sábado, 5 de janeiro de 2019

ARTIGO DO GATO


Precisamos de maturidade


Essa é uma constatação latente. Todas as rodas de conversas onde a pauta é o Estado do Amapá é fácil a conclusão sobre os principais gargalos que enfrentamos, todo mundo aponta as saídas para os problemas, no entanto já passaram 30 anos e o Amapá continua reunindo, discutindo, apontando problemas e sem efetivamente solucioná-los.
Particularmente nada tenho contra o Senador Randolfe Rodrigues, reconheço que ele acerta em algumas ações. É muito bom no trato com a língua, vende bem a imagem e faz um bom “branding” do seu mandato, no entanto, é obtuso e imaturo, ao meu sentir, ele sair criticando o presidente Bolsonaro pelas medidas que tem tomado, principalmente pelo quadro desolador que se encontra a economia nacional. Nós, no Amapá só não precisamos dessa oposição gratuita ao novo presidente. Mas elogio o Senador por ter conseguido através de uma Ação Popular o cancelamento liminar do reajuste da tarifa de energia elétrica do Amapá. Isso foi muito bom. Então a tônica deve ser essa para todos os parlamentares federais: Concentrar nos gargalos e atuar em bloco em Brasília no sentido que encontrar solução para os problemas que enfrentamos que retardam ou dificultam o desenvolvimento do Amapá.
Para um Estado pequeno como o Amapá, que possui três Senadores e oito deputados federais, dividir essa força me parece imaturidade. Tudo o que não cabe nesse momento delicado da economia nacional é um posicionamento de divergências ideológicas. Esse momento encerrou no dia 28 de outubro com a definição do resultado da eleição para governo e presidente. Agora é aconselhável desarmar o palanque e cuidar do que é importante. E para o Amapá nada mais importante do que gerar emprego, incrementar o setor primário e o secundário.
O governador Waldez Góes já algum tempo tem dado mostra desse nível de maturidade necessária que reclamo nesse bate papo. Tem sido sim muito resiliente, como disse a Marciane Santos na posse da nova diretoria e conselho deliberativo do SEBRAE /AP. Waldez tem tido a visão de um estadista, conversando com todas as forças políticas, feito gestão compartilhadas com todas as prefeituras e ações nos 16 municípios, porém, foi a Curitiba levantar a bandeira do “Lula Livre”, como diria meu “Padinho Augusto”: “sem necessidade”. Agora terá com certeza que vencer esse momento na relação com o presidente Bolsonaro, porém acho que tira fácil essa questão.
Temos cabeças privilegiadas no Amapá, maduras, experientes e com capacidade propositiva, porém a imaturidade política prefere certas figuras opacas, sem muita capacidade contributiva para alcançarmos o que precisamos que por mera questão de estratégia política acabam ocupando cargos de destaque em Instituição importantes do setor produtivo amapaense e até nas esferas do Poder Executivo.
Esse ano vamos fechar com o Amapá recebendo elogios por ter se destacado na execução fiscal. Fruto de um trabalho sério e austero do governo estadual, porém devemos lembrar que a Nota Técnica emitida pelas Secretarias, Planejamento e Fazenda no final do ano deu conta de uma frustração na receita do Estado da ordem de R$ 46 milhões. Eu pergunto: faz falta? Lógico que sim e muita, então vamos atuar de forma coesa em prol da melhoria da qualidade de vida do povo amapaense? Essa é uma proposta no mínimo razoável.
Finalizo meu artigo colocando no campo da expectativa duas figuras ilustres do Amapá que estarão iniciando a partir desse ano um novo ciclo em suas vidas. Jaime Nunes, empresário, bem sucedido e que será vice-governador pela primeira vez. Imprimirá o Jaime sua velocidade elogiada no setor privado, no público? E o Lucas Barreto que embarca para Brasília com o enorme peso de um Senador onde as causas do Amapá sejam verdadeiramente prioritárias. Boa sorte!


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