Nem
tudo está perdido
Dois
vídeos que assisti no facebook me tocaram profundamente. E o motivo foram as
cenas de amor e solidariedade que eles transmitem. No primeiro vídeo, uma
cadela e seu dono, amigo, lutam desesperadamente para tirar o filhote de um
buraco cheio de água. A Cachorra, mãe, dando exemplo de imenso amor, adentra no
buraco, enquanto o amigo gapuia, tentando, desesperadamente diminuir a
quantidade de água do buraco e, a Cachorra após alguns minutos se enfia
literalmente no buraco e resgata o seu filhote. O dono imediatamente aplica
massagens para que o cachorrinho volte a respirar. Salvo, aquecido, foi
devolvido para junto dos irmãozinhos. Lindo!
O
outro vídeo é o resgate de uma criança completamente soterrada. Os homens,
mulçumanos, creio, pela indumentária, cavavam com as mãos tirando terras de um
escombro e , cada palmo de terra retirada, aquela criança, abençoada por Deus,
ia renascendo para a vida. Ela e tantas outras que com certeza ficaram
soterradas naquele escombro provocado pela obtusidade do Ser Humano que pela
absoluta insanidade, estabelece a guerra como ferramenta para dirimir
conflitos.
As
guerras constantes que acontecem naquela região do Planeta. Que diga-se:
insana, como toda guerra é, encontram justificativas na questão étnica,
religiosa e na ganância e sede de poder. Insano, por tanto.
Trago
nesse espaço esses exemplos de solidariedade e de amor. De um animal, que é
considerado pela ciência como irracional, ou seja, que não tem razão, e que só
age por instinto e de um povo que se mata por nada, esfolando as mãos para
salvar uma vida. A vida que eles ceifam aos milhares nos conflitos
intermitentes.
E
quando via o desespero da Cadela e de seu dono ficava imaginando quantas
mulheres, “mães” não jogam seus filhos nos lixões, abandonam em sacos de lixo
ou enfrentam uma clínica de aborto e matam seus filhos? Quantos homens “pais”
que se negam a assumir a paternidade dos seus filhos; se negam a pagar a pensão
alimentícia para os filhos que colocaram no mundo, relegando-os por tanto, ao desalento. Quantos homens, “pais” canalhas
que ao receberem a notícia da gravidez da companheira, cometem assassinatos
para se livrarem da responsabilidade de assumir seus compromissos paternos.
Esses
são os bandidos e bandidas que cometem crimes de forma direta, mas não podemos
esquecer dos bandidos que saqueiam os cofres da nação relegando centenas de
milhares de humanos a fome de comida, a fome do saber, a fome da saúde, a fome
do saneamento básico. Que racionalidade é essa. A cadela é a irracional? E nos
somos racionais?
Esses
mulçumanos deram trégua ao ódio que carregam consigo para salvar uma vida. A
vida de um filhote.
Quando
começou aparecer o cabelo da criança fui me emocionando e me colocando no lugar
daquelas pessoas, pois meus pequeninos. Netos e meu filhotinho, Renzo era o que
vinha na minha retina, lubrificada pelas lágrimas que me acometiam a face.
Meu
depoimento não é infantil, abobalhado e piegas. Não! É um desabafo de quem
acredita no amor, na solidariedade, no companheirismo, na amizade. De quem
acredita nos sentimentos positivos inerentes aos animais, e me recuso
terminantemente em classifica-los como a ciência o faz, de racionais e
irracionais. Há um equívoco desmedido de quem atribui aos animais o adjetivo de
selvagens. Selvagens somos nós que matamos nosso semelhante pelo puro prazer de
matar, ou matamos pela absurda razão de obtermos suas poses, selvagens somos
nós que encarceramos nossos semelhantes pela simples razão de não concordarem
com o que queremos e ou pensamos. Fica a dica.
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