Metade dos municípios da região
Norte ampliaram gastos com saúde em 2017
Mas Macapá diminuiu 8%
Apenas metade dos municípios da
região Norte do país analisados pelo anuário Multi Cidades – Finanças dos
Municípios do Brasil, publicação da Frente Nacional dos Prefeitos (FNP),
ampliaram seus gastos com saúde em 2017. Entre eles, só uma capital: Palmas, no
Tocantins, que investiu R$ 185,2 milhões no ano passado, valor 4% maior do que
os R$ 178 milhões gastos em 2016.
Além da capital do Tocantins,
outras cinco cidades analisadas aumentaram seus gastos com saúde. Foram elas
Marabá (PA), que aumentou o investimento em 12,9% e totalizou R$ 178,8 milhões
em 2017 contra os R$ 158,3 milhões em 2016; Ji-Paraná (RO), que gastou R$ 69 milhões
em 2017, valor 11,9% maior do que os R$ 61,6 milhões gastos em 2016; Araguaína
(TO), que gastou R$ 94 milhões com saúde em 2017, valor 4,2% maior do que o
investido no ano anterior; Santarém (PA), que teve aumento de 3,1% no seu gasto
com saúde em 2017; e Cruzeiro do Sul (AC), que aumentou em 0,5% seu
investimento no ano passado.
Do outro lado do ranking, seis
capitais registraram quedas nos seus gastos com saúde: a maior foi em Macapá
(AP), que gastou R$ 135,4 milhões em 2017, valor 8% menor do que o investido em
2016, que foi de R$ 147,2 milhões. Belém (PA) gastou R$ 802,4 milhões com saúde
em 2017, montante 6,6% menor do que os R$ 858,7 milhões gastos em 2016.
Desaceleração de 6,5% foi registrada em Boa Vista (RR), que investiu R$ 182,4
milhões em saúde em 2017 contra os R$ 195,1 milhões gastos no ano anterior.
Outras quedas foram registradas em
Manaus (AM), Rio Branco (AC) e Porto Velho (RO). A administração pública da
capital manauara reduziu em 2,5% seus gastos com saúde em 2017; já Rio Branco
(AC) gastou 2,4% a menos no ano passado; por fim, Porto Velho (RO) teve queda
de 2,1% no período analisado.
A desaceleração em quase todas as
capitais fez com que os gastos com saúde na região Norte passassem de R$ 8
bilhões em 2016 para R$ 7,9 bilhões no ano passado, uma queda de 1,3% na pauta.
Em sua 14ª edição, o anuário
utiliza como base números da Secretaria do Tesouro Nacional (STN) e Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apresentando uma análise do
comportamento dos principais itens da receita e despesa municipal, tais como
ISS, IPTU, ICMS, FPM, despesas com pessoal, investimento, dívida, saúde,
educação e outros.
O Multi Cidades – Finanças dos
Municípios do Brasil (Ano 14 - 2019) foi viabilizado com o apoio de Alphaville
Urbanismo, APP 99, BRB, Comunitas, Guarupass, Hauwei, MRV, prefeitura de
Cariacica/ES, prefeitura de Guarulhos/SP, prefeitura de Ribeirão Preto/SP,
prefeitura de São Caetano do Sul/SP, Sabesp, Saesa e Sanasa.
Brasil: municípios investem mais e
gastos com saúde têm pequeno aumento
Foram dois anos seguidos de quedas,
que resultaram numa redução de R$ 5,58 bilhões nos investimentos, mas em 2017 o
gasto com saúde dos municípios brasileiros apresentou uma pequena melhora no
montante aplicado, passando de R$ 138,83 bilhões em 2016 para R$ 139,72 bilhões
no ano passado, um aumento de 0,6%.
“Desde 2015, quando o agravamento
da crise econômica no país provocou uma retração significativa nas receitas dos
municípios, a redução ocorrida nas áreas de saúde e educação sempre foi menos
intensa que a queda da despesa total. No ano passado não foi diferente:
enquanto a despesa total registrou queda de 2%, o gasto com saúde apresentou um
pequeno aumento”, explicou a economista e editora do anuário Tânia Villela.
A economista acrescenta que, apesar
da crise econômica e da sobrecarga no sistema público de saúde, as despesas
municipais com a pauta interromperam o movimento de contração que vinha
acontecendo desde 2015. “O orçamento municipal vem, cada vez mais,
comprometendo-se com a saúde, com crescimento de ações e outros serviços
públicos”, explicou.
Entre todas as regiões do país,
apenas os municípios do Norte apresentaram queda nos recursos aplicados: foram
R$ 104,87 milhões a menos, uma retração de 1,3%. Do outro lado da tabela, as
cidades das regiões Sul e Centro-Oeste foram as que apresentaram maiores
variações positivas no período analisado, com alta de 1,7% e 1,4%
respectivamente.
Quando analisados os desempenhos
das capitais do país, os maiores aumentos percentuais em gastos com saúde foram
registrados em Campo Grande (16,8%), Cuiabá (15,6%) e Belo Horizonte (9,7%). Já
as maiores quedas ocorreram no Macapá (-8%), em Belém (-6,6%) e em Boa Vista
(-6,5%). A publicação levantou, ainda, o gasto médio com saúde per capita dos
municípios, que foi de R$ 682,85 em 2017.
Ranking – Os municípios que mais
gastaram com saúde em 2017:
Fonte: Multi Cidades – Finanças dos
Municípios do Brasil, publicação da Frente Nacional de Prefeitos (FNP)
Crescimento da despesa com saúde em relação ao ano anterior:
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