Alimentos
Saudáveis na Mesa
O sal é de suma importância para o bom
funcionamento do organismo. Ele é o responsável por controlar a quantidade de
líquidos que ficam dentro e fora das células, além de equilibrar o ritmo
cardíaco e contração muscular. No entanto, seu excesso pode ser extremamente prejudicial
à saúde.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda o consumo de
menos de 2 g de sódio por dia, o que equivale a 5 g de sal, considerando que 2g
já estejam presentes naturalmente nos alimentos, recomenda-se o uso diário de
apenas 2g (duas colheres de chá rasa). No entanto, no Brasil, um adulto consome
mais do que o dobro desta quantidade diariamente.
Uma decisão importante para se reduzir o consumo de sal em nossa
dieta é limitar o consumo de alimentos processados¹ e ultraprocessados², já que
eles são a maior fonte deste componente (70%) em nossa alimentação – como
conservas de legumes, cogumelo e palmito, pães, queijo, macarrão e sopa instantâneo,
embutidos e molhos prontos.
Segundo estudos científicos um elevado consumo de sal assume um
lugar potencialmente favorecedor de certas condições associadas ao câncer
gástrico. A Secretaria Executiva de Saúde do Pará, em pesquisa compartilhada
com a Fundação Oswaldo Cruz, o câncer gástrico ainda constitui um importante
problema de saúde pública no Estado, onde as taxas de mortalidade apresentam
valores acima da média nacional. As causas estão na fonte histórica de ocupação
de espaço na Amazônia, que definiu o padrão alimentar da população paraense no
século XX, que tinha como base um elevado consumo de sal, utilizado no uso e conservação de carnes, camarão e peixe, tendo
por outro lado um reduzido e irregular consumo de legumes e hortaliças e uma
importante ingestão de farinha de mandioca, muitas vezes adicionada de corantes
artificiais. É importante registrar, que este padrão alimentar é muito similar
a outras regiões da Amazônia, inclusive o Amapá, onde o ribeirinho, o extrativistas, os agricultores e uma parcela
importante da população urbana adotam
este tipo de dieta alimentar como referência.
Ainda, como exemplo, nos
anos de 1999 e 2000, no Pará, o câncer de estômago foi a principal causa de
óbitos em se tratando de câncer, correspondendo, respectivamente, a 15,98% e
13,99% das mortes.
1. Alimentos processados
– São alimentos fabricados com adição de sal ou açúcar a um alimento in natura, como conservas, queijos e
pães.
2. Alimentos
ultraprocessados – São produtos fabricados com pouco ou nenhum alimento in natura, mas que levam muitos
ingredientes de uso industrial, como biscoitos recheados, salgadinhos de
pacote, refrigerantes, macarrão e sopas instantâneas são exemplos desse tipo de
alimento.
Problemas Ocasionados Pelo
Elevado Consumo de Sal
Pressão arterial alta - O sódio estimula a
vasoconstrição, o que eleva a pressão arterial. Além disso, com o aumento de
líquido no corpo (inclusive no sangue), graças à retenção, o volume sanguíneo
também se eleva, forçando a parede das artérias.
Câncer de estômago - Segundo um estudo britânico
feito pela instituição World Cancer Research Fund (WCRF) com portadores da
doença, um em cada sete casos de câncer gástrico poderia ter sido evitado se as
pessoas limitassem o consumo de sal à quantidade diária recomendada.
Insuficiência renal - A função dos rins é
filtrar o sangue, retirando substâncias tóxicas e excesso de líquidos, que mais
tarde formarão a urina. Se o consumo de sódio é alto demais, os rins podem não
dar conta do recado e ficar sobrecarregados.
Inchaço - O acúmulo de água e sal leva ao edema
comum, ou inchaço do corpo, que atinge principalmente os calcanhares, pernas,
coxas e abdome.
Consuma Sal Com
Moderação
A
recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) é que um adulto consuma, no
máximo, 2.000 mg (ou 2 g) de sódio
por dia, o que equivale a 5 g de sal – já que o alimento é composto 40% de
sódio. No entanto, os brasileiros ingerem, atualmente, mais do que o dobro
desta quantidade. Veja abaixo alguns
alimentos que você consome e sua relação com a presença de sal. Evite alimentos
que contenham mais do que 200 mg de sal.
Molho de soja - Usado muito na
culinária japonesa e brasileira, o shoyu é riquíssimo em sódio. Uma colher de
sopa possui 297 mg do componente.
Atum enlatado em água - Escolha de muitas pessoas que fazem dieta
para emagrecer, o alimento apresenta 382 mg de sódio em 113 g (pouco menos de
uma lata).
Queijo cottage 1% de gordura - Apesar de pouco
gorduroso, 115 g de queijo cottage tem 459 mg de sódio.
Presunto fatiado - Cerca de 3 fatias
possuem 697 mg de sódio.
Queijo mozzarella sem gordura - Outra opção tida
como light, a mozzarella sem gordura contabiliza 840 mg de sódio em uma porção.
Macarrão instantâneo sabor galinha - Apesar de prático e
muito saboroso, os noodles são um dos alimentos mais ricos em sódio. Um copo do
produto carrega 1737 mg de sódio, que representa mais de 85% das necessidades
diárias do componente. Evite.
Pizza congelada - Pouco mais da metade
da embalagem possui 2.103 mg de sódio, mais do que precisamos ingerir em um
dia.
Pizza - A pizza artesanal, apesar de ser um pouco
menos nociva, não fica de fora da lista. Um único pedaço, dependendo do sabor,
pode equivaler à metade das necessidades diárias de sódio (aproximadamente
1.000 mg).
Cereal matinal - Alimentos doces
também têm sódio. Vale a pena dar uma olhada nas informações nutricionais das
diferentes marcas, já que elas variam bastante. O cereal de aveia Quaker, por
exemplo, contém 260 mg de sódio por porção.
Molhos prontos - Uma porção de molho
de tomate pronto pode conter mais de 400 mg de sódio, o mesmo que 2 colheres de
sopa de molho para salada. Uma colher de sopa da maionese chega a conter 125 mg
do componente, enquanto a mesma quantidade de ketchup apresenta 190 mg.
Guarde e adote com você essa informação – O
consumo recomendado máximo de sal diariamente é de 2000 mg em se tratando de um
adulto. Até a Próxima!
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