segunda-feira, 25 de dezembro de 2017

Editorial


O show de oportunismo de Davi Alcolumbre

Enquanto nós, na sociedade, podemos fazer tudo o que quisermos, exceto o que estiver proibido por lei, os membros da administração pública só podem fazer o que for previamente e expressamente autorizado pela lei. Assim como um parlamentar tem que ser um representante digno do povo que representa, tanto no Senado Federal quando na Câmara Federal.
Mas, como temos vistos nas últimas décadas, infelizmente nossos parlamentares tem passado os “pés pelas mãos”. O levantamento exclusivo da Revista Congresso em Foco mostrou que cerca de metade dos deputados e senadores da atual legislatura (2015-2018) responde a algum procedimento investigatório no Supremo Tribunal Federal (STF). Ao todo, são 238 parlamentares às voltas com a Justiça no âmbito do STF.


Essa é uma das primeiras lições aprendidas por estudantes de direito. A ideia não é engessar a vida de políticos eleitos ou magistrados e procuradores concursados, mas evitar a corrupção ativa e passiva e o favorecimento a pessoas e grupos, além de garantir que o governante vá trabalhar dentro de balizas criadas por legisladores e monitoradas pela Justiça. Governar é um ato autorizado pelo povo dentro de parâmetros que ele determinar, direta ou indiretamente.
Pois o administrador está lá para conduzir uma cidade, um estado ou um país segundo a Constituição e as leis. E os parlamentares nos três níveis estão para fiscalizar e legislar em prol do POVO e pelo POVO e não para a primazia de seu desejo pessoal.

Mas, infelizmente o que temos isto é a ambição pessoal suplantando os interesse público de alguns parlamentares que desejam alçar voos mais altos, o que lhes é direito, porém, respeitando as regras do jogo e não passando o trator e segregando os atores que estão no poder.
Na última semana, tivemos um ato constrangedor e abusivo de um senador da República, representante do Amapá, na Câmara Alta Federal, que trouxe ao Estado um Ministro de Estado e um presidente de uma autarquia federal, sem a mínima consideração e constrangimento de comunicar ao Chefe do Executivo Estadual, no caso o Governador Waldez Góes, ou ao menos convida-lo para participar das discussões sobre os recursos utilizados pelo Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação, mesmo sabendo que obrigatoriamente esses investimentos teriam de passar pelas mãos do Executivo Estadual para chegar ao cofre dos municípios.
O que levou o Senador Democrata David ALcolumbre em agir com esse abusado ato de constrangimento, de nem comunicar a coordenadora do Sistema Estadual da Educação amapaense, Goreth Sousasobre a mobilização dos titulares municipais da Educação?
AMBIÇÂO, Davi é candidatíssimo ao cargo do Executivo Estadual e tem apoio de um grupo político oposicionista a Waldez Góes, até aí tudo certo é legitimo seu pleito, porém é ilegítimo usurpar o direito de quem foi eleito para ser o governador de todos os amapaenses e o legitimo representante e neste caso o anfitrião de qualquer autoridade federal ou de outros Estados. Waldez é o governador de todos os amapaenses, inclusive do Senador Alcolumbre e é obrigação respeitar a liturgia dos cargos. Não deve ser politizada qualquer atividade educacional, pois elas são de interesse coletivo, de todo o povo amapaense e todos os atores políticos devem atuar em conjunto para resolve-los e não trazer pro seu colo rendimentos políticos.

Com maior ou menor competência, clareza e inventividade, o Tribunal Superior Eleitoral, tem definido as regras do jogo eleitoral. Aos atores políticos  cabe obedecê-las e serem denunciados se antecipem campanha eleitoral.

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