segunda-feira, 25 de dezembro de 2017

Quanto deselegância, senador!

 

 

Quanta deselegância, senador!




O Senador Davi Alcolumbre (DEM), desrespeitou a Liturgia dos Cargos em benefício de seus interesses pessoais e partidários ao trazer um ministro de Estado, para visitar e pautar encontros com autoridades municipais amapaenses, sem convidar o Chefe do Executivo do Amapá, Waldez Góes. Um ato constrangedor, abusado que não faz jus a quem ocupa o cargo de Senador da República.

Reinaldo Coelho

O Brasil adota como forma de Estado o Federalismo, o que significa que as organizações políticas (municípios, Estados e Distrito Federal) são relativamente autônomas entre si. Elas unem-se para formar um governo central – a União. Dentro de nossa federação o Poder Executivo Estadual é chefiado pelos governadores.
Esse Poder Executivo estadual possui a função de articulação política tanto com o governo federal, quanto com os municípios.
O governador precisa atuar de diversas formas. Ele deve representar o Estado em todas as suas relações, sejam elas jurídicas, políticas ou administrativas. Também defende os interesses do Estado junto ao presidente da República e aos ministros de Estado, tendo o apoio da Bancada Federal. E além disso há várias áreas de grande relevância pública em que ele tem papel decisivo.
Documentos apontam que Davi Alcolumbre pode ter recebido dinheiro da Odebrecht

Essa pequena dose de direito constitucional se faz necessária para que possamos entender a ação desrespeitosa e abusada do senador democrata Davi Alcolumbre ao trazer para o Estado do Amapá um Ministro de Estado, levando-o a participar de eventos, onde as pautas educacionais foram tratadas, junto aos órgãos federais (UNIFAP) e aos prefeitos e seus secretários de educação. E, incrivelmente, sem dar conhecimento ao governador do Estado, Waldez Góes e a secretária de Estado da Educação, Goreth Sousa, responsável pela execução das atividades da Educação no Amapá.  
O senador Davi Alcolumbre pode utilizar de seu mandato para convidar autoridades e políticos que vão possibilitar ações em benefício do Amapá e dos amapaenses, porém as tratativas institucionais tem de estar em comum acordo com o Executivo amapaense que é o anfitrião constitucional do Amapá. Essa indelicadeza se justificaria se o senador convidasse o político, seu correligionário pernambucano, José Mendonça Bezerra Filho, para um encontro partidário dos Democratas, mas por educação? – um telefonema ao governador não seria de mau tom, é a arte do político mineiro Tancredo Neves de fazer política.
Mas Davi Alcolumbre assumiu uma vaga no Senado Federal há quatro anos e vem demonstrando que não está preparado para ocupar cargos de relevância institucional, pois a falta de traquejo próprio e de seus assessores e do próprio ministro da Educação que deveriam os ter orientado para que não cometessem tal gafe, pois qualquer jovem saberia quem é que comanda o Estado e quem deveria ser comunicado.
Essas ações acontecem constantemente quando um governador, ministro ou o próprio presidente da República se deslocam para qualquer cidade brasileira, as autoridades constituídas dessas unidades federativas são avisadas com antecedência e se preparam alertando os meios de segurança para a proteção da autoridade e colocando órgãos institucionais a disposição, mesmo que a autoridade esteja em visita não oficial, pois faz parte do cerimonial. E era isso que deveria ter acontecido no Amapá.


O cargo, ora ocupado por Davi, foi prestigiado por um presidente da República, do Senado Federal, governador, deputado estadual e federal e presidente de partido, José Sarney, e que nunca daria um vexame desse, pois cuidava de cumprir a ‘Liturgia do Cargo’, ação essencial para um Senador.

Desrespeito a educação do Amapá



Uma situação constrangedora para as autoridades constituídas do Amapá, o que revoltou os que conhecem como deve-se proceder e isso é nítido nas ações de Waldez Góes, que mantem uma relação com todos os políticos sem considerar a cor ou a ideologia partidária. Já manteve ao seu lado o Senador João Capiberibe (PSB), Randolfe Rodrigues (REDE) e o próprio David Alcolumbre (DEM), lhes creditando os méritos pelas ações parlamentares. O mesmo fazendo com os deputados federais, estaduais e os prefeitos.
A titular da Educação do Amapá, Goreth Sousa, declarou que se sentiu além de constrangida, desrespeitada, pois é a gestora das ações estaduais da educação. Ela declarou que ficou revoltada e declarou que postou no grupo de secretários de Educação de todos os Estados. “Expressei minha indignação, pois pegou mal, o ministro da Educação e o presidente do FNDE, virem ao Amapá, não comunicar ao autoridade máxima do Estado, o governador Waldez Góes, e nem a secretaria de Estado da Educação, foi feita uma mobilização com os secretários de Educação dos municípios”.

