sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

DE TUDO UM POUCO.


  
MEU PRIMEIRO NATAL SEM VOCÊ, Mª RAIMUNDA.

         Pode parecer a muitos que os artigos escritos “ in memoria “ dessa ilustre Guerreira possa encaminhar-se para a idolatria ou culto da pessoa amada. Não. Não é essa a intenção. Somente agora percebo que esses artigos deveriam ter sido escritos desde há muito tempo, quando ainda a destinatária pudesse sentir as emoções fluidas das palavras e frases escritas, hoje, com doçura, carinho e ternura.
         As atribuições cotidianas profissionais e outras correlatas levaram-me a ficar muito tempo sem sentir falta da companhia física das pessoas com as quais convivemos diuturnamente. E toda essa escalada da “ busca de não sei o que “, tornou-me um Ser solitário, as vezes só outras sozinho. A outra metade sempre ficou à espera da volta pra casa, em horários alternados, e tantas vezes por pouco tempo de convívio.
         Anos a fio essa novela da vida repetiu-se. Mas, pacientemente, Ela estava a minha espera, sempre alegre, espargindo  felicidade pelo reencontro, mas apreensiva pela efemeridade dessa alegria.
         Já a partir do 1º dia de dezembro, os encantos do Natal começavam a tomar conta da imaginação fértil dessa Guerreira, em como seria a ornamentação de nossa casa – o Sítio, onde moramos. Preciso disto, mais aquilo. Compra tais enfeites, imagens de São José, Maria e Jesus, e dos animais que ornavam o Presépio natalino. Não eram ordens, mas pedidos, e eu só os cumpria, não dava teco em nada, porque não conseguia incorporar-me ao “ espírito natalino “.
         Nossos convidados eram moradores dos sítios vizinhos ao nosso. Pessoas simples, mas cordatas, amáveis, solidárias, cristãs. Precedia a festa, as orações de invocação e ação de graças por tudo quanto em nossas vidas aconteceu desde o último Natal.
         Havia a troca de presentes. Lembranças simples mas dadas de coração. Recebíamos mais do dávamos, porque as pessoas simples agem mais com o coração do que com a razão.
         Em homenagem a sua ausência física ouso realizar os mesmos procedimentos de então, para tornar mais alegres os dias que antecedem o Santo Natal, crendo que Você estará conosco lá nas dependências do Retiro Ponta da Ilha.
         Este testemunho é para chamar a atenção daqueles que agem hoje, como eu agia antigamente. Valorize a presença. Viva o presente com os seus familiares e amigos, porque amanhã, talvez você esteja na mesma condição que eu.

         Desde já, Feliz Natal, Dª Maria Raimunda.

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