sábado, 20 de janeiro de 2018

ARTIGO DO GATO

  

Nem tudo está perdido

Dois vídeos que assisti no facebook me tocaram profundamente. E o motivo foram as cenas de amor e solidariedade que eles transmitem. No primeiro vídeo, uma cadela e seu dono, amigo, lutam desesperadamente para tirar o filhote de um buraco cheio de água. A Cachorra, mãe, dando exemplo de imenso amor, adentra no buraco, enquanto o amigo gapuia, tentando, desesperadamente diminuir a quantidade de água do buraco e, a Cachorra após alguns minutos se enfia literalmente no buraco e resgata o seu filhote. O dono imediatamente aplica massagens para que o cachorrinho volte a respirar. Salvo, aquecido, foi devolvido para junto dos irmãozinhos. Lindo!

O outro vídeo é o resgate de uma criança completamente soterrada. Os homens, mulçumanos, creio, pela indumentária, cavavam com as mãos tirando terras de um escombro e , cada palmo de terra retirada, aquela criança, abençoada por Deus, ia renascendo para a vida. Ela e tantas outras que com certeza ficaram soterradas naquele escombro provocado pela obtusidade do Ser Humano que pela absoluta insanidade, estabelece a guerra como ferramenta para dirimir conflitos.

As guerras constantes que acontecem naquela região do Planeta. Que diga-se: insana, como toda guerra é, encontram justificativas na questão étnica, religiosa e na ganância e sede de poder. Insano, por tanto.

Trago nesse espaço esses exemplos de solidariedade e de amor. De um animal, que é considerado pela ciência como irracional, ou seja, que não tem razão, e que só age por instinto e de um povo que se mata por nada, esfolando as mãos para salvar uma vida. A vida que eles ceifam aos milhares nos conflitos intermitentes.

E quando via o desespero da Cadela e de seu dono ficava imaginando quantas mulheres, “mães” não jogam seus filhos nos lixões, abandonam em sacos de lixo ou enfrentam uma clínica de aborto e matam seus filhos? Quantos homens “pais” que se negam a assumir a paternidade dos seus filhos; se negam a pagar a pensão alimentícia para os filhos que colocaram no mundo, relegando-os por tanto,  ao desalento. Quantos homens, “pais” canalhas que ao receberem a notícia da gravidez da companheira, cometem assassinatos para se livrarem da responsabilidade de assumir seus compromissos paternos.

Esses são os bandidos e bandidas que cometem crimes de forma direta, mas não podemos esquecer dos bandidos que saqueiam os cofres da nação relegando centenas de milhares de humanos a fome de comida, a fome do saber, a fome da saúde, a fome do saneamento básico. Que racionalidade é essa. A cadela é a irracional? E nos somos racionais?

Esses mulçumanos deram trégua ao ódio que carregam consigo para salvar uma vida. A vida de um filhote.

Quando começou aparecer o cabelo da criança fui me emocionando e me colocando no lugar daquelas pessoas, pois meus pequeninos. Netos e meu filhotinho, Renzo era o que vinha na minha retina, lubrificada pelas lágrimas que me acometiam a face.

Meu depoimento não é infantil, abobalhado e piegas. Não! É um desabafo de quem acredita no amor, na solidariedade, no companheirismo, na amizade. De quem acredita nos sentimentos positivos inerentes aos animais, e me recuso terminantemente em classifica-los como a ciência o faz, de racionais e irracionais. Há um equívoco desmedido de quem atribui aos animais o adjetivo de selvagens. Selvagens somos nós que matamos nosso semelhante pelo puro prazer de matar, ou matamos pela absurda razão de obtermos suas poses, selvagens somos nós que encarceramos nossos semelhantes pela simples razão de não concordarem com o que queremos e ou pensamos. Fica a dica.


        

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