Notícias falsas interferem na política e na
vida do cidadão
As
notícias FALSAS – um neologismo que passou a significar muitas coisas, além do
conceito original – ameaça o espaço democrático pelo qual os cidadãos adquirem
e trocam informações. Ao estereotipando o jornalismo como fornecedor de
notícias falsas e destacando a incivilidade do discurso on-line, o fenômeno da
notícia falsa fortalece as contra iniciativas que representam um risco maior,
propondo restringir através da regulamentação governamental as liberdades de
expressão e de imprensa.
A
ação insidiosa dos que criam e propagam ‘fake news’ na internet e lançam mão de
contas automatizadas nas redes sociais – os chamados robôs – para inflar
artificialmente a representatividade de candidatos e ideias, que originalmente
não as têm, representa uma séria ameaça de desvirtuamento do debate público
durante a campanha eleitoral deste ano.
Para
tentar conter os evidentes danos à democracia que a propagação de notícias
falsas pode causar, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) criou uma força-tarefa
que conta com representantes do Ministério da Defesa e da Agência Brasileira de
Inteligência (ABIN). Polícia Federal, Procuradoria Geral da República e os Tribunais
Regionais Eleitorais estarão recebendo, em fevereiro, a parceria do FBI, que
trará a experiência nas eleições americanas de 2016 que elegeu Donald Trump que
tem denúncias de fake news contra Hillary Clinton.
Muitas
propostas para que seja criada uma legislação onde a auto responsabilização e
regulação como uma abordagem mais democrática para contrariar falsas notícias,
sem chegar a censura e contrariar a liberdade de expressão, que é pétrea
constitucional.
A
proliferação de notícias falsas não é um fenômeno novo, mas a novidade é a
rapidez da sua propagação. Antes tínhamos na linguagem jornalística ‘os
diabinhos’, ‘rádio corredor’, etc., o que tem que ser feito é o básico do
jornalismo, os repórteres, blogueiros, editores confirmarem a veracidade das
notícias e os leitores e assíduos frequentadores das redes sociais não compartilharem
as notícias que tenham dúvidas.
A
questão das falsas notícias pode ser resolvida, não por mais leis, mas por mais
autorregularão – profissionalizando blogueiros. Eles devem primeiro aprovar
certos padrões antes de serem autorizados a praticar. Em vez de censurar
devemos começar a profissionalizar nossas mídias sociais – como o que fizemos
com os principais meios de comunicação, onde agora temos treinamentos, códigos
de ética e padrões auto implementados.
Existem
leis suficientes, como a lei sobre difamação, para nos proteger contra abusos
dos meios de comunicação social e das mídias sociais.
Nosso
sistema é reconhecidamente imperfeito. Mas há escolas de jornalismo e
comunicação de massa para treinar profissionais potenciais, bem como
organizações profissionais que estabelecem padrões e códigos de ética.
Nós
exploramos nossos alunos com os princípios da objetividade, verificando os fatos,
a precisão, a equidade e o equilíbrio nos relatórios de notícias, bem como a
responsabilidade na redação de opinião.
Ao
mesmo tempo devemos educar os consumidores de mídia sobre os meios de
comunicação social e as mídias sociais para que não sejam seduzidos ou
enganados por eles.
Profissionais de mídia combinados com
educação de USUÁRIOS – um caminho a seguir!
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