sábado, 31 de março de 2018

Editorial - EDIÇÃO 602






Pecuária do Amapá disputa o mercado (inter) nacional

Com condições climáticas favoráveis e solo fértil, o cerrado amapaense tem despertado o interesse de pequenos e médios produtores e até de grandes grupos vindos de regiões tradicionais. Mas este cenário já era ocupado pelos pecuaristas pioneiros que aqui se estabeleceram e lutam a 60 anos pelo crescimento da qualidade do rebanho amapaense e sua valorização no mercado interno, regional, nacional e internacional.
O Amapá ficou em 2017 entre os 20 Estados que terminaram o ano com recuperação econômica, sendo o 5º maior indicador do Norte e Nordeste, ficando atrás de Maranhão (3,1%), Tocantins (1,9%), Piauí (1,7%) e Rondônia (1,4%). A média nacional, segundo o estudo, ficou em 0,5%. E o setor agropecuário está entre os segmentos que inflaram esses índices identificados pelo IBGE e do "Mapa da Recuperação Econômica", dos economistas Everton Gomes e Rodolfo Margato.
Possuidor do segundo maior rebanho de búfalos do país, com 280 mil cabeças, o Amapá há tempos reúne condições para ocupar um lugar de destaque nesse nicho da pecuária nacional. Depois de décadas claudicando para conseguir estabelecer um processo continuo de crescimento e agregando ações que viabilizassem a conquista de mercado, finalmente a parceria entre o poder público e os empresários que se uniram em torno de um objetivo o crescimento do Setor Terciário. Os criadores se abrigaram em uma associação, a ACRIAP, que lhes mostrou que o problema deveria ser resolvido por eles e encontraram na atual administração estadual a ressonância e a sensibilidade de um gestor público que investiu e apoio fornecendo meios através da revitalização da logística e estruturando os caminhos para o desenvolvimento do setor.
Estradas foram asfaltadas, pontes foram construídas e revitalizadas, o corredor econômico foi estabelecido, incentivos fiscais foram desenvolvidos e oferecidos. O governador Waldez Góes percorreu os maiores mercados nacionais e ‘vendeu’ o potencial do Amapá, contando com a Bancada Federal, direcionou recursos através de emendas parlamentares e aderiu a projetos federais, como o combate a combate a febre aftosa, conquistando a Certificação Livre de Aftosa com vacinação, possibilitando a colocação da carne vermelha no mercado nacional, com meta de conquistar em 2019 a entrada no mercado internacional.
Paralelo, os pecuaristas entenderam a necessidade de cerrar fileiras e vacinaram seus rebanhos e passaram a atrair programas para melhorar a qualidade do rebanho amapaense, utilizando a inseminação in vitro, com sêmen de matrizes de outros Estados.
Um dos destaques é a Bubalinocultura amapaense, pois a constituição da carne de búfalo garante-lhe méritos para alçar voos ao encontro do segmento de consumidores dispostos a adquirir produtos alimentares mais saudáveis, mesmo que a custos mais altos.
E a pecuária bubalina do Amapá hoje reúne todas as condições para despontar no mercado nacional e mundial, tendo em vista nossa localização geográfica, com maior proximidade dos maiores centros consumidores do mundo
E assim a pecuária do Amapá alcança um nível competitivo com qualquer rebanho nacional e oferece ao Amapaense uma carne de melhor qualidade, produzida nas terras Tucujus.

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