Temer morreu vivo
Esse título é
mesmo paradoxal. Mas o grande constitucionalista Michel Temer está morto para
política. Entregou as cuecas para manter um mandato onde ele é refém de
famigerados parlamentares que veem na situação moribunda do presidente razão
para meter as mãos nas “burras” da União. Chora mais quem pode menos. Aí
estamos nós, amapaenses, sempre chorando cântaros. Porém, aqui ali, tiramos uma
lasquinha que sobra das mesas dos poderosos que se refestelam em cargos e
dinheiro público. Temer diz e desdiz na mesma velocidade. Ás vezes nem diz.
Vide Decreto de exploração da RENCA.
Temer tem uma
carreira acadêmica sólida. Nasceu na cidade de Tiete, no interior de São Paulo.
De origem Libanesa, formou-se em direito pela Faculdade de São Paulo (USP), no
Largo do São Francisco, uma das mais tradicionais Faculdades de Ciências
Jurídicas do País. Doutorou-se pela Pontifícia Universidade Católica (PUC).
Temer é considerado um dos maiores constitucionalistas do Brasil. O que leva um
homem com carreira irretocável na vida acadêmica, trocar a honra e o respeito
pelo enxovalho público. Temer é um dos mais rejeitados presidentes do Brasil.
As pesquisas de opinião apontam que ele tem aceitação de pífios 3% da população
brasileira. Nem o Lula, considerado um dos maiores bandidos do Brasil, amarga
esse desprezo, ao contrário, ainda lidera pesquisas para presidente.
Lamentável, mas é a triste realidade de um povo que não sabe o que quer.
A
guinada na vida de Temer iniciou em 1983, quando foi convidado pelo governador
Franco Montoro (1983-1987) para ocupar a Procuradoria Geral do Estado. Assume a
Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo em 1984. Adotou ideias
posteriormente consideradas modelo em todo o País. Em 1985, criou a primeira
Delegacia da Mulher no Brasil. Na mesma época, institui a Delegacia de Proteção
aos Direitos Autorais, importante instrumento de combate à pirataria.
Deixa
o cargo em 1986 para concorrer a deputado federal constituinte pelo Partido do
Movimento Democrático Brasileiro (PMDB). Elege-se e, após o período da
Constituinte, é reconduzido ao cargo de deputado federal por cinco vezes pelo
mesmo partido. Licenciou-se para reassumir a Secretaria de Segurança Pública de
São Paulo em 1992, no governo de Luiz Antônio Fleury.
De
volta à Câmara dos Deputados, ocupa a presidência da Casa em 1997, 1999 e 2009
e exerce a função de Presidente da República interinamente por duas vezes: de
27 a 31 de janeiro de 1998 e em 15 de junho de 1999. Em 2001, é eleito presidente
nacional do PMDB.
Em
2009, é apontado pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar
(DIAP) como parlamentar mais influente do Congresso Nacional. Doutor em Direito
pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo, Temer é autor dos
livros Constituição e Política, Territórios Federais nas Constituições
Brasileiras e Seus Direitos na Constituinte e Elementos do Direito
Constitucional.
Em
2010 é eleito vice-presidente da República na chapa de Dilma Rousseff. Com o
impedimento da Dilma, Temer assumiu sobre protesto de parcela da população a
presidência do Brasil. Pronto, chegou ao ápice da carreira política e ao mesmo
tempo no limbo, pois com as denúncias dos delatores da Lava Jato, Joesley
Batista e o doleiro Lúcio Funaro, o coro de “FORA TEMER”, que era gritado pela
esquerda petista, passou a ser engrossada pelos funcionários públicos que não
aceitam as reformas da previdência e do Trabalho e pela população que quer
limpeza na política. Na verdade a conquista da presidência pelo Constitucionalista
Michel Miguel Elias Temer foi uma vitória de Pirro. Ganhou, mas nunca levou e a
mantém a um preço alto demais.
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