sábado, 20 de janeiro de 2018

O IDOSO E A PACIÊNCIA – PARTE II

O Idoso e a paciência – parte II
Por: Celia Lima



MAS COMO LIDAR COM A TEIMOSIA?
Obviamente tudo fica mais fácil quando a relação entre pais e filhos ao longo da vida foi permeada por uma convivência íntima e afetuosa. O diálogo calmo e sem imposições pode facilitar a aceitação da nova realidade do idoso. Ao invés de: "Mãe, você tem que tomar os remédios no horário", você pode tentar "Mãe, como nós podemos fazer para não perder a hora de tomar os remédios?". Ou ainda: "Pai, deixa eu esfregar suas costas e depois você esfrega as minhas, no banho? É difícil alcançar as costas sozinho!", ao invés de "Pai, nada de ficar sem banho!". Outra possibilidade: "Vamos colocar uma barra de apoio no banheiro para seu banho ficar mais fácil e seguro?", ao invés de "Vou instalar uma barra no banheiro para você não se arrebentar tomando banho". E assim, juntos, sem imposições frontais, pais e filhos podem encontrar soluções para as novas necessidades sem criar situações estressantes.
Explicar, argumentar demonstrando carinho e preocupação com o idoso, pode ser um caminho para quebrar a impressão que ele tem de estar sendo sempre criticado em tudo o que faz ou escolhe."Explicar, argumentar demonstrando carinho e preocupação com o idoso, pode ser um caminho para quebrar a impressão que ele tem de estar sendo sempre criticado em tudo o que faz ou escolhe."
A mesma paciência deve ser empregada quando um filho percebe que aquele tapete ou móvel vai colocar a segurança de seus pais em risco. Decidir sobre o que sempre foi deles, como a arrumação da casa, é invasivo, despersonaliza o ambiente e incomoda o idoso. Mas você conhece seus pais e saberá como falar para não desvalorizar os argumentos deles.
Quando os filhos saem de casa, os pais sentem essa perda. Ficam mais carentes de atenção e afeto e muitos costumam cobrar essa atenção de diversas formas. Como eles nem sempre identificam conscientemente que estão carentes, buscam chamar atenção pela teimosia. Assim, cabe aos filhos ter a sensibilidade de perceber esse movimento e procurar estar presente mais vezes no dia a dia dos pais e fazer alguma atividade juntos, como levar as compras, cozinhar ou distribuir tarefas possíveis para eles na arrumação da casa. Isso faz com que esses pais se sintam não apenas pertencendo ao universo dos filhos, como também resgata a autoestima deles. É nas atitudes que podemos demonstrar o amor e retribuir o zelo com o qual também fomos cuidados.



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