A Copa e a eleição
Estamos vivendo as emoções do futebol com realização da Copa do Mundo. Esse torneio foi alvo de crítica dos chatos que acham que a vida tem de ser encarada com aquela carranca da seriedade 24 horas. Pensam, imagino, que a alma não precisa do bálsamo do lazer e da descontração. Alegria e diversão fazem parte parceiro. O futebol é apaixonante, emocionante e liberta o garoto que vive preso dentro da gente.
Mas quando alguém quer desqualificar um torcedor, ou melhor, um cidadão que se uniformiza, compra cervejas, carne ou prepara uns petiscos e se posta diante de um televisor por 90 minutos e grita, salta e xinga. Solta sonoro palavrão pela jogada da sua seleção mal feita, e ao mesmo tempo, explode de emoção quando sua seleção faz um gol, taxa-o de massificado.
Os chatos são maus amados e disfarçam a frustração com desapego a tudo que é belo e lírico. Uma conversa recorrente é de que a eleição está à porta e o brasileiro para para ver jogos da seleção brasileira. E fecham sempre com essa coisa que já virou um mantra: depois reclamam de corrupção, da falta de saúde, educação, segurança e etc.
Nossa; quanta ignorância, uma coisa nada tem a ver com a outra. São departamentos distintos e nós somos capazes de fazer várias coisas, mas claro que também em tempos distinto. Quem disse que nós queremos ser o Magaiver (personagem principal de um seriado policial americano). Nós não misturamos alho com bugalho.
No jogo contra a Costa Rica não tive a companhia do doutor Alan Galardo, um pesquisador respeitado e que viaja esse País dando palestra sobre doenças tropicais endêmicas. Um cidadão altamente consciente e que hoje está tendo a grande responsabilidade de administrar o Centro de Pesquisa e Tecnologia do IEPA-Instituto de Pesquisa Científica e Tecnológica do Amapá e ele foi assistir ao jogo com a família num Shopping Center da cidade e as imagens que tive acesso deles mostrava ele e a filha Alicia aos prantos em face da vitória do selecionado brasileiro contra a Costa Rica. Dr. Alan desaprendeu tudo sobre biologia? Perdeu o mestrado e o doutorado que fez por conta do seu amor pelo futebol? Óbvio que não e tenha certeza que suas convicções políticas continuam intactas no seu íntimo.
Na realidade dedico linhas desse texto para falar de como nossa vida está ficando chata, sendo patrulhadas por essas pessoas que são amargas e não sorriem. Eu sinceramente vou continuar torcendo e muito para que o Brasil vença a Servia na quarta-feira (26) e passe tranquilamente para a segunda fase da Copa. Vou comprar mais uma camisa verde e amarela e comprar a maior bandeira brasileira que encontrar e ornamentar minha casa de balões e convidar o Alan Galardo para assistir ao jogo na minha casa e outros amigos e gritar muito alto Avante Brasil, Rumo ao Hexa.
Assistindo um documentário do lendário selecionado Costa-riquenho da Copa do Mundo de 1990, disputada na Itália, descobri que a campanha inédita deles naquela Copa, classificando-se para as oitavas de final aqueles homens até hoje são tratados como heróis em seu País. Na pequena Costa Rica, que após fazer uma campanha empatando com a Escócia, perder de 1x0 para o Brasil e vencer a Suécia de virada por 2x1. E nós Penta campeões do mundo ficamos questionando a postura de quem torce e vibra com o triunfo da nossa pátria no futebol.
O Brasil está chato. Uma brincadeira com uma recepcionista russa foi tratado no Brasil como um escândalo mundial, vídeos nas redes sociais de aula de moralismo pulularam, e aí, a moça gravou um vídeo dizendo que não estava ofendida e entendia a brincadeira dos brasileiros. E aí cara pálida?
Eu tenho meus candidatos e as minhas razões para escolhe-los. Você chato, faça o mesmo. Encontre suas razões e defina seus candidatos. Sua opinião é contrária a minha? Ótimo, espose a sua e respeite a minha, porque vou respeitar a sua. Isso é democracia, o respeito às opiniões divergentes. Não precisamos deixar de ser amigo porque politicamente penso diferente de você. Vamos sorrir! A vida fica mais leve e muito, mais muito mais agradável. E vamos ao Hexa e ao desenvolvimento econômico e social do Brasil.
O que não dá para aturar é o mundo em pleno século XXI querer dizer para os amazônidas o que fazer com a sua biodiversidade, aliás, eles só preocupam com a nossa, porque destruíram a deles. Greenpeace, WWF, GTZ e quetais nos deixam em paz. Queremos produção, emprego e renda. E VIVA O BRASIL E O AMAPÀ.
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