sábado, 19 de janeiro de 2019

Atleta do Passado



Bein disputou três Copões da Amazônia. Dois pelo Independente, 1983 em Boa Vista-RR e 1984 em Macapá-AP; e um pelo Amapá Clube em 1989, em Santarém-PA.
Benedito da Silva Ramos, o ‘Bein’ -


 Franselmo George


 O Atleta do Passado desta semana, é o Benedito da Silva Ramos, mais conhecido como Bein. “Esse apelido veio desde criança, da casa da mamãe, e pegou”. Nasceu no dia 14 de fevereiro de 1962, na avenida General Osório, no bairro do Laguinho. Seus pais eram   descendentes de negros escravos. Ele, Raimundo Tavares Ramos, oriundo do  Curiaú. Ela, Onarina da Silva Ramos, natural do município de Mazagão.
FAMÍLIA DE CRAQUES DO FUTEBOL – “Meu irmão, o Zé Carlos(falecido), conhecido como “Querosene” foi bicampeão amapaense pelo São José, como goleiro; mais o goleador Sené, e o Mário, campeão do primeiro campeonato amapaense de futebol profissional pelo Esporte Clube Macapá, em 1991, no comando do técnico Temica”.
INÍCIO DA CARREIRA – Começou no São José na equipe Júnior aos 15 anos. “O Vasquinho era o técnico. Depois passamos para o time principal, professor Bento Góes como treinador. Éramos garotos muito jovens, meio campo eu, Orlando e o Sené. Na frente colocou os experientes Paulo Antônio, Dinho e o Tacelino. Ele sempre acreditou no nosso potencial, que a gente ia dar conta do recado, e realmente deu certo. Dois lá atrás muito jovens, Toinho e o Humberto, e uma zaga muito experiente; Paulo Edivan e o Dias. O goleiro era o Álvaro. O Bento Góes sabia que o time não era para aquele ano. Era um time para o futuro. Depois fomos para o Esporte Clube Macapá e Independente. No Independente fomos campeões invictos em 1983, e ficamos com o vice campeonato no ano seguinte. Em 1985 fomos para o Rio Negro de Manaus, onde passamos uma temporada por lá. No retorno à Macapá em 1986, fui para o Amapá Clube, onde conquistamos o tricampeonato amapaense; 1986.1987 e 1988. Bein parou no auge, em 1989.


COPÃO DA AMAZÔNIA – Bein disputou 3(três) Copões da Amazônia. Dois pelo Independente, 1983 em Boa Vista-RR e 1984 em Macapá-AP; e um pelo Amapá Clube em 1989, em Santarém-PA. “O maior sonho de um jogador amapaense como amador era disputar o Copão da Amazônia, ganhar o Copão era o máximo, tinha que ganhar o campeonato amapaense, que não era fácil, para chegar na competição”.


CRAQUES DO FUTEBOL AMAPAENSE – “Citaria dois craques: um é o Aldemir França, jogador que pensava demais, um meio campo perfeito. O outro é o Coroca; baita meio campo, me espelhava muito no estilo de jogo dele”.


O IMPACTO DO “PROFISSIONALISMO” PARA O “AMADORISMO” – CHEGOU A ATRAPALHAR O FUTEBOL AMAPAENSE.  “Acho que o futebol profissional veio na hora errada. Me lembro que transformaram o futebol de amador para profissional pela queda do Esporte Clube Macapá para a Segunda Divisão, forçaram o campeonato a ser profissional. Não existia estrutura nos clubes. Os times não receberam a logística necessária para se profissionalizar. Esse foi um dos maiores impactos, de lá pra cá você não vê mais revelações de atletas para atuar fora do estado. Até hoje sentimos essa necessidade no futebol amapaense. Nos estádios, não vemos mais jogadores locais, só jogadores de outros estados em final de carreira. Abandonaram as bases, esqueceram o que tinha de bom aqui. Trouxeram o profissionalismo no momento errado, isso causou um grande impacto no nosso futebol”.
Na opinião de Bein o melhor dirigente foi sem dúvida nenhuma o Osmar Ribeiro – “acompanhava o atleta na hora difícil, foi um grande dirigente, o Osmar era do lado bom”. Bein parou de jogar futebol cedo, aos 27 anos de idade, pela equipe do Amapá Clube. Está hoje com 56 anos de idade. Casado, dois filhos, e uma netinha que acabara de chegar. Trabalha na UDE do Governo do Estado do Amapá.



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