Maria Helena Amoras |
‘Devaneios’
Um livro da poetisa amapaense Maria Helena Amoras
“Aos jovens e a todos os
amapaenses que admiram nosso trabalho, principalmente os poetas, que continuem
valorizando o trabalho dos educadores e não se esqueçam de que somente através do
estudo, instrução e educação poderemos melhorar o nosso estilo de vida, no
mundo em que vivemos”.
Reinaldo
Coelho
Ela tem 87 anos de idade! Desculpa revelar sua
idade, mas a poetisa tucuju Maria Helena Amoras, não tem nada a esconder, ao
contrário, revela e oferece a todos seu amor ao saber, através de belas poesia
que continua escrevendo com o mesmo fôlego da juventude.
Amapaense da gema, nasceu em maio de 1930, no
município de Amapá. Aos 18 anos transferiu-se para a capital Macapá para cursar
a Escola Normal (antigo IETA, hoje UEAP) já trazendo na bagagem algumas
poesias. Marcou história como educadora da Língua Portuguesa na antiga Escola
Industrial, hoje Escola Antônio Pontes.
Família da professora Maria Helena Amoras |
Maria Helena Amoras, escritora, professora,
poetisa. Lecionou em diversas escolas, foi vice-diretora em algumas, diretora
da Associação dos Professores do Amapá, professora de várias gerações.
No início de outubro, Maria Helena Amoras,
deverá lançar seu livro de poemas ‘Devaneios’, o evento acontecerá na Biblioteca Pública “Elcy
Lacerda”, com o apoio do poeta e escritor José Queiroz
Pastana, gerente desta instituição e também do escritor Ricardo Pontes. A poetisa consta da Coletânea Amapaense
Poesia e Crônica, lançada em 1988 e foi uma das homenageadas pelo Memorial Amapá
com a comenda de Notável. “Homenagem merecidíssima”.
Em entrevista a editoria do Tribuna Amapaense,
a educadora e poetisa explicou porque a escolha do nome do seu primeiro livro
de poesia.
“O nome
do livro lançado é "Devaneios", pois li em certa ocasião que Albert
Einstein, o grande físico, descobriu a teoria da relatividade através de
devaneios o que me deu a inspiração, para o meu livro de poesias”.
Os poemas escolhidos para comporem
‘Devaneios’, teve a sugestão dos filhos de Helena Amoras, com o apoio da
poetisa. “São dezenas de poesias que já
compus e apenas 72 poemas constam nesta publicação. A escolha foi feita por
sugestão dos filhos com o meu apoio incondicional. Escrevi usando as linhas
romântica e saudosista”.
Mas destaque-se que este não é o primeiro
livro de autoria da Maria Helena Amoras, o primeiro foi escrito em prosas ‘Macapá,
um rastro de Pirilampos’. “Devido ter
escrito meu primeiro livro em prosas: – Macapá, um rastro de pirilampos",
e que gostei muito. Por isso resolvi lançar um outro livro, agora escrito em
versos”.
Saudade!
Vai lá nos campos
onde nasci e me criei. Toca nas flores,
nas flores dos galhos do mato…
respira o vento dos cataventos
e dá o meu abraço…
Professora aposentada de Português, atualmente Maria Helena mora em
Belém mas de vez em quando vem rever amigos, ex-alunos, poetas e parentes que
moram em Macapá.
Voa saudade!
Nas asas do vento…
Embala a criança
que sonha e que ri…
No berço das mágoas
eu fico aqui
Helena escreve poemas, crônicas, contos. De vez em quando publica
algumas de suas poesias na página que mantem nas redes sociais, onde também
presta homenagem aos poetas amapaenses.
VIDA
(Maria Helena
Amoras dos Santos)
O sol veio… Despertou, subiu,
esquentou
declinou
e morreu dentro de mim…
E a lua veio…
Acenou, riu
e falou pra mim
palavras de amor:
– És fonte,
inspiração de vida.
Razão de harmonia.
Em cada lágrima caída
está a tua dita.
Não te queixes
porque tudo é fantasia:
sonhos
ilusões
paixões
e melancolia…
Levanta,
anda, corre e ri.
A vida é o amor
que ainda brota em ti.
Finalizando pedimos a poetisa para passar uma mensagem aos seus fãs e
leitores assíduos das postagens no seu perfil nas redes socais, quando somos
brindados com perolas publicadas neste texto. “Aos jovens e a todos os amapaenses que admiram nosso trabalho,
principalmente os poetas, que continuem valorizando o trabalho dos educadores e
não se esqueçam de que somente através do estudo, instrução e educação,
poderemos melhorar o nosso estilo de vida no mundo em que vivemos. Tenho
orgulho e consciência tranquila de ter trabalhado diuturnamente na educação, instrução
de crianças, jovens e adultos”.
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