"Sou treinador de formação.
Fiz meu curso em São Paulo. Em 2013 dirigi a equipe do São José Sub-20, e fomos
campeões em cima do Santos, com toda aquela estrutura que o Santos possuía.
Treinei também a equipe do São Paulo. Em 2017 dirigi o Esporte Clube Macapá,
onde fomos vice-campeões, que o credenciou para disputa da Série D do
Brasileiro de 2018”.
Ex-meia-atacante Francisco Jorge Almeida Filho, “Jorginho
Macapá”
Franselmo George
O atleta do passado desta semana, é o ex-meia-atacante Francisco
Jorge Almeida Filho, conhecido no meio futebolístico como “Jorginho Macapá”.
Nasceu no dia 26 de maio de 1964, no bairro do Trem, depois se mudou para o bairro
Jesus de Nazaré(antigo Jacareacanga). Seus pais são aposentados, ex-professores
de educação física do Governo Federal.
Ele, Francisco Jorge Almeida, 86 anos de idade, é cearense de Quixadá,
considerado um dos maiores violonistas do Estado do Amapá. Ela, Zenaide Barbosa
Almeida, amapaense, 76 anos de idade, inclusive foi campeã brasileira de
Natação em 1954 representando o Amapá.
COMEÇO NO FUTEBOL – “Comecei garoto com 8 anos de idade.
Com 14 anos fomos campeões da Copa do Mundo Marcílio Dias pela equipe do Japão,
dirigido pelo 91, Expedito da Cunha Ferro. Depois fui para o Guarany, do
saudoso Milton Corrêa. Joguei pelo Trem desportivo Clube, na época tinha Mário
Sérgio, Roberto Foguetinho, era um time muito bom. Estive também no Amapá
Clube, onde atuei com grandes jogadores como: Faustino, Antuzio, Severino,
Vivaldo(goleiro)”. Depois foi Jogar no Esporte Clube Macapá, onde jogou um
Copão da Amazônia em 1983.
COPÃO DA AMAZÔNIA – Jorginho Macapá disputou apenas um
Copão da Amazônia, em 1983, realizado em Rio Branco, no Acre, jogando pelo
Esporte Clube Macapá. “Não era só ter a expectativa de viajar, mas era poder
mostrar o seu futebol fora do estado. O objetivo era mostrar que o nosso estado(Território)
possuía jogadores com qualidades de sair daqui. Eu quando assistia os
companheiros jogando o Copão... eu dizia que um dia estaria lá. Então tinha
toda uma expectativa de participar. Nesse Copão de 83 garfaram a gente. Desmarcaram
um gol de escanteio que eu bati. O Carlinhos Moreira subiu numa cabeçada muito
forte, o juiz marcou impedimento de escanteio. O Carlinho subiu sozinho, e fez
o gol. Foi a primeira vez que vi isso ano futebol”, lembra Jorginho.
SELEÇÃO AMAPAENSE E A
IDA PARA BELÉM DO PARÁ – Participou do Brasileiro de Seleções, onde serviu como vitrine para a
Tuna Luso o contratar. Nessa época estava saindo do Exército. “Cheguei na Tuna
Luso Brasileira no final de 1983, o Tiaguinho já estava. O Tiago foi campeão
paraense pela Tuna em 1983. Em 1985 fomos campeões brasileiro da Taça de Prata.
Foi o primeiro título da região Norte. Depois joguei no Yamada, Santa Rosa,
Sport Recife. Voltei em 1988, para jogar pelo Remo. Nos sagramos campeão em
1989 e bicampeão em 1990. Em 1991 fui para o Paysandu, fiz uma boa passagem por
lá, inclusive fiz até o gol que eliminou o Remo na competição de 1991, onde
conquistamos o título de Campeão Brasileiro da Segunda Divisão, o primeiro do
Paysandu, e por incrível que pareça foi no dia do meu aniversário, dia 26 de
maio de 1991. Depois juntamente com o Tiago, fomos disputar pelo Izabelense o
Campeonato Brasileiro da Terceira Divisão”.
O RETORNO AO ESTADO DO
AMAPÁ – “No Izabelense
só fizemos duas partidas, porque recebemos uma proposta boa do Ypiranga Clube
para disputar o 2º campeonato amapaense de profissional. O interessante é que a
gente vinha para o Amapá Clube, do saudoso presidente “Malha Branca”. Quando
chegamos, não houve acertos. Foi quando o presidente do Ypiranga, Fernando nos
encontrou e se interessou pela gente. Conseguimos ser campeão amapaense de
1992, técnico Dadá Maravilha. Em 1993 o São José fez um timaço, onde também
fomos campeões. Na época o ataque era: Tiago, Miranda e eu. Miranda nesse
campeonato fez a diferença. Ainda Tinha Jorginho Periquito, o finado Varela
entre outros. Parei como jogador em 1993”.
