sábado, 23 de junho de 2018

NOTICIAS DO GEA

Amapá e Guiana Francesa realizam mais uma edição da semana de Saúde na Fronteira
Evento tem como objetivo realizar ações de saúde, mobilizações sociais e educativas para a comunidade da fronteira.
Por: Jamylle Nogueira
 

 Foto: Arquivo/Sesa
Evento busca fortalecer as ações de saúde na fronteira e a cooperação entre o Brasil e a Guiana Francesa
O Governo do Estado do Amapá (GEA), em parceria com o governo da Guiana Francesa e a Prefeitura Municipal de Oiapoque, realizará, de 25 a 29 de junho, a Semana de Saúde na Fronteira, evento anual que leva ações de saúde e orientações de combate às doenças para as cidades de Oiapoque e Saint-Georges, na Guiana. No lado brasileiro o evento encerrará no dia 30 com ações sociais e de saúde do Programa Governo da Gente.
O evento faz parte do Acordo de Cooperação Técnica e Científica, firmado entre os governos brasileiro e francês, em 1996, com foco na atenção às populações da zona de fronteira. Os temas deste ano serão o controle das doenças de transmissão vetorial, as sexualmente transmissíveis IST/HIV/AIDS e hepatites virais, assim como o atendimento de urgência e emergência na região.
Durante a programação, haverá palestras e oficinas com temas voltados para o controle das doenças transmissíveis, o transporte de emergência de pacientes na fronteira, além dos cuidados e sigilo que os profissionais da saúde devem manter ao tratar de pessoas com HIV/AIDS. Essas programações irão ocorrer simultaneamente nas cidades de Oiapoque e Saint-Georges, no dia 25, porém, a abertura oficial do evento acontecerá no dia 26, no auditório do Fórum de Oiapoque.
Após a cerimônia oficial de abertura, serão realizadas ações educativas e de saúde nas cidades de Oiapoque e Saint-Georges, com atendimentos médicos, ambulatoriais, testes rápidos de ISTs, além de distribuição de preservativos e material informativo.
No decorrer da semana também haverá palestras e oficinas voltadas para doenças vetoriais, momento em que as cidades farão um mapeamento das regiões para se ter o controle, tratamento e epidemiologia dessas doenças. Além disso, acontecerá a segunda edição do encontro entre os médicos que trabalham na fronteira para troca de aprendizados e informações, o que propicia um canal de comunicação entre os profissionais.
Na ocasião, o Comitê Gestor Estadual Saúde na Fronteira e a representação francesa irão avaliar ações pactuadas de uma reunião que aconteceu em Cayenne, em fevereiro de 2018, quando foram estabelecidos mais programas e ações de saúde, que serão realizados ainda este ano na fronteira. Dessa forma, pode-se estabelecer uma cooperação entre os países com ações de educação e saúde que promovem o bem-estar da população com relação ao tratamento e prevenção das principais doenças e agravos presentes nessas regiões, e assim contribuem para a qualidade de vida.
Mulheres indígenas querem fortalecer valorização feminina nas aldeias
Governo do Amapá mantém o diálogo com as organizações de mulheres indígenas, buscando garantir todos os direitos femininos.
Por: Gabriel Dias
 

