sábado, 7 de outubro de 2017

Pioneirismo


 
Centenário de “Otoniel Alves de Alencar, o Apóstolo da Amazônia”

Pr. Besaliel Rodrigues

O dia 3 de outubro de 2017 torna-se uma das datas principais da história amapaense e do protestantismo brasileiro, pois se vivo estivesse, o Pastor Otoniel Alves de Alencar, de saudosa memória, completaria 100 (cem) anos de idade.
Considerado um dos principais líderes da Assembleia de Deus da região Norte do Brasil, tornou-se o “divisor de águas” da história também centenária do assembleanismo amapaense. Isso é tão verdade que ambos – ele e a Igreja, têm a mesma idade de existência, pois ainda se faz fortemente presente na referida denominação por meio de seu sucessor, o filho Oton Miranda de Alencar.
A história de vida do Pastor Otoniel Alencar, hoje considerado “O Apóstolo da Amazônia”, é uma verdadeira saga de cunho universal. Já está eternizada por meio de uma biografia, de autoria do filho Pastor Oton Alencar, a ser lançada no período de 19 a 21 deste mês, no conclave de encerramento do Ciclo de Celebrações do Centenário da AD no Amapá, que acontecerá no Complexo Marco Zero do Meio do Mundo no Zerão.
De acordo com a referida biografia, denominada “Otoniel Alves de Alencar, o Apóstolo da Amazônia”, o mesmo, desde criança, teve uma vida recheada de sinais de que seria um grande homem de Deus. Ainda menino indagava os pais sobre a origem da Terra e do Universo. Um de seus primeiros presentes foi uma ovelhinha, animal pelo qual teve muito afeto e sofreu. Aos quinze anos, ainda adolescente, converteu-se ao protestantismo e logo se tornou fervoroso evangelista a semear a palavra de salvação.
Bem, vamos registrar aqui alguns outros detalhes de sua vida. De origem nordestina, o patriarca Pastor Otoniel Alves de Alencar nasceu em 3 de outubro de 1917, em Caxias-MA. Filho de Raimundo Alves de Alencar e de D. Maria José de Alencar.
Em maio de 1936, aos dezenove anos, casou-se com Augusta Miranda de Alencar. Desta união resultaram seis frutos: Otoniel Filho, Olson, Oriza, Oton, Otni e Órley. Passados 40 anos dessa união, o Pastor Otoniel ficou viúvo. Em maio de 1976 contrai novas núpcias com a irmã Elizama Costa de Alencar. Com ela teve mais três filhos: Elielton, Edielson e Eliniel, somando nove no total. 
Quanto à carreira ministerial, como dissemos acima, ele aceitou a Jesus aos 15 anos de idade (1932) e já saiu pregando voluntariamente a palavra de Deus pelo interior do Maranhão: Mata do Nascimento, Colinas, Grajaú, Barra do Corda, Bacabal, Coroatá, Codó, Nova Esperança e São Domingos. Em agosto de 1941 é batizado no Espírito Santo. Em setembro do mesmo ano é consagrado a Evangelista, na cidade de Pedreira-MA, pelo Pr. Januário Soares. Em 1944, em São Luiz-MA, é ordenado a Pastor pelo Reverendo Francisco Pereira do Nascimento. Bem, agora, na condição de Pastor, Otoniel Alencar é enviado a diversos campos do Pará, Acre e Amazonas. Tornou-se o único pastor brasileiro a pastorear igrejas de três capitais de Estado, todas na região Norte: Boa Vista/RR, Manaus/AM e Macapá/AP. Por isso entrou para a história como “O Apóstolo da Amazônia”.
Mas, por óbvio, nem tudo foram flores. Sofreu muito com a família no início de sua carreira pastoral. Inicialmente enfrentou a pobreza extrema, depois a intolerância religiosa reinante no país daquela época, depois sofreu oposição ministerial e chegou a ser levado ao Judiciário, mas tudo suportou com muita oração e resignação e Deus deu-lhe vitória em todas as esferas até tornar-se um dos mais respeitados e admirados sacerdotes evangélicos da Nação. Nenhum livro idôneo da historiografia assembleana brasileira poderá preterir o legado deixado por Otoniel Alves de Alencar.
O Estado do Amapá é uma unidade da Federação privilegiada por ter tido mais de três décadas de sua trajetória, atrelada à história deste grande homem de Deus. O Pastor Otoniel cooperou com o desenvolvimento deste Estado, foi conselheiro de muitas autoridades, orou por diversos governadores, senadores etc., foi condecorado com o título de “cidadão macapaense” e “cidadão amapaense”, possuía uma sólida relação de amizade com as diversas modalidades de autoridades componentes da estrutura de poder da sociedade.
No âmbito da Igreja, foi incansável, dando a ela todo o perfil que possui até os dias atuais. Deixou um legado tão forte que a sua presença parece persistir no seio da mesma até hoje. Saudades!

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