domingo, 7 de janeiro de 2018

‘Pescadores de Sonhos’


'Pescadores de Sonhos’           
  
Escritora amapaense, Ângela Carvalho lança livro de Literatura infanto-juvenil para despertar a importância do sonhar, brincar e aprender.


Reinaldo Coelho



Com uma linguagem simples, coloquial, mas enxertada com uma inspiração invulgar, é assim o ‘Pescadores de Sonhos’ uma obra que tem o condão de conquistar todos os amantes da boa literatura, mas, conforme a própria autora o foco maior é o público infantil, com a pretensão de despertar o interesse pela leitura desde a mais tenra idade. A obra é ilustrada por Mário Barata, professor de arquitetura na Universidade Federal do Amapá (Unifap).
Indagada sobre a parceria Mario Barata e Ângela Carvalho, e desde quando e por que aconteceu, ela explicou que o Ilustrador Mário Baratta, já realizou outros trabalhos com a Editora Cortez.  “Sugerimos, então a Editora, que fez o convite e ele aceitou. Não é exatamente um trabalho conjunto. Existe a liberdade de criação do texto que foi enviado para avaliação. E ele aceitou fazer o trabalho da ilustração, e das   imagens”.

A obra, como ela própria conta, foi produzida com base em visitas às comunidades como integrante de caravana de combate ao trabalho infantil e tem como objetivo inserir as pessoas, desde a tenra idade, no universo da literatura.
 “O livro traz uma mensagem muito forte para sobre a importância da leitura, principalmente porque em pleno Século XXI as crianças deixam de ir à escola porque têm que trabalhar. É preciso um empenho maior para a erradicação do trabalho infantil, por isso a importância da biblioteca na vida da criança. Essas são as mensagens principais do livro, cuja edição foi possível graças ao Ministério Público do Trabalho (MPT/AP)”, sintetizou.
Perguntada sobre a prioridade que a geração contemporânea está dando para a leitura virtual em detrimento do livro editado em papel, Angela de Carvalho minimizou: “É exatamente aí que se impõe o papel dos pais, do nosso papel; tenho uma sobrinha com um ano de idade que pergunta pelo livro; ela gosta do livro do papel e do virtual, mas é preciso fazer a criança desde a tenra idade se interessar pelo livro tradicional; é esse o papel da biblioteca no mergulho de transpecção; a leitura por meio de novas tecnologias é importante porque você precisa estar antenado, mas o primeiro momento é aprender a ler verdadeiramente, ter essa concentração para conseguir ler uma história toda, seguir uma narrativa; os pais precisam desenvolver com as crianças desde muito cedo para que elas aprendam a gostar, e aí ela vai se tornar um leitor autônomo e nesse sentido a importância das bibliotecas para essas crianças que estão abandonadas e não têm acesso a esse equipamento”.
Uma experiência
Ângela Carvalho explicou que o trabalho como mediadora de leitura e  contadora de histórias foi de certa forma resultado das leituras realizadas ao longo dos 25 anos como livreira. 
“Ao fechar as portas da Transa Amazônica Livros , busquei esse novo fazer. O " Angelita - Projeto Encontrar, Contar e Encantar ", vem amadurecendo ao longo dos últimos 5, 6 anos”.
Continuando Ângela explica que as suas inquietações lhe incentivaram a continuar a participar de outras atividades. “E as inquietações com as políticas públicas para crianças e adolescentes me levaram a participar do Fórum de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil. Durante a Caravana realizada pelo Estado do Amapá em 2013/2014, quando a história começou a ser escrita”.

Quanto ao dueto entre digital e impresso ela acredita que os pais, professores, jornalistas e demais profissionais que desenvolvem trabalhos na área de formação de crianças e jovens,  precisam estar mais atentos para o uso das novas tecnologias. 
“São importantes e imprescindíveis. Mas é preciso que a criança tenha a oportunidade de adquirir a sua autonomia de leitor, meio que " aprenda a pensar", coisa que só a leitura possibilita. Em seguida faça o melhor uso possível das novas tecnologias. Esta primeira parte que cabe aos pais e logo em seguida aos professores,  anda um pouco negligenciada”.





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