (REDE), os moradores dos bairros periféricos de Macapá começam a sentir que suas esperanças depositadas no humilde professor que virou prefeito estão esmaecendo.

AV Maranhão

Se Macapá pagou para ver está recebendo a resposta, e não é diferente, pois ao reconduzir Clécio a gestão do município era que achavam que não havia mais como piorar a situação nos bairros, estão tendo uma infeliz surpresa. Com isto estão todos aprendendo às duras penas, que não basta ter apenas vontade, tem que ter competência.

Avenida Ceará

Macapá é lama ou poeira, mato ou lixeira, assim mesmo sem opção, os moradores de Infraero I e II, Marabaixo I a IV, Pacoval e Perpétuo Socorro e por ai vai, estão como que porcos na pocilga, vivendo das migalhas dos impostos que recolhem aos cofres públicos e muitos já pagaram o IPTU deste ano.
“Queremos apenas respeito com a nossa dignidade. Não somos ratos de laboratório onde alguns apadrinhados, sempre cheios de "boa intenção", fazem seus experimentos”, desabafa um professor morador do Marabaixo IV.
E porque esse grito do mestre? É só ir até a Jardim América, na zona oeste de Macapá, onde os moradores passam por um drama todos os dias durante a estação chuvosa. Elas caminham mais de 2 quilômetros na lama para pegar o ônibus escolar, pois é lama e mato.
“Acabei de pagar mais uma parcela do IPTU, para que? Olha como está essa rua, somente com chuva de duas noites e quando vier o sol, será o poeirão, virose, foram quatros acreditando no Clécio Luís e já se vão mais seis meses e nada. E termina o mandato e nada de asfaltamento. Todo tempo quando eles administram é a falta de dinheiro, nas campanhas eleitorais vão fazer e acontecer. Então mentiram, pois sabiam que não podiam fazer”, desabafa a dona de casa, aposentada, Maria Inês, moradora do Pacoval.

Seu Sinvaldo Costa, 76 anos, revoltado, diz que são vistos apenas como curral eleitoral, “somos tratados como que frangos no galinheiro, onde de dois em dois anos um político posa sempre sorridente e iluminado pelos holofotes, pedindo votos e prometendo o paraíso e o povo sonhador acredita e o resultado sempre é esse, esquecimento”.


Um morador do bairro Cidade Nova II não está satisfeito com a administração do prefeito Clécio e indignado com falta de manutenção de ruas no bairro Cidade Nova, o cidadão resolveu “procurar” novo prefeito para a cidade.
“Temos de encontrar alguém que trabalhe por nós, não temos prefeito, não temos vereador, ninguém vem aqui dar uma solução para as ruas do Cidade Nova, quem manda aqui são os criminosos, traficantes”.

Choveu, melou...

Na última semana foram duas noites de chuvas intensas e as ruas e avenidas de bairros de Macapá desapareceram. Isso é fácil de perceber pelas imagens dessa reportagem. Na Avenida Ceara e Maranhão as ruas dão impressão de ser um canal, pois estão alagadas e suas margens tem matagal, por onde trafegar e chegar a escola? (Leia a matéria na página ao lado)

Caos urbano atinge os macapaenses

Cidade suja, ruas alagadas e enlameadas, obras paralisadas e UBS na maior parte do tempo sem médico e remédios, falta de ônibus, sem paradas para o usuário, representam o caos instalado na administração da sustentabilidade macapaense.

A maioria dos moradores periféricos afirmam que o prefeito Clécio Luís só se preocupa com limpeza de canais do centro de Macapá e fazendo obras de fachadas e deixa os bairros mais afastados entregues à própria sorte.

Moradores de todos os bairros de Macapá estão reclamando da superlotação dos ônibus e da falta de abrigos para passageiros, principalmente agora, com a chegada do verão. Nos bairros Zerão e Universidade (Zona Sul) e ao longo da Rodovia Tancredo Neves (Zona Norte) os ônibus passam lotados e os usuários reclamam do longo período entre um coletivo e outro.
Cobertura quebrada e estrutura retorcida essa é a situação de ponto de parada na Zona Norte

Esse longo período de espera dos coletivos em um lugar protegido, ainda amenizava a situação, porém nem isso os usuários têm. São péssimas as condições dos pontos de paradas de ônibus em Macapá. São abrigos totalmente deteriorados e sem condições de proteger as pessoas que esperam pelo transporte público. A condição climática nessa época, que é de chuvas intensas e o verão que se aproxima, também não ajuda quem precisa chegar ao trabalho, ir à escola ou resolver situações do cotidiano.
Segundo os moradores dos bairros Universidade e Zerão, entretanto, o problema se arrasta há muito tempo sem que medidas sejam adotadas para resolver o cada vez mais caótico trânsito da Capital.

Sem gestor municipal

Procuramos um Prefeito, procuramos o administrador do nosso município, de onde emanam as políticas primárias e necessárias para que o macapaense viva com o mínimo de dignidade. Em Macapá isso acontece nos bairros VIPs, infelizmente o prefeito Clécio priorizou o atendimento e melhorias ao centro da capital e deixou de cumprir a essência de seu mandato e partido, opção pelos menos favorecidos, ele não suja os sapatos nas ruas alagadas e enlameadas, pois agora o carro oficial é de luxo e o povo…?



Moradores reclamam de ruas abandonadas pela prefeitura



Más condições em ruas do Pacoval incomodam moradores



(Fotos: André Gemaque)

Por Lude Pacheco

Ruas sem asfaltamento, ausência de serviços de limpeza e capina, poeira que se transforma em barro após as chuvas. Esses são alguns dos problemas que incomodam moradores das Avenidas Ceará e Maranhão, no bairro do Pacoval, zona norte de Macapá. Os espaços estão abandonados pelo Poder Público municipal há tempos, segundo relatos de pessoas que residem no local. O descaso da prefeitura é um problema antigo que ainda preocupa os moradores.
Após denúncias a reportagem conversou esta semana com pessoas que moram no bairro. Todas relataram da mesma forma a situação de precariedade a qual se encontram as vias situadas na região.

O autônomo Sebastião Gomes mora na Avenida Maranhão há mais de 10 anos. Em tom de desabafo ele diz que a situação está insustentável.
"Parece até que somos animais e não merecemos nenhuma atenção da prefeitura. Desse jeito fica difícil até para sair de casa", relata.

Solange Justos, moradora da Avenida Ceará, revelou que muitas pessoas já reclamaram da situação na prefeitura, que já está ciente das más condições das ruas. Segundo ela, não há nem rede pluvial no local, o que causa transtornos em épocas de chuva.
"Quando chove a nossa situação piora ainda mais, com a falta de tubulações adequadas e sem ter pra onde escoar a água fica empossada. Já fomos na prefeitura pedir o afastamento da nossa rua, fizemos várias solicitações, mas nada foi feito", diz a moradora.

Após inúmeras reclamações feitas ao governo municipal, moradores apelaram para as redes sociais. Um morador divulgou fotos e vídeos da Avenida Maranhão após as últimas chuvas que caíram na capital Amapaense. A via, coberta por lama e buracos, é motivo de indignação por parte da população. Além de dificultar o tráfego muitas crianças brincam nas ruas o que preocupa ainda mais quem vive no local.

A poeira, falta de limpeza e capina são outros motivos que moradores encontraram para criticar a atual gestão do Executivo municipal. Com mato alto, a propagação de insetos aumenta e a sujeira pode causar danos à saúde pública.

A reportagem procurou a Secretária Municipal de Obras (SEMOB), mas a assessoria de comunicação do órgão da prefeitura não se manifestou.

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