Todo mundo deseja ter saúde e qualidade
de vida. Mas para obter essas qualidades, é preciso responsabilidade pessoal e
uma grande dose de prudência. Nos últimos artigos falamos dos diversos apoios
que devemos dar aos sistemas e aparelhos
do corpo para termos uma saúde melhor ou recuperar quando a perdemos.
Podemos enumerar didaticamente os princípios básicos de
saúde em três: estilo e atitude mental positiva, dieta saudável e
exercícios. Nenhum sistema médico no mundo descarta esses fatores. Todos
eles nos levam à extensão de nossa sobrevida. Achar que nossa saúde está nas
estruturas hospitalares, nos produtos globalizados da indústria
químico-farmacêutica ou nas parafernálias tecnológicas da Medicina, é mera ilusão.
Os sistemas e parelhos orgânicos estão interligados e se
correlacionam para nos dar aquilo que a ciência chama de homeostase, que é o equilíbrio dinâmico da saúde interna e do
metabolismo. Uns dizem que é o cérebro que comanda o corpo, mas para isso ele
depende da normalidade dos demais sistemas orgânicos: do apoio do fígado, dos rins, da circulação e dos intestinos.
A teoria da
extensão de vida, provada por pessoas que tem uma sobrevida de mais de 100
anos de idade, responde perfeitamente a pergunta: o tempo de vida pode ser
aumentado e o processo de envelhecimento desacelerado? A resposta é definitivamente sim.
Umas das medidas a serem adotadas são justamente os
tópicos que estamos tratando nos artigos. As medidas e atitudes de apoio aos
órgãos e sistemas de maneira regular. Precisamos limpar o corpo e eliminar
escórias de maneira eficiente pelo fígado, sistema linfático e rins, órgãos que
filtram o sangue. Para que isso ocorra, a circulação tem que se processar
adequadamente.
Outro órgão importante na limpeza e depuração do corpo é
o intestino, que compõe o aparelho digestivo, o qual faz parte de todos os
aspectos da digestão, absorção e transporte dos materiais ingeridos. Ele tem em
média 6 metros de comprimento. O duodeno é curto (25 a 30 cm), que absorve
minerais. O jejuno é a porção média (2-4 metros) e o íleo, que tem 3,6 m.
Nestes últimos ocorre absorção de vitaminas, carbohidratos, proteínas,
gorduras, colesterol e sais biliares. Por fim temos o intestino grosso (cólon),
que tem cerca de 1,5 m, que tem a função de absorver água, eletrólitos e alguns
produtos finais da digestão.
O cólon armazena temporariamente os detritos (que vão
formar as fezes), que servem de meio para as enterobactérias (probióticas). A
saúde do cólon depende da preservação da microbiota, do tipo de alimento
ingerido, em particular as fibras dietéticas, que estimulam o sistema imunológico e são anticancerígenas.
O intestino sofre influência direta da qualidade da
comida que ingerimos e da função do fígado, pois este possui um sistema
circulatório próprio (sistema porta-hepático) que reabsorve muitos nutrientes
que vão constituir o sangue. Em Medicina Natural acredita-se que quem fabrica o sangue é o intestino.
As doenças que envolvem o intestino delgado (duodeno,
jejuno e íleo) resultam em síndromes de má absorção, caracterizadas por
deficiência de múltiplos nutrientes ( doença celíaca, alergias alimentares ou
intolerância, infecções intestinais e doença de Crohn, síndrome do intestino
irritável). As enzimas pancreáticas e a bile também mantém o intestino delgado
livre de microrganismos.
Outra doença comum é a constipação intestinal. A falta de
eliminação de fezes diariamente é uma condição que torna a digestão
inapropriada, incompleta e demorada, pois retém escórias que devemos eliminar diariamente
(defecação). Se isso não ocorrer, permanecendo as fezes no cólon, o organismo
sofre as consequências, como o desenvolvimento de outras doenças, decorrentes
da reabsorção de toxinas e moléculas oxidantes, que vão para a circulação
sistêmica. JARBAS ATAÍDE,
02.05.2017.
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