Voltei à escola
Permitam-me falar
de mim nesse espaço semanal. É que estou vivendo um momento especial.
Reencontrei-me com a academia e isso tem sido deveras rejuvenescedor e
revigorante. Talvez você que está agora engordando tomando uma cerveja, aposentado
e achando que já cumpriu com suas obrigações nessa vida precise também voltar a
estudar. Só acho.
Creiam! O ambiente
escolar é único. O autodidatismo perseguido pelas leituras insanas nos
fortalece intelectualmente, mas o ambiente da escola, com colegas e professor é
insubstituível. Que pena que essa percepção seja da absoluta minoria.
Infelizmente o professor, aquele que tem a responsabilidade de conduzir pelo
caminho do saber, não seja mais respeitado. Mas foi um dia. Muito.
Ao voltar à escola percebi
um ambiente ruidoso, da garotada tagarelando em grupos, em dupla e sobre todos
os assuntos. Educacionais ou não, ali está materializado o processo de
socialização que o ambiente escolar promove. As diferenças étnicas, econômicas,
de estilos se misturam e também separam. Não é dinâmico?
Entrei numa turma
heterogênea, mas com a prevalência da juventude, afinal são eles que estão na
faixa etária correta de se graduarem. Os mais velhos, onde me incluo; já com a
experiência de ter graduação e, portanto com a experiência do ambiente
acadêmico, tenho que me enturmar. Não é fácil, pelo menos a princípio, pois a
gente acaba se sentindo um peixe fora d’água.
Mas eu tenho sobeja
razão de voltar para academia. Graduar-me em Ciências Jurídicas. Um projeto de
vida que estava adormecido, nunca morto e mais uma vez esse tal Rodolfo Juarez,
meu Anjo da Guarda, colocado por Deus no meu caminho em 1982 me tirou da
letargia e me desafiou a voltar a Faculdade. Voltei Rodolfo e não vou
interromper esse projeto. Fiquei doze anos fora da Faculdade em função de
compromissos profissionais. Interrompi o curso de Direito no quinto semestre.
Hoje olho a
garotada soltar sonoras gargalhadas. Se abraçarem numa confraternização
cotidiana. São os reencontros marcados todos os dias às 18hs. Trocas de
conhecimentos e uma velada disputa saudável de quem sabe mais.
Estou na imprensa
há exatos 33 anos. Iniciei no jornal impresso, no sistema quente. Quando o
jornal era feito de forma artesanal. Passei pela televisão. TV Amapá,
Bandeirantes, Tucujú. Rádio Difusora, 25 anos, Rádio Cidade, Rádio 102 FM.
Fundei o jornal Tribuna Amapaense que vai completar 13 anos. Fiz assessoria de
comunicação. Fui diretor de jornalismo da Difusora e hoje estou Diretor
Presidente. Tenho cinco filhos, sete netos e por ironia ou por consequência
natural, meu filho Roberto Junior está fazendo rádio e com espetacular
desenvoltura, é articulista eventual, tem conteúdo e segue firme para o
terceiro ano de direito. Eu sou feliz. Quem sabe se não vamos abrir escritório
de advocacia juntos. Ah! O Renzo, lindo e maravilhoso só tem quatro meses, o
que significa dizer que ainda faço filho. A vida começa todo dia meu caro. O
fim está na cabeça e na alma de cada um. Contei um pouco de mim. Vou estudar.
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