sábado, 24 de novembro de 2018

Agronegócio Com nova diretoria APROSOJA do Amapá quer avançar na agricultura comercial




Agronegócio

A chapa única inscrita no pleito eleitoral, liderada por Celso Carlos Júnior, produtor rural que exercia o cargo de vice-presidente da associação. foi eleita por aclamação




Com nova diretoria APROSOJA do Amapá quer avançar na agricultura comercial

Reinaldo Coelho

Associados da APROSOJA no Amapá tem nova diretoria, escolhida em uma Assembleia Geral para a para o biênio 2019-2021, em substituição à atual gestão, presidida pelo produtor rural Daniel Sebben, que fecha o ciclo de dois mandatos à frente da entidade. Mas não houve disputa, sendo aclamada a chapa única inscrita no pleito eleitoral, liderada por Celso Carlos Júnior, produtor rural que exercia o cargo de vice-presidente da associação.
Após uma apresentação com um resumo da atual gestão, Daniel Sebben despediu-se do cargo e se disse satisfeito com os resultados obtidos.
“Não chegaria a lugar nenhum sozinho, mas sem dúvida que ter sido o primeiro presidente é algo que nos dá uma satisfação muito grande, pois vimos isso tudo acontecer, protagonizando o agronegócio no Amapá, com cada conquista, cada vitória e a cada ano registrando um novo recorde de produção e embarque da nossa produção”, comemorou Sebben.
Falando à reportagem, Celso Carlos Júnior se disse muito feliz com a forma serena com que sua entidade faz essa transição e disse que diretoria propriamente dita existirá no papel, mas que cada associado é também um dirigente e fala pela APROSOJA.
“Realmente é um momento muito especial, não só da situação nacional, mas também das condições que a gente passa a ter no Estado do Amapá, primeiro com o amadurecimento sobre o que pode vir a significar a agricultura comercial ou agronegócio, do ponto de vista da economia e do avanço social, como também dos conceitos de preservação do meio ambiente no Estado”, disse o ruralista.
A reportagem destacou que o Agronegócio esta em pauta constantes nas ações da economia amapaense e que foi destaque durante as eleições recém finda, tornando-se um desafio para os gestores institucionais e dos produtores que para aqui vieram e desbravaram o segmentos de grãos no Amapá e vem impulsionando o mercado, através de geração de rendas e empregos.

Agenda


O novo presidente da APROSOJA confirmou já ter tido um encontro com o governador reeleito e o novo vice-governador, Jaime Nunes, um empresário que ele diz saber a linguagem mais próxima daquilo que entende ser o mais correto para o desenvolvimento do Estado.
O Amapá sempre foi dependente de outras regiões na questão agrícola, se restringindo a agricultura familiar, com a chegada da agricultura comercial, ou agronegócio, do ponto de vista da economia, do avanço social vem se superando ano a ano, tanto na área plantada, quando na exportação.
“Devemos estar preparados para dar as respostas que a oportunidade exige, pois temos aqui um grupo de produtores muito bem intencionados e que querem transmitirao governador e seu vice uma mensagem que se o poder público de fato fizer a sua parte com os licenciamentos, e se possível a regularização fundiária, poderemos multiplicar por quatro ou cinco vezes a área plantada no Amapá, e assim dar um salto enorme com um impacto no PIB do Estado no mínimo de dez por cento”, completa o novo presidente.
Para o empresário a soma de todos esses fatores sinaliza que os produtores tem que preparar para dar a resposta que a oportunidade exige.
"Felizmente, temos a oportunidade de contar com um grupo de produtores bem intencionados e de excelente qualidade e que trazem as experiências de outras regiões e somam com as locais e dando assim condições de responder a altura o que nos é exigido".
Celso Carlos dos Santos Júnior destacou que esse apoio é de extrema responsabilidade.
O novo presidente da APROSOJA/Amapá relembra que muitos produtores tem processos de licenciamento ambiental e fundiário, há anos parados aguardando uma definição.
"Esses processos de produtores instalados aqui, que estão protocolados no licenciamento ambiental estadual há meses e estão parados aguardando decisões. Essas demandas resolvidas, dariam um salto enorme e juntos com processos de longo prazos, como da própria ANCEL temos a expectativa de chegar a 80 a 100 mil hectares plantados nos próximos quatro anos, que seria um grande impacto na economia local de até 10%".
Nas discussões do palanque eleitoral apareceu novos horizontes para o agronegócio, como a industrialização. Teve posicionamento de esmagamento da soja aqui no Estado e a reportagem questionou o novo presidente da APROSOJA sobre as condições de que sejam implantados uma indústria desse tipo no Amapá.
"O lançamento industrial é consequência de disponibilidade de matéria prima. Ninguém instala uma fábrica ou uma indústria de transformação sem ter certeza da oferta suficiente e se possível com sobras para o seu processamento. O que nos temos agora aqui no Amapá ainda é pouco, mas isso não faz que o Amapá seja menos rentável ou que o resultado do movimento da soja seja menos importante. Devemos destacar que menos da metade da soja produzida no Brasil é processada aqui. A maioria da soja brasileira e exportada in natura, nem por isso temos diferença de desenvolvimento para onde a soja vai para processamento ou exportação. O principal fator do desenvolvimento é a produção".
Quanto ao processamento industrial do Amapá o empresário e produtor diz que é questão de tempo, porque a posição geográfica, a demanda dos produtos que levam soja e milho e o fato de termos hoje no Brasil a proteína animal mais competitiva do mundo, produzida a partir de uma soja mais ou menos competitiva. "A proteína proveniente da avicultura, que o Amapá é grande importador, é uma questão de tempo, tendo uma boa oferta de as indústrias se interessarem a se implantarem aqui".
Foi ressaltado ao novo presidente da APROSOJA/Amapá de que ainda existem gargalos e de como serão enfrentados pelos produtores através de sua entidade representativa.
"Isso é do conhecimento de muitos. O Amapá, dado as circunstâncias de ter se tornado território federal em 1944 e em Estado em 1988, sem que tivesse um conjunto de legislação para quede fato as áreas territoriais fossem disponibilizadas para o cidadão. Isso faz que aquele cidadão que esteja querendo produzir seja daqui o que venha de fora com sua experiência participe desse negócio de maneira bastante insegura. Ele não tem acesso a financiamento bancária, sujeito as mudanças de legislação. O direito de posse é asseguradona legislação brasileira, mas não é a mesma coisa de alguém que tenha um título registrado em cartório".
Outro gargalo é com referência as Licenças Ambientais, e Celso Santos Júnior dissertou que por muito tempo elas ficaram sujeitas a interpretações não muito exatas da legislação e muitas vezes politizados. "Parece muito claro o que estabelece o Código Florestal Brasileiro, infelizmente isso provocou atrasos nessas liberações, provocou má fé que observamos pela imprensa, dos órgãos expedidores de licenças. Acredito que no próximo governo seja dado a prioridade que diz e seja construída uma coisa mais sadia e mais ágil para que possamos distinguir o que é o correto do que não é possível. E o que a legislação estabelece é que seja cobrado eexigido o que é legal".

