Unidade escolar foi visitada por
secretários de governo. Eles conversaram com o corpo docente sobre o modelo de
ensino e verificaram a infraestrutura da escola.
No início do mês, o Governo do Estado do Amapá (GEA) confirmou a criação
de mais quatro escolas de gestão compartilhada com órgãos militares durante esta
nova gestão. A Escola Estadual Igarapé da Fortaleza, em Santana, está sendo
avaliada para funcionar no modelo de gestão compartilhada entre a Secretaria de
Estado da Educação (Seed) e a Polícia Militar (PM/AP).
Nesta quarta-feira, 16, a secretária de Estado da Educação, Goreth
Sousa, e o secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), Carlos
Souza, visitaram a instituição para conversar com o corpo docente sobre o
modelo de ensino e verificar melhorias que podem ser feitas na infraestrutura
da escola. Se após todos os trâmites legais exigidos, a escola for aprovada, a
expectativa é que ela funcione em 2020 já em gestão compartilhada militar.
Para Goreth Sousa, as escolas de gestão compartilhada militar ofertam,
além da melhoria na aprendizagem dos estudantes, também um ganho social na
comunidade escolar e no seu entorno, com mais segurança, mais integração entre
pais, alunos e escolas, entre outros. O objetivo é que a Igarapé da Fortaleza
seja o novo padrão de ensino no município santanense, de maneira que garanta o
ensino fundamental e médio de qualidade.
“Temos uma experiência de sucesso na Escola Afonso Arinos, também
localizada em Santana. Fomos de 300 matrículas, em que nem um pai gostaria de
que seu filho estudasse na escola, para 800 matrículas efetivadas. No período
de pré-matrícula, em menos de 30 minutos, acabam as vagas”, comparou a
secretária de Educação.
A Escola Estadual Igarapé da Fortaleza atende moradores dos bairros
Provedor I e II, Remédios, Vila Daniel, Monte das Oliveiras e Igarapé da
Fortaleza, além do Distrito de Fazendinha. Possui 1017 alunos e oferta ensino
fundamental 2, ensino médio e Educação de Jovens e Adultos (EJA). São 18
turmas, nos horários da manhã, tarde e noite.
A diretora da escola, Elidete Coelho, acredita que a gestão
compartilhada militar vai atrair benfeitorias não só para a escola, mas para a
comunidade. “Percebemos a mudança positiva na Escola Afonso Arinos e isso nos
motiva. Agora, vamos conversar com a comunidade escolar para saber o que acham
da proposta”, disse a gestora.
O coronel Carlos Souza lembrou que, na época das primeiras escolas
militares do Estado, a Polícia Militar foi ao Amazonas para conhecer a
experiência de sucesso das escolas desse modelo. Porém, o que ocorre agora é o
inverso: os amazonenses estão vindo ao Amapá para verificar o modelo de ensino
de gestão compartilhada militar implantado aqui.
“Estamos trabalhando bem, em conjunto com o corpo docente de todas
nossas escolas de gestão compartilhada. Temos mais de 90% do corpo técnico
conosco, pois sempre há uma ou outra pessoa que não se identifica com o
projeto. E tudo bem, esse não é um modelo perfeito e nem fechado, mas é o que
está apresentando os melhores índices de aprendizagem. A gente pede para que
vocês não se fechem para o projeto e, ao menos, o conheçam”, disse o secretário
Carlos ao corpo docente da Escola Estadual Igarapé da Fortaleza.
Mais quatro escolas militares
A previsão é que sejam construídas uma escola na zona norte de Macapá,
uma na zona oeste da capital, uma no Igarapé da Fortaleza, em Santana, e outra
em Laranjal do Jari.
As escolas militares trazem para os nossos alunos não só uma excelente
educação, mas noções de civismo, disciplina e respeito. Segundo o Ministério da
Educação, em 2017 a Escola Estadual Antônio Messias Gonçalves Dias, pioneira do
modelo no Amapá, subiu da 50° para a 6° colocação entre as escolas públicas do
Estado no ranking de notas no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
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