 Foto: Bruna Silva
Mulheres indígenas se reuniram no quarto dia do evento, na Unifap
Mulheres indígenas da Amazônia aproveitaram o I Chamado Internacional dos Povos Indígenas do Amapá e Norte do Pará que ocorre até esta sexta-feira, 22, em Macapá, para discutir assuntos relacionados aos direitos da mulher e métodos de aplicá-los em cada comunidade.
A coordenadora da Articulação dos Povos e Organizações Indígenas do Amapá e Norte do Pará (Apoianp), Simone Karipuna, disse que o encontro das mulheres indígenas ajuda a fortalecer a cultura e valorização feminina nas aldeias. “Precisamos trazer essas mulheres para dentro das discussões que tratem sobre políticas públicas para elas”, frisa.
O evento discutiu temas como o enfrentamento à violência contra as mulheres, saúde da mulher e uso tradicional dos alimentos, educação, assistência, desenho de ações de proteção territorial realizadas por mulheres indígenas, sistemas de restauração ambiental, planos de preservação da floresta e a geração de renda a partir do uso sustentável de recursos naturais.
A coordenadora da Articulação de Mulheres Brasileiras (AMB), Neide Souza, afirma que o encontro também ajuda as mulheres a entenderem seus direitos diante a sociedade. "Estamos trabalhando a questão dos direitos delas, do território, direito a ter uma saúde e uma educação de qualidade", explica.
Diálogo
De acordo com o secretário Extraordinário dos Povos Indígenas (Sepi) do Amapá, Fabiano Maciel, o governo do estado mantém o diálogo com as organizações de mulheres indígenas, buscando garantir todos os direitos femininos. “As mulheres indígenas do nosso estado são bem organizadas, realizam suas assembleias, e nós do governo, estamos sempre presentes, ouvindo suas solicitações e buscando atender todas elas”, ressaltou Maciel.
Programação
O I Chamado Internacional dos Povos Indígenas do Amapá e Norte do Pará ocorre desde segunda-feira, 18, na Universidade Federal do Amapá (Unifap) e encerra nesta sexta-feira, 22. O evento conta com uma vasta programação que reúne palestras, apresentações culturais, mostra de cinema indígena, exposições fotográficas, mostras de trabalhos acadêmicos, entre outros.
O objetivo é articular os movimentos sociais, comunidades tradicionais e povos originários dos nove países da Bacia Amazônica (Brasil, Equador, Venezuela, Bolívia, Suriname, Guiana, Guiana Francesa, Colômbia e Peru).
O chamado quer aproximar culturas, fortalecer e agregar as lutas de resistência, proporcionar autonomia, justiça social e ambiental, com a participação de 20 povos indígenas, dentre estrangeiros e brasileiros - como as etnias Galibi Marworno; Galibi Kalinã; Karipuna; Waiãpi; Apalaí; Waiana, Tirió e Kaxuyana.
O evento é organizado pela Apoianp, com coordenação e articulação da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab) e apoio do Governo do Estado do Amapá (GEA).
Iepa expõe achados arqueológicos no Quilombo do Curiaú
Exposição “Arqueologia sob nossos pés: Conhecendo o Patrimônio Arqueológico do Nosso Estado” ficará durante dois dias na Escola José Bonifácio.
Por: Claudio Rogério
 

 Foto: Iepa
A exposição levará à comunidade do Curiaú o material arqueológico proveniente de escavações que ocorreram entre 2011 e 2014
O Instituto de Pesquisa Científicas e Tecnológicas do Amapá (Iepa) realiza nos dias 25 e 26 de junho, mais uma etapa da exposição “Arqueologia sob nossos pés: Conhecendo o Patrimônio Arqueológico do Nosso Estado”. A exposição ficará na Escola Estadual José Bonifácio, no Quilombo do Curiaú, em Macapá, de 8h às 12h e de 14h às 18h. Ela já percorreu outros distritos e municípios do estado e, agora, chegará à comunidade do Curiaú, onde vivem remanescentes de quilombolas.
De acordo com Lúcio Costa, gerente do Núcleo de Pesquisas Arqueológicas (Nuparq) do Iepa, o Amapá reúne uma grande quantidade de sítios arqueológicos. Esses sítios, muitas vezes, são identificados por moradores que vivem no entorno, como aconteceu em 2010, no Curiaú Mirim, localidade que fica no Quilombo do Curiaú.
“Após a passagem de um trator para arrumar o ramal, as pessoas viram ossos humanos em um buraco no meio da estrada e, o caso foi relatado ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional [Iphan]”, lembrou Lúcio Costa. Com isso, o Iepa foi chamado para investigar o material e verificar o potencial de pesquisa da área.
Com a observação, logo foram percebidos outros vestígios arqueológicos na região. As pesquisas no Curiaú Mirim mostraram que ali havia uma aldeia indígena antiga, que teria sido habitada entre 1000 e 500 anos atrás. Além de vestígios de atividades cotidianas, também foram identificadas práticas funerárias indicando que, ao longo dos séculos de ocupação do local, várias pessoas foram possivelmente enterradas no centro da aldeia.
A exposição “Arqueologia sob nossos pés: Conhecendo o Patrimônio Arqueológico do Nosso Estado” levará à comunidade do Curiaú o material arqueológico proveniente dessas escavações que ocorreram entre 2011 e 2014, como forma de retorno e socialização das pesquisas desenvolvidas sobre a antiga ocupação da região. A coleção contará com vestígios do período pré-colonial ao colonial.
Governo prepara novo envio de ajuda humanitária para Laranjal do Jari
São mais de mil famílias afetadas pela enchente do Rio Jari, que aguardam a chegada de mais ajuda humanitária.
Por: Henrique Borges
 

