Exploração de Petróleo na Paraíba pode! No Amapá
não!
Senador
paraibano Vital do Rêgo (PSB/PB) propõe APP para proteger corais na Amazônia
contra exploração petrolífera. Enquanto isso os corais da costa paraibano está
sendo destruídos e causando destruição do litoral do Estado e há um ano está em
estudo a exploração petrolífera na costa da paraibana, mesma ação que
aconteceria no Amapá.
Reinaldo Coelho
O rio mar como é chamado o Rio Amazonas, devido a
sua extensão cruzando a maior floresta tropical do mundo e desaguando no oceano
Atlântico e tendo sua foz é margeada por um dos maiores manguezais contínuos do
mundo, localizado no litoral do Amapá e proclamado por organizações não
governamentais voltadas para o meio ambiente como Greenpaece de que existe uma
extensa faixa de recifes de corais e rodolitos de mais de 1.000 km de extensão
e 40 km de largura. A área de corais conhecida no primeiro estudo era de 9,5
mil km². Agora, os pesquisadores estimam que os corais se estendam por uma área
de 50 mil km² -- equivalente ao Estado do Rio Grande do Norte. Os corais são
encontrados em até 200 metros de profundidade. Essa descoberta é descordada por
especialistas amazônicos, e que já foi debatido pelos estados do Amapá e Pará. Porém foram acatadas e e levou autoridades
fiscalizadoras, no caso o IBAMA com determinação do MPF de não liberarem a
Licença Ambiental para a empresa de pesquisa realizar suas atividades na costa
do Amapá
Uma das vozes contrarias as apresentadas pelos
ambientalistas internacionais foi a do presidente do Fórum Socioeconômico do
setor produtivo do Amapá, José Ribamar, com base nos estudos científicos feitos
por especialistas da Universidade Federal do Pará (UFPA), presente no I Encontro
das Federações e Sindicatos do Pará e Amapá em janeiro desse ano declarou na
ocasião: “quebram o discurso único que se tinha, que era o do Greempeace”. Ele
se disse incrédulo pelo fato de que as autoridades brasileiras se deixaram
influenciar por “um discurso mentiroso”, que acabou retardando a exploração de
petróleo e gás na Foz do Rio Amazonas por causa da suposta existente de corais
raros em águas profundas.
Outro a se posicionar foi o vice-presidente da
Federação das Indústrias do Pará, José Mendonça, que criticou o posicionamento
passivo das autoridades brasileiras, por, segundo ele, se curvarem a interesses
de organizações internacionais que “criam fakes” quando se tenta explorar
racionalmente riquezas naturais na Amazônia. “Estamos aqui para participar do
encontro, com o objetivo de emprestar o nosso apoio ao Amapá e discutir o
desenvolvimento, como também debater o fake News criado pelo Greempeace”,
declarou.
Essa situação onde existe uma interferência externa
e dirigida contra qualquer atividade de exploração do solo amazônico, onde
interesses de gigantes da mineração, temem que atividades de exploração
derrubem suas ações e percam o monopólio internacional, traz ao povo amazônico uma
dependência econômica o que não é admissível que os que moram na Amazônia, com
a grande riqueza que tem, e o seu povo
não poder usufruir dessa riqueza, tanto os produtos florestais quanto gás e
petróleo.
Senador pede que seja criado uma APP
O PL 1.404/2019 determina que os corais da
Amazônia, localizados no litoral do Pará e do Amapá, serão considerados Área de
Preservação Permanente (APP) nos termos da Lei 12.651, de 2012. De acordo com
essa lei, a APP é uma “área protegida, coberta ou não por vegetação nativa, com
a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade
geológica e a biodiversidade, facilitar o fluxo gênico de fauna e flora,
proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas”.
O projeto também determina que ficarão proibidas
quaisquer atividades que possam causar danos aos corais amazônicos. A proposta
está na Comissão de Meio Ambiente (CMA) e será analisada em caráter
terminativo, ou seja, poderá seguir direto para a Câmara se for aprovada. Os
senadores podem apresentar emendas ao PL 1.404/2019 a partir desta sexta (15).
Na justificação do projeto, o senador Veneziano
Vital do Rêgo informa que em 2016 foram descobertos recifes de corais na foz do
Rio Amazonas, ou seja, na região onde o rio encontra o oceano.
“É o maior recife do Brasil e um dos maiores do
mundo. A existência nessas condições faz dos corais da Amazônia um ambiente com
características únicas em todo o planeta. Até então, os livros diziam que
corais não cresciam perto da foz de grandes rios, onde a água doce chega ao mar
carregada de lama, é mais escura e impede a entrada da luz”, diz o autor.
O senador mostrou preocupação com a possibilidade
de exploração de petróleo na região amazônica. Ele diz que a Agência Nacional
do Petróleo (ANP) já leiloou blocos de exploração na foz do Amazonas e as
empresas vencedoras querem iniciar a atividade de exploração. O parlamentar
avisa que um vazamento de petróleo na região poderia causar danos irreparáveis
aos corais.
No quesito proteção ambiental, o senador começou
bem sua atuação no senado federal, vindo de mandato na Câmara Federal, Vital do
Rego, quer paralisar a descoberta de petróleo nas costas do Amapá e do Pará,
mas em seu estado a situações ambientais não são nada confortáveis inclusive com
os corais da costa paraibana que estão sendo rompidos e destruídos o litoral.
No mar e no sertão paraibano a exploração petrolífera
corre frouxo e não causarão nenhum problema ambiental, pois a preocupação do
senador socialista está voltada para a Amazônia e não cuida de seu próprio quintal.
