terça-feira, 17 de outubro de 2017

CPI CONTRA CLÉCIO

Vereadores protocolam pedido para investigar prefeito de Macapá 

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Um relatório de gestão fiscal feito pelo Tesouro Nacional apontou que a capital do Amapá ultrapassou o limite de Lei de Responsabilidade Fiscal, registrando 57,88% de uso da receita para pagamentos. Com o objetivo de investigar possíveis crimes de responsabilidade e ato de improbidade administrativa cometida pela Prefeitura Municipal de Macapá (PMM), vereadores protocolaram na manhã de segunda-feira (16) um pedido de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara Municipal de Macapá.
De acordo com o requerimento, os vereadores solicitaram a criação da comissão, composta de cinco membros e igual número de suplentes, para que no prazo de 120 dias possa ser apurado os supostos crimes de responsabilidade cometidos pelo gestor da PMM, Clécio Luís.
No requerimento é citado que os supostos crimes são referente as despesas com o quadro de pessoal efetivo, contrato administrativo e comissionados, nos anos de 2013 a 2016 do poder municipal.
Para os vereadores, as supostas atitudes são tidas como irregulares praticadas pelo prefeito. Além disso, no requerimento é ressaltado que a CPI visa evitar que o executivo municipal continue a praticar o limite acima do permitido pela Lei de Responsabilidade Fiscal, que corresponde a 54%.
No documento é ressaltado que em 2016, a PMM ultrapassou mais de 19%, permitido pela Lei, com gastos de pessoal. Os vereadores frisam que esse recurso poderia ter sido aplicado nas áreas da saúde e educação para melhorar a qualidade de vida dos macapaenses.
Por fim, o requerimento solicita aos demais membros do Poder Legislativo a aprovação para que assim possa ser cumprido a função de fiscalizar as atividades desenvolvidas pelo Executivo, que no caso é a prefeitura.

Acima do limite

Além de Macapá, outras duas cidades já ultrapassaram o limite permitido pela Lei, são elas: Florianópolis (57,88%) e Natal (54,97%). Além dessas três cidades, ainda há outras que estão quase ultrapassando o limite colocado pela lei. Entre elas está Campo Grande, que registrou 54,97% de uso, São Luís com 53,96%, e Rio de Janeiro com 53,41%.

Em resposta ao programa jornalístico e televisivo “Bom Dia Brasil”, da Rede Globo, a prefeitura de Macapá informou que já havia feito cortes nos salários do primeiro escalão de servidores e ainda há possibilidade de parcelar a folha de pagamento dos funcionários.

De acordo com especialista ouvido pela reportagem, a Lei permite que as prefeituras possam fazer demissões em casos como esse, para que não ultrapasse o limite exigido, como os pagamentos de funcionários. E se caso não houver a readequação em oito meses, diversas punições podem ser efetuadas, como o não recebimento de convênios e transferências voluntárias, não contratar operações de créditos, entre outros, refletindo em dificuldades na administração dos municípios.

Lei de Responsabilidade Fiscal

A Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar nº 101, de 04/05/2000) estabelece, em regime nacional, parâmetros a serem seguidos relativos ao gasto público de cada ente federativo (estados e municípios) brasileiro.

As restrições orçamentárias visam preservar a situação fiscal dos entes federativos, de acordo com seus balanços anuais, com o objetivo de garantir a saúde financeira de estados e municípios, a aplicação de recursos nas esferas adequadas e uma boa herança administrativa para os futuros gestores.

Entre seus itens está previsto que cada aumento de gasto precisa vir de uma fonte de financiamento correlata e os gestores precisam respeitar questões relativas ao fim de cada mandato, não excedendo o limite permitido e entregando contas saudáveis para seus sucessores. (Fonte: Portal do Tesouro Nacional)



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