sexta-feira, 3 de novembro de 2017

Emprego Temporário no comércio de Macapá deve crescer 15%

Economia

Emprego Temporário no comércio de Macapá deve crescer 15%





Reinaldo Coelho

As vagas temporárias para o fim do ano, principalmente no comércio, podem representar para muitos uma possibilidade de contratação definitiva ou uma renda extra para os gastos de dezembro e janeiro.

Após duas quedas seguidas, a contratação de trabalhadores temporários de fim de ano deve voltar a crescer em 2017, puxada pela melhora da economia e pela mudança na legislação dos temporários, em vigor desde março, que deu mais segurança jurídica para as empresas admitirem.


Quanto a contração temporária no Estado do Amapá, e principalmente em Macapá onde a concentração da população é maior, o cenário neste sentido não será muito diferente das expectativas de vendas.


 
Superintendente do CDL-Macapá,
 Juarez Oliveira
Na concepção do  Superintendente do CDL-Macapá, Juarez Oliveira, o ano de 2016 foi um ano muito amargo para essas contratações temporárias, muito difícil, possivelmente o pior da década. Ele ressaltou a reportagem, que a expectativa de contratações ainda está distante dos patamares verificados em anos pré-crise econômica.

“Quando a economia estava bem, lá em 2014, esse número era alto. Ainda não está estabelecida a confiança plena. Mas já é um sinal de recuperação quando eles [lojistas] dizem que vão contratar pessoas. Este anos estaremos contando com uma melhora, nada comparada aos anos anteriores a 2016, que foi um ano atípico.  Ainda não temos números sobre essas contratações, mas, esperamos um crescimento de aproximadamente de 15% sobre 2016”, especificou Juarez.


Segundo o superintendente do CDL-Macapá, com a crise, os empresários também estão retardando as contratações. A ideia é, primeiro, ter certeza de que haverá alta no movimento. “No passado [as contratações] eram na segunda quinzena de agosto. Aproveitando o Dia das Crianças. Este ano, a perspectiva é só a partir da segunda quinzena de novembro”, explicou.

Mas os lojistas estão otimistas de que haverá melhoras, porque o cenário do ano passado foi muito baixo em todos os níveis, e qualquer aumento nos percentuais, são excelentes, mas não tão boa em relação aos anos anteriores de pré-crise.

Quanto a questão do emprego temporário e da melhor venda do Natal, Juarez fez uma comparação. “No cenário nacional a população começa a perceber melhorias, porém aqui no Amapá, ainda vai demorar um pouco para ser percebido esse crescimento”.

Com a queda da inflação levará o consumidor a voltar a comprar. “Depois do cenário macroeconômico da política nacional, que vem melhorando a conta gotas, e está dando sinais de melhorias e acompanhando as análises dos agentes econômicos e especialistas que estão otimistas”.

Ele volta a comparar a situação nos grandes centros comerciais e com a realidade amapaense. “Para os grandes mercados estes números já dão a população uma maior clareza. Nas regiões como a do Norte, vamos demorar a perceber e  no Amapá, isso é mais complexa, porque o fato de ainda vivermos da economia do “contracheque” e de não termos um setor econômico privado ativo, como tínhamos no passado, com a mineração e outros, faziam que nessa época do ano, esses setores privado turbinasse”.

Crescimentos das compras

Com referência ao crescimento do poder aquisitivo da população macapaense e o retorno as compras com aquisições maiores, Juarez Oliveira afirma que espera uma boa reação do consumidor.
“As expectativas de compra para o Natal em comparação ao ano de 2016, esperamos uma reação muito melhor. Não será uma movimentação maravilhosa mas, certamente os números demonstram que será melhor do que ano passado”.

Atraindo o consumidor

O comercio vem através da Fecomercio, Acia e CDL, realizando serviços de marketing para atrair o consumidor, através de promoções. “O comerciante já tem isso inerente em suas ações e quando estamos em crise a criatividade tem que ser maior. E nos adaptamos aos bons e maus momentos da economia. E o final do ano tem tudo a ver com essa criatividade dos empresários, para oferecer campanhas que atraiam o consumidor, que encoraje ele a gastar”.
Atualmente existe uma campanha que junta a Fecomércio, Acia, CDL e governo do Estado a “Compre e ganhe” que estimula o consumidor a realizar suas compras e ganhar prêmios. Temos certeza que até o final do ano teremos outras novidades para benefício do consumidor que está inadimplente, adequá-lo ao seu crediário nas lojas, para que assim ele possa comprar seus presentes e dos parentes. Então o comércio oferecerá aos consumidores e ao mercado para que todos possam ter um Natal tranquilo e de qualidade”.

Perspectivas para 2018

Para Juarez Oliveira, Superintendente do CDL-Macapá, o comércio varejista amapaense, é o segundo que mais emprega no Estado, com esse crescimento e a queda constante da inflação vai ter uma alavancagem nas contratações com carteira assinada em 2018.
“O comércio responde de forma muito rápida a essas iniciativas de políticas públicas, nós só vamos ter melhorias significativas na economia do Estado quando desenvolvermos plataformas de desenvolvimento privado, não podemos ficar refém da economia pública. Podemos perceber que no Estado temos mineração, base petrolífera se instalando, o agronegócio então a melhoria da economia do Estado, depende desses setores tomarem formas, criarem sua dinâmica e gerarem emprego e comércio é consequência disso”, finalizou.










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