TREINADOR JORGINHO
– “Sou treinador de formação. Fiz meu curso em São Paulo. Em 2013 dirigi a
equipe do São José Sub-20, e fomos campeões em cima do Santos, com toda aquela
estrutura que o Santos possuía. Treinei também a equipe do São Paulo. Em 2017
dirigi o Esporte Clube Macapá, onde fomos vice-campeões, que o credenciou para
disputa da Série D do Brasileiro de 2018”.
CRAQUES DO AMAPÁ – “Quando garoto, assistia craques
como: Antonio Trevizani(maior centroavante que já houve no Amapá); Alceu,
zagueiro, Moacir Banhos, Guara Lacerda(“Tive o prazer de jogar com ele”);
Haroldo Santos(jogador completo); Léo; Aldemir França. Esses jogadores fizeram
a diferença no futebol. Cheguei a jogar com Socó, Mário Sérgio,
Orivaldo(jogador muito diferenciado, era do Curiaú); Jonas, Faustino, Zé Preta,
Tiago(tive o prazer de jogar com ele em Belém e aqui em Macapá), e o nosso
craque maior, o Marcelino(jogou apenas seis meses no Remo, e fez carreira fora
do país”.
CRAQUES DO BRASIL – Jorginho Macapá teve a
oportunidade de jogar contra vários craques do futebol brasileiro. Cita: o
Zico(foi uma estrela do futebol brasileiro); Reinaldo(apesar da estatura
mediana, fazia a diferença); Pita(jogou no São Paulo), Zenon; Dicá(jogou Ponte
Preta), e muitos outros.
GOLEIROS DO FUTEBOL
AMAPAENSE – “O Dida,
era bom não disputar bola com ele, principalmente quando a bola vinha meia
altura, o jogador poderia ficar “sem a cabeça, pois saia para decidir”. Era um
goleiro diferenciado. Cito também o Camecran, era diferenciado; o finado
Emanuel; o Zé Roberto que jogou no São José, e muitos outros”.
TÉCNICO DE DESTAQUE - “No Amapá destaco o Aluízio
Brasil, um cara hiper-inteligente. Um treinador diferenciado, estrategista,
fazia a diferença. Sabia fazer o time fluir dentro de campo. No Brasil destaco
o Miguel Cecim(Tuna Luso), estrategista. Quando ele armava a equipe era difícil
chegar perto da área. Ele jogava com três atacantes na época, ou seja, o que
eles fazem hoje, já faziam naquela tempo. Eu aprendi com ele a jogar de ponta
esquerda e fazendo o quarto homem no meio. O outro foi o Carlinhos Silva (era
treinador do Flamengo na época), veio para o Remo. Foi um cara que me ensinou
como trabalhar a bola no meio-campo, passes(fundamentos). Ele me incentivava
muito a bater de fora da área. Ele dizia: - Você tem facilidade de fazer gol de
longe! Por que você não bate. Foi quando após os treinamentos comecei a chutar
bola das laterais, do meio de campo, e de longe. Destaco também o técnico
Dutra, que jogou futebol pelo Clube do Remo”.
MELHOR ESTÁDIO – “Brinco de Ouro da Princesa, um
dos melhores estádios em termos de gramado e estrutura. O gramado de Serra do
Navio era excepcional. O pior estádio era o Jose de Melo, em Rio Branco no
Acre”.
GLICÉRIO MARQUES – “Querem fazer do estádio Glicério
Marques um centro esportivo, isso não existe, precisamos de um estádio! Estádio
é pra justamente acomodar o torcedor para assistir jogos de futebol naquela
praça. Não colocar um monte de coisa, pois fica totalmente fora. Essa situação já
vem rolando a tantos anos. Todo ano tem essa promessa que vai mudar. Ali você
poderia agregar tantas coisas se fizesse o estádio. O Glicério Marques fica localizado
bem no centro da cidade, colocaria lojas. Seria uma praça que fomentaria a
economia, empregando pessoas e principalmente dando subsídios para o Município
e o Estado”, disse.
FINALIZANDO – Jorginho diz que o futebol
amapaense não funciona porque temos sim presidentes e outros dirigentes e não
temos gestores, aquele que arruma o clube na parte administrativa/financeiro,
organiza tudo e da liberdade pra que o clube e contrate bons atletas indicados
pela comissão técnica. O futebol se profissionalizou mas nossos dirigentes
ainda ficaram na esfera do amadorismo. Não acompanhou as mudanças.
O craque Jorginho está hoje com 54 anos de idade. Casado. Pai
de 4 filhos. Ainda bate sua bolinha pela equipe Masters do Santana Clube.
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