 Foto: Maksuel Martins / Secom
Kits de ajuda humanitária chegaram nesta sexta-feira ao quartel do Corpo de Bombeiros. Envio a Laranjal será feito na próxima semana
O Governo do Estado do Amapá (GEA) recebeu nesta sexta-feira, 22, mais kits de ajuda humanitária para o município de Laranjal do Jari, que está em situação de emergência por conta da elevação do nível do Rio Jari. Cerca de 1.060 famílias aguardam pela chegada dos oito tipos de kits, enviados pela Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil do Ministério da Integração Nacional.
A entrega foi feita no Quartel do Comando-Geral do Corpo de Bombeiros Militar do Amapá (CMB/AP), que vai enviar na próxima segunda-feira, 25, pela Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil (Cedec), os materiais que vão atender mais de 4 mil pessoas afetadas.
Esse é o segundo lote para atender as vítimas que foram afetadas em maio deste ano. São 1.060 cestas básicas; 1.139 kits de limpeza; 1.139 kits de higiene pessoal; 177 kits para idosos; 177 kits infantis; 2.138 kits de dormitório com 2.138 colchões e mais 22.770 unidades de garrafas de água mineral.
O capitão do CBM/AP, Éder Prado, reforça como vai ser feito o procedimento de entrega desse material. “Vamos levar essa ajuda humanitária na segunda-feira para entregar. Já temos a relação das famílias que foram atingidas, e agora vamos, fazer a distribuição próximo aos pontos, principalmente no bairro Santarém”, ressalta o militar.
Em Laranjal do Jari, no mês de abril, o nível do Rio Jari chegou a 2,40m. Já em maio, a elevação bateu a casa dos 2,76m. Diante do cenário, o governador Waldez Góes autorizou o repasse de recursos à Prefeitura de Laranjal do Jari e solicitou, junto ao governo federal, ajuda humanitária para as vítimas.
Rodrigo Linvingan, da Divisão de Gerenciamento de Riscos e Desastres, do Ministério da Integração Nacional, afirma que a logística está acontecendo de forma normal para a entrega da ajuda humanitária. “Os oito tipos de kits, enviados pela Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil, foram desembarcados tranquilamente e agora resta fazer o transporte para a localidade e distribuir para as famílias que realmente necessitam”, explicou Linvingan.
A equipe que fará o transporte da ajuda humanitária será composta por oito militares da Defesa Civil Estadual, com o apoio da Defesa Civil Municipal de Laranjal do Jari. Serão dois caminhões e duas balsas envolvidos no transporte até a localidade.
Kits de ajuda humanitária
A cesta básica contém arroz, feijão, óleo vegetal, macarrão, açúcar, leite em pó, sardinha em óleo, sal, café, biscoito, farinha de mandioca e flocos de milho.
O kit idoso é composto por fraldas geriátricas e pomada preventiva de assaduras. Assim como os kits infantis, que contém fraldas infantis e pomada preventiva de assaduras, sendo entregue um kit para cada idoso e criança, que dura até dez dias.
Os kits de higiene pessoal contêm sabonetes, escovas, fio dental, creme dental, toalha de banho, papel higiênico, absorvente higiênico, desodorante antitranspirante. Os kits dormitórios possuem lençol, cobertor, travesseiro e fronha.
Os kits de limpeza são compostos por vassoura, rodo, balde, sabão em pó, pá de limpeza, sabão em barra, bucha de limpeza, esponja de aço, luvas e pano de chão.

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