sábado, 28 de outubro de 2017

Exposição - “I’ã: Fotofragmentos de uma Amazônia Amapaense”


Exposição - “I’ã: Fotofragmentos de uma Amazônia Amapaense”



   
Um olhar poético e diferenciado que reúne documentação e arte, por meio da linguagem fotográfica como reveladora do cotidiano amazônico.



Reinaldo Coelho



As tradicionais e belíssimas exposições realizadas na Galeria de Artes Antônio Munhoz Lopes, no Sesc Araxá, dará a oportunidade de seus frequentadores e visitantes a ‘viajarem’ na exposição que se instalará naquele local denominada “I’ã: Fotofragmentos de uma Amazônia Amapaense”, obra do artista plástico e fotógrafo Paulo Rocha, que ficará para o deleite dos amapaenses desde o dia 31 de outubro a 30 de novembro de 2017. A entrada é gratuita, com classificação livre, e acontece de segunda a sexta-feira pela manhã e à tarde.


A abertura do evento aconteceu com uma Vernissage na última sexta-feira (27), patrocinada pelo Sistema Fecomércio, por meio do Sesc Amapá. A abertura ainda haverá a programação especial com a performance da Companhia Supernova de Teatro Experimental, roda do Batuque e Marabaixo com a Associação Folclórica Devotos de São José – Marabaixo da Juventude e a apresentação da “Suíte Xapiri/Curuocangô” – poesia sonora do Tatamirô Grupo de Poesia inspirada nas etnias Kaiapó e Yanomami, com participação especial da didgeridoo girl Thamires Werneck (MG).



A exposição
Com um olhar poético e diferenciado que reúne documentação e arte, por meio da linguagem fotográfica como reveladora do cotidiano amazônico, a exposição apresenta os Wajãpi, falantes nativos da língua Tupi que habitam o território transfronteiriço Amapá-Guiana Francesa.

Fotografo Paulo Rocha
O fotógrafo explica que para os índios, aquilo que compreendemos como imagem estaria para além do registro fotográfico, trata-se de alma, memória e experiência, sintetizadas no termo I’ã. A exposição já foi apresentada em espaços culturais alternativos do Amapá e de Minas Gerais, o conjunto da obra evidencia a diversidade natural, cultural e o cotidiano amazônico-amapaense.

As fotografias que têm um viés artístico e documental revelam as singularidades do cotidiano da Amazônia e do Amapá, expressando a diversidade natural e cultural da região. Rocha construiu a narrativa imagética com base em conceitos fundamentais da cosmologia Wajãpi que está relacionada aos falantes nativos da língua Tupi que habitam o território transfronteiriço do Amapá e Guiana Francesa.

"A mostra não é composta apenas de fotos de povos indígenas, mas peguei um conceito de um povo muito próximo [Wajãpi], mas culturalmente, está tão distante de nós [da capital]. Nas fotos, conhecemos a diversidade do amapaense. Costumes, faces e memórias estão compiladas na exposição", explicou Paulo Rocha.

O fotógrafo explica que para os Wajãpi, aquilo que é compreendido como imagem, está além do registro fotográfico, abrangendo a memória, a alma e a experiência. No título da Exposição o termo I’Ã, corresponde à alma, umas das partes componentes de cada ser humano e que pode ser entendida como princípio vital e identificada em qualquer indivíduo por intermédio da pulsação e da palavra.

São fotos de comunidades ribeirinhas, indígenas, rurais e do dia a dia de quem vive em Macapá. A mostra, que já teve uma parte exposta no estado e em Minas Gerais, está concluída e reúne fotos de 2012 até 2017.


O Fotógrafo

O amapaense Paulo Rocha graduou-se em Letras pela Universidade do Estado do Amapá (Ueap). Além de fotógrafo, Rocha é artista plástico e ativista cultural.



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