Perfil do novo presidente

Celso Carlos dos Santos Júnior tem 59 anos de idade, é natural de Maringá-PR, é formado em Engenharia Agrônoma pela UEM – Universidade Estadual de Maringá (1978-1982), foi superintendente da Cocamar Cooperativa Agroindustrial, entre julho de 1982 e maio de 2010, diretor da Granja Jequitibá, desde maio de 2011 e a partir de 2012 sócio gestor da Agrocerrado, em Itaubal, no Amapá.

Diretoria

Celso Carlos dos Santos Júnior – Presidente;
Romildo Klimeck – Vice-presidente;
Tobias Laurindo – 1º diretor administrativo;
Carlos Kaczam – 2º diretor administrativo;
Paulinho Ivando Freitas – 1º diretor financeiro;
Daniel Ângelo Grolli – 2º diretor financeiro;
Roberto Arroyo – Membro do Conselho Fiscal;
Armindo Baretta – Membro do Conselho Fiscal;
José Carlos – Membro do Conselho Fiscal


APROSOJA AMAP e sua história 



Fundada nos moldes do outros Estados, a Associação dos Produtores de Soja do Estado do Amapá (APROSOJA-AP) tem como finalidade representar e defender a classe. A entidade atuará nas áreas socioambiental, relações públicas, orientação técnica, apoiando à pesquisa e o desenvolvimento de mercados.
Segundo o presidente da entidade, Daniel Sebben, os principais entraves para a produção de soja no Amapá são: a regularização fundiária, infraestrutura de armazenagem e padronização de grãos, licenciamento ambiental e desenvolvimento de cultivares adaptados ao clima e latitude da região.
“Uma vez institucionalmente organizados através da APROSOJA, os produtores podem cobrar, fiscalizar e influenciar políticas públicas voltadas para o setor, como nos casos do licenciamento ambiental e da regularização fundiária, que atualmente é o maior entrave para a produção e maior prioridade da associação”, afirma Sebben.
De acordo com o vice presidente, Celso dos Santos Júnior, atualmente novo presidente da entidade, são cerca de 200 produtores de soja iniciando as atividades no Estado, em 2015 deverão ser cultivados 15.000 hectares de soja, além de outras culturas como arroz, milho e feijão caupi. Dados da EMBRAPA Amapá dão conta de que o estado conta com aproximadamente 1 milhão de hectares de cerrado, dos quais cerca de 400.000 são aptos para agricultura.
Com a união do setor, pretende-se criar ambientes oportunos e favoráveis para gerar mais investimento no setor. “No setor privado acreditamos que empresas e também produtores estão dispostos a investir no setor agrícola do Amapá, principalmente nas áreas de pesquisa e infraestrutura”, destacou o presidente da APROSOJA-AP.

APROSOJA-AP – logística privilegiada

O Amapá é considerado a última fronteira agrícola do Brasil, conta ainda com uma logística privilegiada, estando na foz do rio Amazonas, rota de navegação dos navios que acessam os portos de Santarém-PA e Itacoatiara-AM.
No porto de Santana-AP duas traders já anunciaram investimentos, a Caramuru e a Cianport, sendo que esta última está em fase final de implantação, devendo entrar em operação em agosto deste ano, ainda emtempo de escoar a safra do Estado que deve começar a ser colhida no final de julho.
Os investimentos portuários no Amapá são parte de uma rota logística que será utilizada para exportação de grãos de Mato Grosso via BR-163 até Itaituba-PA e depois via hidrovia Tapajós-Amazonas até o Porto de Santana-AP. As áreas agricultáveis do Amapá estão em um raio de até 200 km do porto.

Décima terceira APROSOJA

Para a APROSOJA Brasil a criação da entidade no Amapá é um sinal de maturidade da classe e de consolidação do modelo de representação da APROSOJA a nível nacional. “Nós damos as boas-vindas a APROSOJA-AP e firmamos o compromisso representar os produtores do estado em Brasília e dentro do Congresso Nacional”, afirmou o presidente da APROSOJA Brasil, Almir Dalpasquale.
(Fonte: ASCOM APROSOJA-AP e APROSOJA Brasil)

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