sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

Promessômetro de Clécio Luíz



Prefeito de Macapá, Clécio Luís


Promessômetro: prefeito Clécio Luiz (REDE) cumpre até agora 10% do prometido nas campanhas de 2012/16 o resto é paliativo.





Reinado Coelho

Clécio Luís é ex-petista, ex-socialista e adota desde 2016 o discurso da “nova política”, que deve ser pautada por uma “diretriz programática” (do desenvolvimento sustentável) e não pelo poder “a qualquer custo” propagado pela sua nova legenda a Rede de Sustentabilidade (REDE).

Clécio Luís, em 2012, deu ao PSOL o governo da primeira capital de Estado. Quatro anos depois, fez o mesmo pela Rede, ao ser reeleito prefeito de Macapá, dando sequência ao mandato representando um partido que defende a ‘nova política’, depois de deixar o PSOL e buscar apoio no DEM.  

Na campanha de outubro de 2016, quando Clécio Luiz  (REDE) disputou o segundo turno das eleições com o ex-senador Gilvam Borges  (PMDB), todos viram e ouviram as promessas do então candidato a reeleição a prefeitura de Macapá.

Como prefeito Clécio prometeu melhorar a educação, a qualidade das unidades básicas de saúde e construir moradias. Segundo ele, parte do programa de governo não saiu em razão da crise econômica, que interrompeu parte do repasse de recursos federais ao município. Clécio ficou no PSOL até setembro de 2015 e justificou a saída dizendo que, como prefeito, precisava resolver problemas “que exigem relações políticas mais amplas” e a “capacidade de fazer alianças maiores”. Junto dele saiu também o senador Randolfe Rodrigues. Naquele momento, Clécio já cogitava disputar a reeleição em 2016 e dialogava com partidos distantes do círculo político do PSOL. A aproximação com o DEM desagradou a direção do partido, o que também contribuiu para a saída de Clécio. Em março de 2016, Clécio seguiu os passos de Randolfe e migra para a Rede Sustentabilidade.

Depois de reeleito, Clécio disse que sua vitória é um recado do povo, que “não aceita mais a velha política”. Saúde seria a prioridade, mesma área escolhida quando foi eleito pela primeira vez pelo PSOL.

Reeleito manteve Macapá na mesma


Promessas de campanhas de 2012 e de 2016 não cumpridas
 
área de alagados
Durante a campanha eleitoral de 2012, Clécio Luís propagava que, se eleito, faria o melhor governo que Macapá já teve. Em 2016 manteve a propaganda, acrescida que a culpa era da crise. Por ironia, acabou se transformando no pior prefeito da história do Município. Além do sucateamento das áreas de educação e saúde, com o grande déficit de salas de aula, de unidades de saúde e equipamentos, a paisagem urbana da cidade está se deteriorando cada vez mais; a coleta de lixo deixa a desejar e as ruas e avenidas de todos os bairros, incluindo centro da Capital estão intrafegáveis, como resultado de uma administração incompetente e pífia.

Clécio quando prefeito do PSOL prometeu durante a campanha política que iria resolver todos os problemas de Macapá e garantir melhores condições de vida para a população, inclusive fixando o prazo de 100 dias para isso, mas foi tudo enganação. Ele prometeu, por exemplo, colocar asfalto de 7 centímetros em vias de grande circulação e fazer correção asfálticas nas demais, mas o que se vê é um arremedo de asfalto, que ao final do período chuvoso vai estar pior do que antes.
Quando reeleito como prefeito da REDE manteve o mesmo discurso, maquiado pela linha do partido. Por sinal maquiagem é a especialidade de Clécio, todos as obras realizadas em sua gestão foram paliativas e maquiadas.

O prefeito Clécio falou, durante a campanha, que faria o concurso público no primeiro ano do mandato, está findando o quinto ano e não fez.
No dia 31 de dezembro de 2015, o prefeito chegou a dizer para a imprensa que o presente que daria para o povo de Macapá seria o concurso da Companhia de Trânsito e Transportes de Macapá (CTMac). As pessoas estudaram para esse concurso, mas até hoje dois anos depois não foi realizado.

Áreas de ressacas


 Entre as principais promessas defendidas por Clécio, estavam a reforma e reconstrução das passarelas em regime de mutirão com as comunidades. Segundo o último Censo feito em 2010 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) são 27 áreas de ressaca em Macapá, o que dá em média 13.801 residências.

Infelizmente as promessas ficaram apenas no papel, em duas áreas de ressaca nos bairros Jardim Marco Zero e Buritizal, ambos localizados na zona sul da cidade. A situação das pontes é motivo de constante preocupação para os moradores, o que piora muito com a chegada do inverno, além disso, o mato alto e o lixo dificultam muito a vida dos moradores.
Outra proposta feita por Clécio foi dar prioridade as famílias que vivem nessas áreas para aquisição de casa própria através do programa do governo federal “Minha Casa Minha Vida”, porém como se sabe, o Conjunto Habitacional São José já foi entregue e o Conjunto Açucena está em fase de sorteio e os moradores ainda reclamam de supostas dificuldades impostas pela Prefeitura de Macapá para realizar o cadastro e serem beneficiados.
Ao contrário do que o governo estadual vem atuando, onde teve o governador Waldez Góes agindo pessoalmente junto ao ministério das cidades e conseguiu autorização especial para alocar os sinistrados do Bairro Perpetuo Socorro, sem pagamento das mensalidades e de condomínio.
Também foram prometidas creches para as crianças dessas áreas através de um programa em parceria com as Igrejas locais e a comunidade e a entrega de cestas básicas às famílias de baixa renda, porém nenhuma creche foi construída pela Prefeitura nos últimos 5 anos e os moradores garantem que não nunca receberam cestas básicas. As únicas iniciadas na Zona Sul de Macapá e no Distrito de Fazendinha estão paralisadas suas obras.
Se na Zona Sul a situação é caótica, na Zona Norte da cidade o cenário é ainda pior, no bairro São Lázaro. Eles garantem que de todas as promessas que feitas pelo prefeito Clécio, nenhuma foi cumprida, pelo contrário, as pontes de acesso estão intrafegável.
Tradicional ponto turístico de Macapá, o Mercado Central, está abandonado a dois anos e não tem previsão de conclusão da obra. 

Na área da saúde, o que se vê é a falta de compromisso e o descaso com quem precisa ser assistido pelo Programa Saúde da Família (PSF), na ponte que fica localizada na rua Favilo Gentil, no São Lázaro, os moradores tem que procurar as UBS para conseguir atendimento em domicílio.

Outra promessa que ficou só no papel foi a da coleta de lixo, nos bairros periféricos, a coleta não é regular, os moradores afirmaram que o carro coletor não estava entrando e quando o fazem não recolhem todo o lixo acumulado.

Obras da Creche Maria Chiquinha, paralisadas. A primeira de 10 prometidas desde o primeiro mandato de Clécio


Essas mudanças prometidas por Clécio em duas campanhas, contemplariam desde a construção de creches e moradia digna, até o Plano de Saneamento Municipal de Macapá, que fariam diferença significativa na vida de quem mora nas áreas de ressaca, porém cinco anos depois, o que se vê são relatos frustrados de quem acreditou em melhorias que não aconteceram.    

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