De acordo com o Diário de Pernambuco em uma matéria
assinada pelo Jornalista Vitor Nascimento e publicado em: 29/03/2018, cuja título
era “Resultado sobre petróleo na bacia PE/PB sai em 2019’. Os dados da avaliação sísmica
que serão colhidos pela norueguesa Spectrum Geo na bacia Pernambuco/Paraíba serão
divulgados em 2019 na 16ª rodada de leilões, promovida pela Agência Nacional de
Petróleo e Gás (ANP), a fim de serem vendidas às empresas petrolíferas
interessadas em investir nesse campo. Nos próximos dez anos, é a Spectrum que
terá o direito de venda desse mapeamento para as operadoras, tanto do Brasil
quanto estrangeiras. O estudo, que irá começar a ocorrer em abril com a
expectativa de duração de até três meses, tem o objetivo de fazer um
levantamento de dados lineares 2D utilizando um navio que mapeará uma área de
cinco mil quilômetros.
Der acordo com a matéria a operação iria
possibilitar a arrecadação de receitas para o estado e os municípios, através
de investimentos diretos, impostos e, em caso de sucesso exploratório, os
royalties da produção no futuro. A empresa norueguesa está presente no país
desde 2011 e, de lá pra cá, já investiu mais de US$ 300 milhões nesse setor.
Destaque-se que desde 2009 essa expectativa de
descoberta de petróleo na Paraíba, vem trazendo euforia a todos os segmentos econômicos
do Estado e que a geração de emprego e renda, seria a redenção econômica do
estado nordestino. Senhor senador pessimista, se é bom para a Paraíba, porque
não para o Amapá?
Enquanto todos se movimentam, para retirar do Amapá
esse direito de ursufruir de suas riquezas, a Guiana Francesa, já está sendo beneficiada
por aquilo que o Amapá teve e não levou.
Barrada no Amapá liberada na Guiana Francesa
A
possibilidade do Amapá ter petróleo em plena Foz do Rio Amazonas há anos gera
grande expectativa, porém, as ações da Ong Greenpeace conseguiu levar o
Ministério Público Federal (MPF) a barrar a prospecção de óleo e gás no ano
passado, diante da alegação da existência de corais amazônicos no fundo do rio.
Porém a Total, no dia 25 de outubro de 2018, em Caiena, saiu a autorização do
governo francês para que a mesma empresa barrada no Amapá possa perfurar poços
por lá, a Total E&P.
Em 2016 a multinacional francesa anunciou que
estava pronta para realizar prospecção de petróleo na Costa do Amapá, depois de
haver arrematado a concessão de quatro poligonais a 150 quilômetros do
continente, em alto mar. Na ocasião, o
diretor-geral da empresa no Brasil, Maxime Rabilloud, disse que a bacia
amazônica é a única onde ainda não foram feitas grandes descobertas de petróleo
e gás, o que instigava o grupo a investir nas pesquisas.
Com toda a pompa e circunstância, a Comunidade
Territorial da Guiana Francesa, assinou um acordo prévio de 10 milhões de euros
(€) com o grupo Total, e fez o anúncio à mídia em Caiena. E vem crescendo as
descobertas de petróleo na Guiana Francesa. No ano passado a ExxonMobil anunciou no dia 30 de agosto sua
nona descoberta no offshore da costa da Guiana, nosso vizinho ao Norte do
Brasil. A descoberta foi feita a partir da perfuração do poço Hammerhead-1 e marcou a quinta descoberta de petróleo no
bloco Stabroek. As descobertas
de Liza, Liza Deep, Payara, Snoek, Turbot, Ranger, Pacora e Longtail têm
juntas, de acordo com a empresa, recursos recuperáveis que passam de 4 bilhões
de barris de óleo equivalente (petróleo + gás).
Ou seja, os franceses guianenses ficando mais ricos
e os brasileiros amapaenses, continuam pobre e com ajuda dos brasileiros ‘ricos’,
que não querem ver os amazônicos independentes de suas produções agrícolas,
minerais e industriais, e se firmam em defender a preservação da floresta e destruíram
a Floresta Atlântica e construíram cidades, estradas, fazendas, exploração
minerais.
O Estado e os
amapaenses precisam desses recursos
Para a Petrobras, o caminho a partir da crise econômica
e financeira oriundas do roubo e da corrupção, que limpou os cofres da estatal,
foi rever seu modelo de atuação.
A estatal passou a priorizar atividades
estratégicas e apostar em parcerias para fazer frente ao desafio tecnológico e
financeiro de explorar petróleo a mais de 300 quilômetros da costa. Neste
cenário, a companhia começou a se desfazer de projetos que não fazem mais
sentido economicamente, como campos de petróleo em terra. É com estas áreas que
o setor espera fortalecer o mercado de pequenas e médias empresas.
E o setor de petróleo voltou suas atenções este
ano para o megaleilão do pré-sal, com potencial de arrecadação de até R$ 100
bilhões. As empresas não são as únicas de olho no evento. Em grave crise
fiscal, os estados disputam uma parcela do bônus de assinatura bilionário para
ajudar a equilibrar as contas.
Antes de tomar posse no cargo, o ministro da
Economia, Paulo Guedes, se reuniu com governadores, em novembro de 2018, e se
comprometeu a dividir as receitas do megaleilão com estados e municípios. No
mesmo encontro, pediu apoio para a agenda do governo, em especial para a
votação da reforma da Previdência. A medida, porém, tem impacto fiscal e não
voltou mais a ser discutida






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