Economia
Emprego Temporário no comércio de Macapá deve
crescer 15%
Reinaldo Coelho
As vagas temporárias para o fim do ano,
principalmente no comércio, podem representar para muitos uma possibilidade de
contratação definitiva ou uma renda extra para os gastos de dezembro e janeiro.
Após duas quedas seguidas, a contratação de
trabalhadores temporários de fim de ano deve voltar a crescer em 2017, puxada
pela melhora da economia e pela mudança na legislação dos temporários, em vigor
desde março, que deu mais segurança jurídica para as empresas admitirem.
Quanto a contração temporária no Estado do
Amapá, e principalmente em Macapá onde a concentração da população é maior, o
cenário neste sentido não será muito diferente das expectativas de vendas.
Na concepção do Superintendente do CDL-Macapá, Juarez
Oliveira, o ano de 2016 foi um ano muito amargo para essas contratações
temporárias, muito difícil, possivelmente o pior da década. Ele ressaltou a
reportagem, que a expectativa de contratações ainda está distante dos patamares
verificados em anos pré-crise econômica.
“Quando a economia estava bem, lá em 2014,
esse número era alto. Ainda não está estabelecida a confiança plena. Mas já é
um sinal de recuperação quando eles [lojistas] dizem que vão contratar pessoas.
Este anos estaremos contando com uma melhora, nada comparada aos anos
anteriores a 2016, que foi um ano atípico.
Ainda não temos números sobre essas contratações, mas, esperamos um
crescimento de aproximadamente de 15% sobre 2016”, especificou Juarez.
Segundo o superintendente do CDL-Macapá, com
a crise, os empresários também estão retardando as contratações. A ideia é,
primeiro, ter certeza de que haverá alta no movimento. “No passado [as
contratações] eram na segunda quinzena de agosto. Aproveitando o Dia das
Crianças. Este ano, a perspectiva é só a partir da segunda quinzena de
novembro”, explicou.
Mas os lojistas estão otimistas de que haverá
melhoras, porque o cenário do ano passado foi muito baixo em todos os níveis, e
qualquer aumento nos percentuais, são excelentes, mas não tão boa em relação
aos anos anteriores de pré-crise.
Quanto a questão do emprego temporário e da
melhor venda do Natal, Juarez fez uma comparação. “No cenário nacional a
população começa a perceber melhorias, porém aqui no Amapá, ainda vai demorar
um pouco para ser percebido esse crescimento”.
Com a queda da inflação levará o consumidor a
voltar a comprar. “Depois do cenário macroeconômico da política nacional, que
vem melhorando a conta gotas, e está dando sinais de melhorias e acompanhando
as análises dos agentes econômicos e especialistas que estão otimistas”.
Ele volta a comparar a situação nos grandes
centros comerciais e com a realidade amapaense. “Para os grandes mercados estes
números já dão a população uma maior clareza. Nas regiões como a do Norte,
vamos demorar a perceber e no Amapá,
isso é mais complexa, porque o fato de ainda vivermos da economia do
“contracheque” e de não termos um setor econômico privado ativo, como tínhamos
no passado, com a mineração e outros, faziam que nessa época do ano, esses
setores privado turbinasse”.
Crescimentos das compras
Com referência ao crescimento do poder
aquisitivo da população macapaense e o retorno as compras com aquisições
maiores, Juarez Oliveira afirma que espera uma boa reação do consumidor.
“As expectativas de compra para o Natal em
comparação ao ano de 2016, esperamos uma reação muito melhor. Não será uma
movimentação maravilhosa mas, certamente os números demonstram que será melhor
do que ano passado”.
Atraindo o consumidor
O comercio vem através da Fecomercio, Acia e
CDL, realizando serviços de marketing para atrair o consumidor, através de
promoções. “O comerciante já tem isso inerente em suas ações e quando estamos
em crise a criatividade tem que ser maior. E nos adaptamos aos bons e maus
momentos da economia. E o final do ano tem tudo a ver com essa criatividade dos
empresários, para oferecer campanhas que atraiam o consumidor, que encoraje ele
a gastar”.
Atualmente existe uma campanha que junta a
Fecomércio, Acia, CDL e governo do Estado a “Compre e ganhe” que estimula o
consumidor a realizar suas compras e ganhar prêmios. Temos certeza que até o
final do ano teremos outras novidades para benefício do consumidor que está
inadimplente, adequá-lo ao seu crediário nas lojas, para que assim ele possa
comprar seus presentes e dos parentes. Então o comércio oferecerá aos
consumidores e ao mercado para que todos possam ter um Natal tranquilo e de
qualidade”.
Perspectivas para 2018
Para Juarez Oliveira, Superintendente do
CDL-Macapá, o comércio varejista amapaense, é o segundo que mais emprega no
Estado, com esse crescimento e a queda constante da inflação vai ter uma
alavancagem nas contratações com carteira assinada em 2018.
“O comércio responde de forma muito rápida a
essas iniciativas de políticas públicas, nós só vamos ter melhorias
significativas na economia do Estado quando desenvolvermos plataformas de
desenvolvimento privado, não podemos ficar refém da economia pública. Podemos
perceber que no Estado temos mineração, base petrolífera se instalando, o
agronegócio então a melhoria da economia do Estado, depende desses setores
tomarem formas, criarem sua dinâmica e gerarem emprego e comércio é
consequência disso”, finalizou.
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