domingo, 7 de janeiro de 2018

ARTIGO DO GATO



Diferença de inteligências




Quando você ouve alguém, você identifica conhecimento, qualifica, quantifica, dimensiona, analisa, interpreta e etc. Na tarde de sexta-feira (5) estava a assistir a TV Senado e estavam exibindo uma reprise de uma reunião da Comissão de Relações Exteriores presidida pelo Senador acreano Jorge Viana. O assunto era a audiência pública para debater o tema “OMC e as perspectivas do atual cenário nas relações exteriores” e o convidado era o diretor geral da Organização Mundial do Comércio, economista brasileiro Roberto Azevedo, aliás, eleito para o segundo mandato num cargo estratégico para o comercio global. O PIB mundial tem assento nessa organização.
O que disse Jorge Viana:: “Há também uma possibilidade, uma redução drástica de postos de trabalho, de oportunidades de trabalho por conta dessa automação da Internet das Coisas, de alguns serviços serem substituídos. Então, que muitas profissões vão desaparecer e que algumas outras surgirão. E isso, obviamente, implica um verdadeiro agravamento dessa guerra por trabalho, por renda, por sobrevivência das pessoas.”
E continuou “Eu tenho lido e a imprensa noticia que nos Estados Unidos há até um ex-executivo do próprio Google, do Facebook, que já está se isolando num lugar, dizendo que não vai participar dessa guerra, porque em algum tempo vai haver tanta gente desempregada no mundo por conta dessas mudanças ou dessa "evolução" – entre aspas – que o mundo está experimentando que as pessoas desempregadas e sem dinheiro vão partir para buscar... Ele cita que, nos Estados Unidos, cada habitante tem uma arma e, daqui a pouco, essa arma pode ser usada para a pessoa buscar o sustento da família dele porque não está dando mais no trabalho.”

Ao ver a preocupação do Senador acreano fiquei estimulado a pensar que Jorge Viana pugna pela paralização do avanço tecnológico em defesa dos empregos que acusa automação de está  tornando-os obsoletos. Imaginei: que tal se voltasse ao modus de produção da manufatura. Ignorássemos a Revolução Industrial, as máquinas a vapor, a energia elétrica, o avião, e outros avanços que nos experimentamos, estranhamos e num determinado tempo vimos como coisa. Coisa no sentido da ciência. Adaptamo-nos. O senador do PT do Acre talvez proponha que voltemos para a caverna. No contraponto dessa opinião retrograda do Jorge Viana assisti a entrevista do Senador do Distrito Federal, Cristóvão Buarque de Holanda. Defensor ardoroso de uma educação de qualidade, aliás, que não abre mão de afirmar que a saída para toda e qualquer sociedade é investir em educação de qualidade. Professor Cristovam afirmou com todas as letras que a educação deve ser sim democrática e defendeu a reforma da educação no ensino médio onde não via nenhum erro na liberdade do aluno escolher disciplinas, com exceção das básicas, Matemática, Língua Portuguesa, Inglês e fez um alerta para o ensino a distância, afirmando que o aluno será responsável pelo nível da educação que irá adquirir. Mas o Senador foi além, afirmou que o modelo do EAD-Ensino a Distancia irá, cada vez com avanço tecnológico, ganhar espaço no processo ensino aprendizagem e que a tecnologia irá permitir que o aluno tenha aula com os melhores professores do País e a automação permitirá em breve com os melhores do mundo, sendo a tecnologia responsável pela tradução simultânea de qualquer língua para a língua portuguesa.
Então fica latente nesses dois modelos de pensamento. Um que teme o avanço tecnológico e atribui a essa inexorável desdita razão para a mazela do desemprego e outro que aposta na tecnologia como forma de você transformar realidades.
Tire suas conclusões.

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