Precisamos de maturidade
Essa é uma constatação latente.
Todas as rodas de conversas onde a pauta é o Estado do Amapá é fácil a
conclusão sobre os principais gargalos que enfrentamos, todo mundo aponta as
saídas para os problemas, no entanto já passaram 30 anos e o Amapá continua
reunindo, discutindo, apontando problemas e sem efetivamente solucioná-los.
Particularmente nada tenho contra o
Senador Randolfe Rodrigues, reconheço que ele acerta em algumas ações. É muito
bom no trato com a língua, vende bem a imagem e faz um bom “branding” do seu
mandato, no entanto, é obtuso e imaturo, ao meu sentir, ele sair criticando o
presidente Bolsonaro pelas medidas que tem tomado, principalmente pelo quadro
desolador que se encontra a economia nacional. Nós, no Amapá só não precisamos
dessa oposição gratuita ao novo presidente. Mas elogio o Senador por ter
conseguido através de uma Ação Popular o cancelamento liminar do reajuste da
tarifa de energia elétrica do Amapá. Isso foi muito bom. Então a tônica deve ser
essa para todos os parlamentares federais: Concentrar nos gargalos e atuar em
bloco em Brasília no sentido que encontrar solução para os problemas que
enfrentamos que retardam ou dificultam o desenvolvimento do Amapá.
Para um Estado pequeno como o
Amapá, que possui três Senadores e oito deputados federais, dividir essa força
me parece imaturidade. Tudo o que não cabe nesse momento delicado da economia
nacional é um posicionamento de divergências ideológicas. Esse momento encerrou
no dia 28 de outubro com a definição do resultado da eleição para governo e
presidente. Agora é aconselhável desarmar o palanque e cuidar do que é
importante. E para o Amapá nada mais importante do que gerar emprego,
incrementar o setor primário e o secundário.
O governador Waldez Góes já algum
tempo tem dado mostra desse nível de maturidade necessária que reclamo nesse
bate papo. Tem sido sim muito resiliente, como disse a Marciane Santos na posse
da nova diretoria e conselho deliberativo do SEBRAE /AP. Waldez tem tido a
visão de um estadista, conversando com todas as forças políticas, feito gestão
compartilhadas com todas as prefeituras e ações nos 16 municípios, porém, foi a
Curitiba levantar a bandeira do “Lula Livre”, como diria meu “Padinho Augusto”:
“sem necessidade”. Agora terá com certeza que vencer esse momento na relação
com o presidente Bolsonaro, porém acho que tira fácil essa questão.
Temos cabeças privilegiadas no
Amapá, maduras, experientes e com capacidade propositiva, porém a imaturidade
política prefere certas figuras opacas, sem muita capacidade contributiva para
alcançarmos o que precisamos que por mera questão de estratégia política acabam
ocupando cargos de destaque em Instituição importantes do setor produtivo
amapaense e até nas esferas do Poder Executivo.
Esse ano vamos fechar com o Amapá
recebendo elogios por ter se destacado na execução fiscal. Fruto de um trabalho
sério e austero do governo estadual, porém devemos lembrar que a Nota Técnica
emitida pelas Secretarias, Planejamento e Fazenda no final do ano deu conta de
uma frustração na receita do Estado da ordem de R$ 46 milhões. Eu pergunto: faz
falta? Lógico que sim e muita, então vamos atuar de forma coesa em prol da
melhoria da qualidade de vida do povo amapaense? Essa é uma proposta no mínimo
razoável.
Finalizo meu artigo colocando no
campo da expectativa duas figuras ilustres do Amapá que estarão iniciando a
partir desse ano um novo ciclo em suas vidas. Jaime Nunes, empresário, bem
sucedido e que será vice-governador pela primeira vez. Imprimirá o Jaime sua
velocidade elogiada no setor privado, no público? E o Lucas Barreto que embarca
para Brasília com o enorme peso de um Senador onde as causas do Amapá sejam
verdadeiramente prioritárias. Boa sorte!
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