Final
de ano com céu plúmbeo
Esse ambiente de revolta e caça aos corruptos do
Brasil tem deixado o clima de final de ano assim-assim. Percebo que não está no
ar aquele clima característico dessa época do ano, que mistura contrição e
êxtase. Parece que os últimos acontecimentos em nosso País tirou o espírito
natalino do foco principal.
Esse ambiente de insatisfação está ornado por uma
grave crise econômica. Nossa economia que há cinco anos gerou euforia nos mercados
mergulhou num colapso que redundou na demissão de 14 milhões de brasileiros. Já
imaginou? São 14 milhões de lares que tiveram suas economias comprometidas e aí
o plano é sobreviver. Passou 2015, 2016 e agora conta-se nos dedos os dias para
chegar o fim do ano. Não é pra comemorar o Ano Novo, mas sim para sacudir a
poeira e colocar o trevo de quatro folhas na carteira, pedindo a todos os
Santos e, principalmente, a Deus que o vento mude.
Só pra que tenham uma ideia, a Federação do Comércio
e os ambulantes se uniram não com objetivo de planejar a estratégia de venda
para as festas de fim de ano, pelo contrário, foi para sensibilizar a
Prefeitura para que algumas linhas de ônibus retorne a circular pela Cândido
Mendes. A principal artéria do comércio. Tínhamos ali as principais lojas de
Macapá, aliás, era um status ter uma casa comercial na Cândido Mendes. Quando
alguém dizia que tinha comércio a pergunta automática era... fica na Cândido
Mendes? Se a resposta fosse negativa, o sujeito já ficava assim-assim. Hoje
essa via tem a maioria das suas lojas com as portas fechadas. Então, por ali,
nem um motivo natalino até a presente data.
Os ambulantes por outro lado, que segundo o IBGE em
levantamento feito em 2009 atestou que esse segmento movimentava àquela altura
cerca de R$ 43 milhões, hoje toma bordoada da Guarda Municipal, que obedece a
determinação do prefeito Clécio Luís, o mesmo que em 2009 na condição de
vereador reprovou a atitude do prefeito da época Roberto Góes que retirou os
ambulantes da Cândido Mendes. Hoje, Clécio, bem no mês de novembro, aliás,
meados deste resolve chutar a “bunda” dos ambulantes. Está proibindo que essa
categoria informalizada trabalhe. Escuda-se, a “Medusa”, no discurso que é
necessário se fazer cumprir o Plano Diretor que regulamente a atividade de
ambulantes e congêneres na cidade de Macapá. Mas e os poderosos? Isso a
imprensa não diz, diria o saudoso Nova da Costa.
Todo esse cenário catastrófico tem sido sim o
responsável por esse céu plúmbeo que paira sobre nosso Estado. Ninguém até
agora vejo eufórico pelo Santo Natal. Não que a data tenha perdido importância.
Jamais. Para nós cristãos comemorar o nascimento do filho de Deus é um honra,
creiam! Mas o povo está olhando de soslaio para esse ambiente inóspito que
atravessamos.
Mas eu não vou estimular esse ambiente. Vamos
acreditar e imaginar que isso é uma nuvem passageira que com o vento se vai.
Sejamos todo um Cristal bonito que não se quebra quando cai, porque não caímos
e nem vamos cair. Fé em Deus e vamos tocar a vida pra frente. Enfeite sua casa,
da maneira que der. Jesus vai sim ficar feliz e se não tiver peru, coma frango,
mas comemore o Natal e o Ano Novo. Foda-se!
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