Amapá vai
ao Judiciário cobrar responsabilização de mineradora que abandonou estruturas
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A Zamin Ferrous já recebeu várias multas, tanto de órgãos estaduais quanto federais, que ultrapassam o montante de R$ 20 milhões
A Procuradoria-Geral do Estado (PGE) vai
remeter em relatório ao Judiciário paulista, os prejuízos - já
relatados nos autos do processo -, com o abandono do parque industrial da
mineradora Zamin Ferrous, relativos ao píer flutuante no Porto de Santana, bem
como à Estrada de Ferro do Amapá, que corta a região centro-oeste do Estado. As
informações serão reiteradas assim que a força-tarefa montada pelo governo
levantar, minuciosamente, o tombamento da estrutura do píer flutuante no Rio
Amazonas, registrado na madrugada desta terça-feira, 12, no município
santanense.
Segundo
a PGE, a mineradora já recebeu várias multas, tanto de órgãos estaduais quanto
federais, que ultrapassam o montante de R$ 20 milhões, em função dos danos
ambientais provocados com o sucateamento das estruturas.
No
caso do píer flutuante, a concessão foi dada pela Agência Nacional de
Transportes Aquaviários (Antaq). Ao Estado cabe fiscalizar a atuação da
empresa. Já a Estrada de Ferro, quem liberou a concessão foi o Governo do Amapá
que, por sua vez, decretou caducidade, mas a Zamin judicializou o caso,
alegando que iria recuperar a estrada.
Porém,
a mineradora não conseguiu cumprir os prazos apresentados à Justiça para isso.
O último prazo venceu em dezembro de 2018 e uma nova empresa manifestou
interesse em criar um projeto e investir no patrimônio. No entanto, o Governo
do Amapá só pode intervir na concessão, após a decisão da Justiça.
“No
fim de 2018, o Judiciário de São Paulo ficou de dar uma decisão em 15 dias.
Mas, até agora, nada. Nós já relatamos todos os prejuízos que esse abandono tem
causado, assim como a impossibilidade do Estado em atuar na gestão desses
processos”, protestou o procurador-geral Narson Galeno.
Pier flutuante
A
força-tarefa montada pelo Governo do Amapá para avaliar todo o complexo e os
riscos que o incidente oferece à segurança da navegação - com o tombamento do
píer flutuante -, esteve no local na manhã desta
terça-feira.
Ficou
definido que será feita a ancoragem e sinalização das balsas para evitar
acidentes e, alertar as embarcações que navegarem nas proximidades. O trabalho
será feito com o apoio da Capitania dos Portos.
A
área onde aconteceu o incidente possui de 27 a 31 metros de profundidade. A
estrutura que tombou tem cerca de 12 metros de largura e pesa aproximadamente
6,5 mil toneladas, segundo o Corpo de Bombeiros. Essas são algumas informações
que subsidiarão a PGE na argumentação ao Judiciário paulista, dos prejuízos
causados com o abandono das estruturas por parte da Zamin Ferrous.
Além
do Corpo de Bombeiros, a força-tarefa montada pelo Governo do Amapá é formada
pela Defesa Civil Estadual, Secretaria de Estado de Transporte (Setrap),
Capitania dos Portos e Instituto do Meio Ambiente e de Ordenamento Territorial
do Amapá (Imap).

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