sexta-feira, 15 de fevereiro de 2019

ATLETA DO PASSADO


"Sou treinador de formação. Fiz meu curso em São Paulo. Em 2013 dirigi a equipe do São José Sub-20, e fomos campeões em cima do Santos, com toda aquela estrutura que o Santos possuía. Treinei também a equipe do São Paulo. Em 2017 dirigi o Esporte Clube Macapá, onde fomos vice-campeões, que o credenciou para disputa da Série D do Brasileiro de 2018”.
Ex-meia-atacante Francisco Jorge Almeida Filho, “Jorginho Macapá”

Franselmo George

O atleta do passado desta semana, é o ex-meia-atacante Francisco Jorge Almeida Filho, conhecido no meio futebolístico como “Jorginho Macapá”. Nasceu no dia 26 de maio de 1964, no bairro do Trem, depois se mudou para o bairro Jesus de Nazaré(antigo Jacareacanga). Seus pais são aposentados, ex-professores de educação física do Governo Federal.  Ele, Francisco Jorge Almeida, 86 anos de idade, é cearense de Quixadá, considerado um dos maiores violonistas do Estado do Amapá. Ela, Zenaide Barbosa Almeida, amapaense, 76 anos de idade, inclusive foi campeã brasileira de Natação em 1954 representando o Amapá.
COMEÇO NO FUTEBOL – “Comecei garoto com 8 anos de idade. Com 14 anos fomos campeões da Copa do Mundo Marcílio Dias pela equipe do Japão, dirigido pelo 91, Expedito da Cunha Ferro. Depois fui para o Guarany, do saudoso Milton Corrêa. Joguei pelo Trem desportivo Clube, na época tinha Mário Sérgio, Roberto Foguetinho, era um time muito bom. Estive também no Amapá Clube, onde atuei com grandes jogadores como: Faustino, Antuzio, Severino, Vivaldo(goleiro)”. Depois foi Jogar no Esporte Clube Macapá, onde jogou um Copão da Amazônia em 1983.

COPÃO DA AMAZÔNIA – Jorginho Macapá disputou apenas um Copão da Amazônia, em 1983, realizado em Rio Branco, no Acre, jogando pelo Esporte Clube Macapá. “Não era só ter a expectativa de viajar, mas era poder mostrar o seu futebol fora do estado. O objetivo era mostrar que o nosso estado(Território) possuía jogadores com qualidades de sair daqui. Eu quando assistia os companheiros jogando o Copão... eu dizia que um dia estaria lá. Então tinha toda uma expectativa de participar. Nesse Copão de 83 garfaram a gente. Desmarcaram um gol de escanteio que eu bati. O Carlinhos Moreira subiu numa cabeçada muito forte, o juiz marcou impedimento de escanteio. O Carlinho subiu sozinho, e fez o gol. Foi a primeira vez que vi isso ano futebol”, lembra Jorginho.

SELEÇÃO AMAPAENSE E A IDA PARA BELÉM DO PARÁ – Participou do Brasileiro de Seleções, onde serviu como vitrine para a Tuna Luso o contratar. Nessa época estava saindo do Exército. “Cheguei na Tuna Luso Brasileira no final de 1983, o Tiaguinho já estava. O Tiago foi campeão paraense pela Tuna em 1983. Em 1985 fomos campeões brasileiro da Taça de Prata. Foi o primeiro título da região Norte. Depois joguei no Yamada, Santa Rosa, Sport Recife. Voltei em 1988, para jogar pelo Remo. Nos sagramos campeão em 1989 e bicampeão em 1990. Em 1991 fui para o Paysandu, fiz uma boa passagem por lá, inclusive fiz até o gol que eliminou o Remo na competição de 1991, onde conquistamos o título de Campeão Brasileiro da Segunda Divisão, o primeiro do Paysandu, e por incrível que pareça foi no dia do meu aniversário, dia 26 de maio de 1991. Depois juntamente com o Tiago, fomos disputar pelo Izabelense o Campeonato Brasileiro da Terceira Divisão”.