Ambição pessoal acima da institucional

Goreth Sousa destacou a necessidade de despolitizar a Educação. “Precisamos criar o fio invisível da continuidade na Educação, precisamos envolver todos. Estou indignada com a vinda do ministro e do presidente do FDE, sem ser informada e nem convidada para esse diálogo. Os problemas da Educação do Amapá não vão ser resolvidos trazendo ministro para conversar somente com os municípios”, declarou indignada.
O senador David Alcolumbre foi deselegante a anti-amapaense, pois quem coordena a política estadual de educação é a secretaria Estadual de Educação.  Porém a ânsia política do senador democrata está voltada para suas questões pessoais, seu interesse é mostrar serviço positivista em última hora. Mobiliza os municípios e isola a liderança maior do Estado, Waldez Góes, a quem é oposicionista.  
Não custa lembrar ao senhor senador que as Eleições de 2018 tem regras e leis que serão determinadas pelo Tribunal Superior Eleitoral, para que comece as campanhas partidárias, para escolher quem será o presidente, o governador, senador, deputados federais e estaduais. Isso preocupa a sociedade amapaense ao perceber, com essa ação impulsiva e incoerente, e sublinhar uma campanha eleitoral. Pois o senador Davi Alcolumbre está colocando as questões pessoais a frente dos interesses do Estado do Amapá.
E o governador Waldez Góes foi eleito legitimamente por 60,58% dos eleitores, e até o último dia de 2018 é o governador do Estado do Amapá, de 100% do Amapá, inclusive do senhor senador democrata, que tem obrigação de trazer boas novas para o Amapá, mas tem de cumprir e respeitar a ordem constitucional. Essa atitude de Davi mostra que ele está segregando as escolas e os alunos amapaenses, pois não considera o diálogo.
A secretária Goreth Sousa rebate mais uma vez a atitude do senador como um ato de desrespeito a Educação do Amapá. “Esse ato do senador foi uma “declaração” que não importa a Educação do Estado. Nas 400 escolas que temos isso não importa, pois ele traz o ministro da Educação e o presidente do FNDE para o Estado e segrega as 400 escolas estaduais, com seus professores, diretores e alunos. Segrega da pauta de discussão a secretária de Educação. Eu estou dentro da educação, orientada pelo governador Waldez Góes, para despolitizar, e o senador está indo na contramão de algo que é extremamente importante para o Estado, estamos fazendo o caminho inverso”.
Uma orientação governamental a Secretaria de Educação do Estado do Amapá é a de somar com os municípios, para dentro da SEED, para que eles possam ser ajudados neste período inicial do Ensino Fundamental, para que, futuramente, a educação do Estado possa ter bons resultados. “E o senador alija e descrimina a SEED por questões políticas. Para ele é mais importante a política partidária do que a política educacional”.
A titular da SEED destacou a importância do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). “O FNDE é um avanço. Ele foi criado e vem melhorando ao longo dos anos. O presidente do FNDE tem uma visão geral dos valores a serem investidos em todo o país. Eles tem como alavancar índices educacionais que estão ruins com esses investimentos. Precisa estar próximo dos Estados e estes dos municípios. É essa a estrutura da Republica é o Pacto Federativo e quanto temos um político que promove esse tipo de descriminação, realmente é de causar indignação. Como secretária de Educação quero dizer que foi muito deselegante, da parte do senador, em trazer essas autoridades e não convidar o governador e a secretária de educação, que tem feito movimentos positivos em trazer o prefeito Clécio Luís e todos os outros prefeitos em uma mesa de conversa para superarmos os desafios da Educação do Amapá. E vem alguém fazer articulação partidária com interesses pessoais”.

Usurpando méritos

Ao trazer pessoalmente o ministro Mendonça Filho e o presidente do FNDE, Silvio Pinheiro, para cumprir uma agenda no canteiro de obras do Hospital Universitário, no Bairro Zerão, Davi Alcolumbre trouxe para si os méritos e créditos da Bancada Federal, pois o Hospital é de interesse do MEC por se tratar de unidade ligada a uma universidade federal e a obra é uma realidade graças à emenda impositiva da bancada amapaense, de todos os deputados federais e senadores amapaenses que alocaram suas emendas parlamentares em beneficio dessa importante obra para a o Sistema de Saúde do Estado do Amapá. Mas David Alcolumbre, sorrateiramente, aparece com as autoridades federais e se coroa com os louros coletivos.

Segregador 

Não importa as necessidades dos professores das escolas do sistema educacional do Amapá, importa para o senador Davi Alcolumbre (DEM) reunir os prefeitos e titulares da educação dos municípios e se passar por “herói” e a Educação não tem herói. Isso comprova que o senador deixou de ser representante do Estado do Amapá no Senado Federal, passou a ser representante dos Democratas e de suas ambições pessoais.
Mas essas ações politiqueiras, visando o governo estadual e voltados para apoio do grupo que está à frente da Prefeitura de Macapá, comandada por Clécio Luís (REDE), a quem com certeza foi o mais beneficiado com a presença dos ministro da Educação e do presidente da FNDE, assim como foi com a presença do presidente do BNDES que veio atender os pleitos de David Alcolumbre e reuniu os prefeitos amapaenses.
“Vale tudo para ser governador” deve ser o lema dessa campanha “oculta e oportunista” de um Democrata no Amapá.

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