sexta-feira, 15 de setembro de 2017

Cultura


Maria Helena Amoras


‘Devaneios’
Um livro da poetisa amapaense Maria Helena Amoras


Aos jovens e a todos os amapaenses que admiram nosso trabalho, principalmente os poetas, que continuem valorizando o trabalho dos educadores e não se esqueçam de que somente através do estudo, instrução e educação poderemos melhorar o nosso estilo de vida, no mundo em que vivemos”.

Reinaldo Coelho

Ela tem 87 anos de idade! Desculpa revelar sua idade, mas a poetisa tucuju Maria Helena Amoras, não tem nada a esconder, ao contrário, revela e oferece a todos seu amor ao saber, através de belas poesia que continua escrevendo com o mesmo fôlego da juventude.
Amapaense da gema, nasceu em maio de 1930, no município de Amapá. Aos 18 anos transferiu-se para a capital Macapá para cursar a Escola Normal (antigo IETA, hoje UEAP) já trazendo na bagagem algumas poesias. Marcou história como educadora da Língua Portuguesa na antiga Escola Industrial, hoje Escola Antônio Pontes.
Família da professora Maria Helena Amoras

Maria Helena Amoras, escritora, professora, poetisa. Lecionou em diversas escolas, foi vice-diretora em algumas, diretora da Associação dos Professores do Amapá, professora de várias gerações.
No início de outubro, Maria Helena Amoras, deverá lançar seu livro de poemas ‘Devaneios’, o evento   acontecerá na Biblioteca Pública “Elcy Lacerda”, com o apoio do poeta e escritor José Queiroz Pastana, gerente desta instituição e também do escritor Ricardo Pontes. A poetisa consta da Coletânea Amapaense Poesia e Crônica, lançada em 1988 e foi uma das homenageadas pelo Memorial Amapá com a comenda de Notável. “Homenagem merecidíssima”.

Em entrevista a editoria do Tribuna Amapaense, a educadora e poetisa explicou porque a escolha do nome do seu primeiro livro de poesia.
O nome do livro lançado é "Devaneios", pois li em certa ocasião que Albert Einstein, o grande físico, descobriu a teoria da relatividade através de devaneios o que me deu a inspiração, para o meu livro de poesias”.
Os poemas escolhidos para comporem ‘Devaneios’, teve a sugestão dos filhos de Helena Amoras, com o apoio da poetisa. “São dezenas de poesias que já compus e apenas 72 poemas constam nesta publicação. A escolha foi feita por sugestão dos filhos com o meu apoio incondicional. Escrevi usando as linhas romântica e saudosista”.
Mas destaque-se que este não é o primeiro livro de autoria da Maria Helena Amoras, o primeiro foi escrito em prosas ‘Macapá, um rastro de Pirilampos’. “Devido ter escrito meu primeiro livro em prosas: – Macapá, um rastro de pirilampos", e que gostei muito. Por isso resolvi lançar um outro livro, agora escrito em versos”.

Saudade!

Vai lá nos campos
onde nasci e me criei. Toca nas flores,
nas flores dos galhos do mato…
respira o vento dos cataventos
e dá o meu abraço…

Professora aposentada de Português, atualmente Maria Helena mora em Belém mas de vez em quando vem rever amigos, ex-alunos, poetas e parentes que moram em Macapá.

Voa saudade!
Nas asas do vento…
Embala a criança
que sonha e que ri…
No berço das mágoas
eu fico aqui

Helena escreve poemas, crônicas, contos. De vez em quando publica algumas de suas poesias na página que mantem nas redes sociais, onde também presta homenagem aos poetas amapaenses.

VIDA
(Maria Helena Amoras dos Santos)

O sol veio… Despertou, subiu,
esquentou
declinou
e morreu dentro de mim…
E a lua veio…
Acenou, riu
e falou pra mim
palavras de amor:
– És fonte,
inspiração de vida.
Razão de harmonia.
Em cada lágrima caída
está a tua dita.
Não te queixes
porque tudo é fantasia:
sonhos
ilusões
paixões
e melancolia…
Levanta,
anda, corre e ri.
A vida é o amor
que ainda brota em ti.


Finalizando pedimos a poetisa para passar uma mensagem aos seus fãs e leitores assíduos das postagens no seu perfil nas redes socais, quando somos brindados com perolas publicadas neste texto. “Aos jovens e a todos os amapaenses que admiram nosso trabalho, principalmente os poetas, que continuem valorizando o trabalho dos educadores e não se esqueçam de que somente através do estudo, instrução e educação, poderemos melhorar o nosso estilo de vida no mundo em que vivemos. Tenho orgulho e consciência tranquila de ter trabalhado diuturnamente na educação, instrução de crianças, jovens e adultos”.

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