O RETORNO AO ESTADO DO AMAPÁ – “No Izabelense só fizemos duas partidas, porque recebemos uma proposta boa do Ypiranga Clube para disputar o 2º campeonato amapaense de profissional. O interessante é que a gente vinha para o Amapá Clube, do saudoso presidente “Malha Branca”. Quando chegamos, não houve acertos. Foi quando o presidente do Ypiranga, Fernando nos encontrou e se interessou pela gente. Conseguimos ser campeão amapaense de 1992, técnico Dadá Maravilha. Em 1993 o São José fez um timaço, onde também fomos campeões. Na época o ataque era: Tiago, Miranda e eu. Miranda nesse campeonato fez a diferença. Ainda Tinha Jorginho Periquito, o finado Varela entre outros. Parei como jogador em 1993”. 
TREINADOR JORGINHO – “Sou treinador de formação. Fiz meu curso em São Paulo. Em 2013 dirigi a equipe do São José Sub-20, e fomos campeões em cima do Santos, com toda aquela estrutura que o Santos possuía. Treinei também a equipe do São Paulo. Em 2017 dirigi o Esporte Clube Macapá, onde fomos vice-campeões, que o credenciou para disputa da Série D do Brasileiro de 2018”.
CRAQUES DO AMAPÁ – “Quando garoto, assistia craques como: Antonio Trevizani(maior centroavante que já houve no Amapá); Alceu, zagueiro, Moacir Banhos, Guara Lacerda(“Tive o prazer de jogar com ele”); Haroldo Santos(jogador completo); Léo; Aldemir França. Esses jogadores fizeram a diferença no futebol. Cheguei a jogar com Socó, Mário Sérgio, Orivaldo(jogador muito diferenciado, era do Curiaú); Jonas, Faustino, Zé Preta, Tiago(tive o prazer de jogar com ele em Belém e aqui em Macapá), e o nosso craque maior, o Marcelino(jogou apenas seis meses no Remo, e fez carreira fora do país”.
CRAQUES DO BRASIL – Jorginho Macapá teve a oportunidade de jogar contra vários craques do futebol brasileiro. Cita: o Zico(foi uma estrela do futebol brasileiro); Reinaldo(apesar da estatura mediana, fazia a diferença); Pita(jogou no São Paulo), Zenon; Dicá(jogou Ponte Preta), e muitos outros.

GOLEIROS DO FUTEBOL AMAPAENSE – “O Dida, era bom não disputar bola com ele, principalmente quando a bola vinha meia altura, o jogador poderia ficar “sem a cabeça, pois saia para decidir”. Era um goleiro diferenciado. Cito também o Camecran, era diferenciado; o finado Emanuel; o Zé Roberto que jogou no São José, e muitos outros”.
TÉCNICO DE DESTAQUE - “No Amapá destaco o Aluízio Brasil, um cara hiper-inteligente. Um treinador diferenciado, estrategista, fazia a diferença. Sabia fazer o time fluir dentro de campo. No Brasil destaco o Miguel Cecim(Tuna Luso), estrategista. Quando ele armava a equipe era difícil chegar perto da área. Ele jogava com três atacantes na época, ou seja, o que eles fazem hoje, já faziam naquela tempo. Eu aprendi com ele a jogar de ponta esquerda e fazendo o quarto homem no meio. O outro foi o Carlinhos Silva (era treinador do Flamengo na época), veio para o Remo. Foi um cara que me ensinou como trabalhar a bola no meio-campo, passes(fundamentos). Ele me incentivava muito a bater de fora da área. Ele dizia: - Você tem facilidade de fazer gol de longe! Por que você não bate. Foi quando após os treinamentos comecei a chutar bola das laterais, do meio de campo, e de longe. Destaco também o técnico Dutra, que jogou futebol pelo Clube do Remo”.
MELHOR ESTÁDIO – “Brinco de Ouro da Princesa, um dos melhores estádios em termos de gramado e estrutura. O gramado de Serra do Navio era excepcional. O pior estádio era o Jose de Melo, em Rio Branco no Acre”.
GLICÉRIO MARQUES – “Querem fazer do estádio Glicério Marques um centro esportivo, isso não existe, precisamos de um estádio! Estádio é pra justamente acomodar o torcedor para assistir jogos de futebol naquela praça. Não colocar um monte de coisa, pois fica totalmente fora. Essa situação já vem rolando a tantos anos. Todo ano tem essa promessa que vai mudar. Ali você poderia agregar tantas coisas se fizesse o estádio. O Glicério Marques fica localizado bem no centro da cidade, colocaria lojas. Seria uma praça que fomentaria a economia, empregando pessoas e principalmente dando subsídios para o Município e o Estado”, disse.
FINALIZANDO – Jorginho diz que o futebol amapaense não funciona porque temos sim presidentes e outros dirigentes e não temos gestores, aquele que arruma o clube na parte administrativa/financeiro, organiza tudo e da liberdade pra que o clube e contrate bons atletas indicados pela comissão técnica. O futebol se profissionalizou mas nossos dirigentes ainda ficaram na esfera do amadorismo. Não acompanhou as mudanças.
O craque Jorginho está hoje com 54 anos de idade. Casado. Pai de 4 filhos. Ainda bate sua bolinha pela equipe Masters do Santana Clube.








Nenhum comentário:

Postar um comentário

ARTIGO DO GATO - Amapá no protagonismo

 Amapá no protagonismo Por Roberto Gato  Desde sua criação em 1988, o Amapá nunca esteve tão bem colocado no cenário político nacional. Arri...