Empresa vai investir mais de R$ 2 milhões
SINART foi a vencedora da licitação para concessão
do espaço, e vai administrar o local por 25 anos. Empresa administra 47
terminais rodoviários, em dez Estados.
Da Editoria
A Sociedade
Nacional de Apoio Rodoviário e Turístico Ltda. – (SINART) foi a vencedora da
licitação realizada pelo governo do Estado para administrar o Terminal
Rodoviário de Macapá. A empresa, que vai administrar o espaço por 25 anos,
anunciou investimentos de R$ 2 milhões na reforma do terminal.
A abertura da
única proposta apresentada para a para concessão do Terminal aconteceu nesta
segunda-feira, 9, na sala de reuniões Comissão Permanente de Licitação (CPL),
da Secretaria de Estado de Transporte (SETRAP).
O edital de
licitação chegou a consultado por 13 empresas, a maioria de fora do Estado, mas
apenas a SINART apresentou proposta através de seu representante para
acompanhar a sessão pública para recebimento de documentação e propostas.
A partir desta
segunda-feira (9), começa a contar o prazo de cinco dias para recurso. A
expectativa do governo é que a assinatura do contrato ocorra em, no máximo, 20
dias. De acordo com o diretor de Transportes da SETRAP, Andrey Rego, a privatização
de terminais de ônibus já é uma realidade em vários Estados brasileiros. Ele
explicou que a licitação seguiu as referências de processos realizados em
outros lugares do país. “Foi um processo que já vinha sendo discutido há muito
tempo e, hoje, concluímos com esta empresa vencedora que já atua há bastante
tempo no mercado e administra vários terminais pelo país”, destacou Rego.
O diretor
ressaltou que em breve será possível notar a organização e restruturação do
Terminal Rodoviário de Macapá. “A expectativa é que em dois anos, a população
possa começar a sentir as mudanças, o que vai significar um ganho muito grande
pra sociedade e principalmente para o Estado, que vai passar a receber pela
concessão”, adiantou Andrey Rego.
A concessão deve
iniciar nos próximos meses. O governo passa a receber pelo serviço após o
quinto ano de vigência. Encerrado o prazo de 25 anos, a empresa devolve o
espaço para o Estado.
O presidente da
SINART, Eduardo Pedreira, revelou que serão investidos mais de R$ 2 milhões na
infraestrutura e modernização do terminal, garantindo aos usuários do
transporte coletivo intermunicipal, um ambiente com mais comodidade e conforto.
“Com a modernização, o terminal será todo informatizado, o espaço ganhará som
ambiente, entre outras melhorias. Nosso objetivo é fazer com que ele se torne
um modelo, trazendo para cá a padronização adotada nos demais terminais
rodoviários administrados por nós”, frisou Pereira.
Sobre a empresa
A Sociedade
Nacional de Apoio Rodoviário e Turístico Ltda. (SINART) tem sede administrativa
em Salvador (BA) e administra 47 terminais rodoviários em dez Estados, destes,
9 em capitais.
Há 15 anos é
responsável pela administração de terminais rodoviários no Pará, com destaque
para o terminal rodoviário de Belém e outros 17 municípios como Marabá,
Castanhal, Parauapebas e Santarém.
Na região
Nordeste, administra terminais rodoviários na Bahia, Alagoas e Piauí. Atua,
também, na região Centro-oeste, em Goiás e Mato Grosso. Em São Paulo, é
responsável pela administração do terminal rodoviário de São Bernardo do Campo.
O Terminal
Este ano o terminal completa 19 anos de
criação, e em todos esses anos o espaço não tem gerado receita para o Estado,
segundo Andrei Rêgo, diretor de Transportes.
No início das atividades, no final da década
de 1990, foram cedidas licenças para exploração comercial nos boxes, sem nenhum
custo aos empresários.
“Hoje, nós temos catalogados mais de 62
invasores na área de circulação. É para essa correção que a gente está
trabalhando”, disse Rêgo.
A SETRAP busca com a iniciativa, além de
revitalizar o local, combater a exploração ilegal de transporte de passageiros,
os ‘pirateiros’.
Diversas denúncias feitas e constadas pela
Policia Militar e pela Secretaria de Estado do Transporte (SETRAP), responsável
pelo espaço que o único Terminal Rodoviário de Macapá estava sendo utilizado
como ponto de venda e consumo de drogas. De acordo com Andrey Rêgo, o governo
aguarda aprovação do processo licitatório da terceirização do terminal, que
deve ser emitido pela Procuradoria Geral do Estado (PGE), mas ainda não há data
definida. Ele destaca que a mudança na administração pode combater o problema.
“A terceirização vai levar o Terminal
Rodoviário a uma nova estrutura, com mais investimentos e ocupação de toda
aquela área. Haverá também o fechamento e a instalação de uma guarita, assim
será combatido o crime que está ocorrendo no local”, destacou.
A PM ressalta que não conta com um posto fixo
no terminal, mas atende a constantes denúncias de trabalhadores e passageiros
envolvendo a venda e o consumo de drogas. O 2º Batalhão da Polícia Militar,
responsável pela Zona Norte, reforçou que já encontrou crack com usuários
instalados nos arredores do espaço.
Para um trabalhador do terminal, que preferiu
não se identificar, a situação tem gerado medo nas pessoas que frequentam o
espaço. Ele destaca que atua há 10 anos no local e o número de usuários de
entorpecentes e traficantes tem aumentado com o decorrer do tempo.
“Esse problema vem se arrastando há uns 4
anos. É 24 horas essa situação de venda e consumo de drogas. Já virou uma Cracolândia.
Quando os passageiros chegam à noite e se descuidam das malas, acabam sendo
roubados”, disse.
Em fevereiro de 2017 um homem de 44 anos foi
preso pela Polícia Civil no loteamento Ipê, Zona Norte da capital. Com ele, a
corporação encontrou 1,5 quilo de crack. De acordo com a investigação, ele
vendia crack em uma lanchonete do Terminal Rodoviário.
Atualmente, 92 comunidades são atendidas
pelos ônibus que partem do terminal para os 16 municípios do Estado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário