Comitê que estuda remuneração de diligências negativas para Oficiais de Justiça realiza sua primeira reunião
Segundo o servidor Francys Campos, membro da Comissão, ficou claro – tanto na decisão do 1º Grau quanto no entendimento da Presidência e de todos os presentes – que a Resolução original não veda o pagamento das diligências infrutíferas, desde que sejam circunstanciadas nos autos e convalidadas por terceiros. “Ressalto que a convalidação não afeta a fé pública dos Oficiais de Justiça, pois trata-se apenas de uma exigência natural externa ao servidor que receberá uma remuneração por aquele ato”, registrou.
Observando que a resolução original data de 2005, Francys lembrou ser natural que a norma precise se ajustar à dinâmica da realidade, com posterior estabilização. “Futuramente encontraremos novas realidades e ela certamente precisará ser readequada”, observou. “O importante é propormos uma solução e que a redação siga princípios técnicos de criação de normas, de maneira que não gere mais a leitura que gerou até o momento e possa ser aplicada em outras circunstâncias que ainda não detectamos”, acrescentou Francys.
Outro ponto tratado foi a proposta de trocar o passivo gerado pela não contabilização de diligências negativas ou infrutíferas, desde pelo menos 2009, pela gratificação de atividade externa. “Já tínhamos um processo administrativo colocando esta proposta de maneira escalonada, iniciando com 10% da remuneração e gradualmente crescendo até 35%, conforme é aplicado em outros tribunais de Justiça que já incorporaram a GAE. Mas, tendo em vista o volume do passivo, nossa sugestão é chegar no percentual final”, explicou Majela.
Uma nova reunião ficou marcada para 08 de novembro, às 11 horas, com o compromisso de serem trazidos cálculos dos impactos orçamentários de uma eventual concessão da GAE, retornos do controle interno sobre os métodos de circunstanciação/convalidação das diligências e proposta de nova redação para a resolução que trata da indenização.
Participaram da primeira reunião o presidente da Comissão, o Oficial de Justiça e também presidente do Sindojus Geraldo Majela, a coordenadora da Central de Mandados da Comarca de Macapá, Marilene Azevedo, o assessor da Presidência do TJAP, Joaquim de Jesus Picanço, a diretora da Assessoria Técnica de Controle Interno (Astecin), Ângela Valadares, e o servidor Francys Campos.
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