sábado, 7 de outubro de 2017

ARTIGO DO GATO


Voltei à escola


Permitam-me falar de mim nesse espaço semanal. É que estou vivendo um momento especial. Reencontrei-me com a academia e isso tem sido deveras rejuvenescedor e revigorante. Talvez você que está agora engordando tomando uma cerveja, aposentado e achando que já cumpriu com suas obrigações nessa vida precise também voltar a estudar. Só acho.
Creiam! O ambiente escolar é único. O autodidatismo perseguido pelas leituras insanas nos fortalece intelectualmente, mas o ambiente da escola, com colegas e professor é insubstituível. Que pena que essa percepção seja da absoluta minoria. Infelizmente o professor, aquele que tem a responsabilidade de conduzir pelo caminho do saber, não seja mais respeitado. Mas foi um dia. Muito.
Ao voltar à escola percebi um ambiente ruidoso, da garotada tagarelando em grupos, em dupla e sobre todos os assuntos. Educacionais ou não, ali está materializado o processo de socialização que o ambiente escolar promove. As diferenças étnicas, econômicas, de estilos se misturam e também separam. Não é dinâmico?  
Entrei numa turma heterogênea, mas com a prevalência da juventude, afinal são eles que estão na faixa etária correta de se graduarem. Os mais velhos, onde me incluo; já com a experiência de ter graduação e, portanto com a experiência do ambiente acadêmico, tenho que me enturmar. Não é fácil, pelo menos a princípio, pois a gente acaba se sentindo um peixe fora d’água.
Mas eu tenho sobeja razão de voltar para academia. Graduar-me em Ciências Jurídicas. Um projeto de vida que estava adormecido, nunca morto e mais uma vez esse tal Rodolfo Juarez, meu Anjo da Guarda, colocado por Deus no meu caminho em 1982 me tirou da letargia e me desafiou a voltar a Faculdade. Voltei Rodolfo e não vou interromper esse projeto. Fiquei doze anos fora da Faculdade em função de compromissos profissionais. Interrompi o curso de Direito no quinto semestre.
Hoje olho a garotada soltar sonoras gargalhadas. Se abraçarem numa confraternização cotidiana. São os reencontros marcados todos os dias às 18hs. Trocas de conhecimentos e uma velada disputa saudável de quem sabe mais.  
Estou na imprensa há exatos 33 anos. Iniciei no jornal impresso, no sistema quente. Quando o jornal era feito de forma artesanal. Passei pela televisão. TV Amapá, Bandeirantes, Tucujú. Rádio Difusora, 25 anos, Rádio Cidade, Rádio 102 FM. Fundei o jornal Tribuna Amapaense que vai completar 13 anos. Fiz assessoria de comunicação. Fui diretor de jornalismo da Difusora e hoje estou Diretor Presidente. Tenho cinco filhos, sete netos e por ironia ou por consequência natural, meu filho Roberto Junior está fazendo rádio e com espetacular desenvoltura, é articulista eventual, tem conteúdo e segue firme para o terceiro ano de direito. Eu sou feliz. Quem sabe se não vamos abrir escritório de advocacia juntos. Ah! O Renzo, lindo e maravilhoso só tem quatro meses, o que significa dizer que ainda faço filho. A vida começa todo dia meu caro. O fim está na cabeça e na alma de cada um. Contei um pouco de mim. Vou estudar.


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