'Pescadores
de Sonhos’
Escritora amapaense, Ângela Carvalho lança livro de Literatura infanto-juvenil
para despertar a importância do sonhar, brincar e aprender.
Reinaldo Coelho
Com uma
linguagem simples, coloquial, mas enxertada com uma inspiração invulgar, é
assim o ‘Pescadores de Sonhos’ uma obra que tem o condão de conquistar todos os
amantes da boa literatura, mas, conforme a própria autora o foco maior é o
público infantil, com a pretensão de despertar o interesse pela leitura desde a
mais tenra idade. A obra é ilustrada por Mário Barata, professor de arquitetura
na Universidade Federal do Amapá (Unifap).
Indagada
sobre a parceria Mario Barata e Ângela Carvalho, e desde quando e por que
aconteceu, ela explicou que o Ilustrador Mário Baratta, já realizou outros
trabalhos com a Editora Cortez. “Sugerimos,
então a Editora, que fez o convite e ele aceitou. Não é exatamente um trabalho
conjunto. Existe a liberdade de criação do texto que foi enviado para
avaliação. E ele aceitou fazer o trabalho da ilustração, e das imagens”.
A obra,
como ela própria conta, foi produzida com base em visitas às comunidades como
integrante de caravana de combate ao trabalho infantil e tem como objetivo
inserir as pessoas, desde a tenra idade, no universo da literatura.
“O livro traz uma mensagem muito forte para
sobre a importância da leitura, principalmente porque em pleno Século XXI as
crianças deixam de ir à escola porque têm que trabalhar. É preciso um empenho
maior para a erradicação do trabalho infantil, por isso a importância da
biblioteca na vida da criança. Essas são as mensagens principais do livro, cuja
edição foi possível graças ao Ministério Público do Trabalho (MPT/AP)”,
sintetizou.
Perguntada sobre a prioridade que
a geração contemporânea está dando para a leitura virtual em detrimento do
livro editado em papel, Angela de Carvalho minimizou: “É exatamente aí que se
impõe o papel dos pais, do nosso papel; tenho uma sobrinha com um ano de idade
que pergunta pelo livro; ela gosta do livro do papel e do virtual, mas é
preciso fazer a criança desde a tenra idade se interessar pelo livro
tradicional; é esse o papel da biblioteca no mergulho de transpecção; a leitura
por meio de novas tecnologias é importante porque você precisa estar antenado,
mas o primeiro momento é aprender a ler verdadeiramente, ter essa concentração
para conseguir ler uma história toda, seguir uma narrativa; os pais precisam
desenvolver com as crianças desde muito cedo para que elas aprendam a gostar, e
aí ela vai se tornar um leitor autônomo e nesse sentido a importância das
bibliotecas para essas crianças que estão abandonadas e não têm acesso a esse
equipamento”.
Uma experiência
Ângela Carvalho explicou que o trabalho como
mediadora de leitura e contadora de
histórias foi de certa forma resultado das leituras realizadas ao longo dos 25
anos como livreira.
“Ao fechar as portas da
Transa Amazônica Livros , busquei esse novo fazer. O " Angelita - Projeto
Encontrar, Contar e Encantar ", vem amadurecendo ao longo dos últimos 5, 6
anos”.
Continuando Ângela explica
que as suas inquietações lhe incentivaram a continuar a participar de outras
atividades. “E as inquietações com as políticas públicas para crianças e
adolescentes me levaram a participar do Fórum de Prevenção e Erradicação do
Trabalho Infantil. Durante a Caravana realizada pelo Estado do Amapá em 2013/2014,
quando a história começou a ser escrita”.
Quanto ao dueto entre
digital e impresso ela acredita que os pais, professores, jornalistas e demais
profissionais que desenvolvem trabalhos na área de formação de crianças e
jovens, precisam estar mais atentos para
o uso das novas tecnologias.
“São importantes e
imprescindíveis. Mas é preciso que a criança tenha a oportunidade de adquirir a
sua autonomia de leitor, meio que " aprenda a pensar", coisa que só a
leitura possibilita. Em seguida faça o melhor uso possível das novas
tecnologias. Esta primeira parte que cabe aos pais e logo em seguida aos
professores, anda um pouco negligenciada”.
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