sexta-feira, 24 de maio de 2019

Imóveis abandonados expõe o cidadão a riscos de saúde e segurança

Antiga sede do Esporte Clube Macapá, em plena Avenida FAB - Foto Reinaldo Coelho

Imóveis abandonados expõe o cidadão a riscos de saúde e segurança




Reinaldo Coelho

O mato alto e o acúmulo de lixo em um terreno abandonado atraem animais peçonhentos e a criação de mosquito Aedes aegypti transmissor da Dengue, Chikungunya, Zika e da Febre Amarela urbana. Imóveis fechados, abandonados e terrenos sem manutenção são algumas das principais barreiras enfrentadas pelos agentes de Saúde que atuam no trabalho de combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya. Além disso, muitos vizinhos a imóveis nestas situações desconhecem o que fazer para solucionar o problema e reduzir riscos de contaminação.

Esses moradores têm sido prejudicados com o descaso de alguns proprietários que deixam seus imóveis abandonados, sem qualquer manutenção, os quais atraem invasores, mendigos e até usuários de drogas, que fazem do local ponto para praticar atos libidinosos, tráfico ou suas necessidades fisiológicas gerando mau cheiro e o acúmulo de lixo.

Várias são as casas e prédios abandonados, que somados aos terrenos vagos, se tornam um transtorno para os vizinhos que têm suas moradias e locais de trabalho desvalorizados com o mau cheiro e o péssimo aspecto criado com a ausência de manutenção de donos que ignoram o seu dever de dar função social à propriedade.

Realidade de Macapá

Essa situação vem preocupando os moradores da capital amapaense, principalmente os moradores dos bairros periféricos, o que não isenta os bairros do centro de Macapá do mesmo problema.
Diversos deles estão localizado no centro de Macapá, em plena Avenida FAB, a maior artéria de transito intenso, e ao lados dos principais órgãos públicos estaduais e municipais tais como: Ministério Público Estadual, Defensoria Pública, Câmara Municipal de Macapá, Palácio Laurindo Banhas, sede da Prefeitura de Macapá, está abandonado há 10 anos a antiga sede do Esporte Clube Macapá. Negociada e derrubada para ser construído um edifício de dez andares, está parada desde 2009. Hoje o abandono é visível e está com uma ‘piscina de água parada’, acumulando lixo e se tornou um das ‘maternidades’ do Aedes aegypti. A área do tradicional clube do Leão da FAB, que estar completando  75 anos se transformou em um criadouro para cobras, ratos e escorpiões, além de ter focos de dengue.

Terreno que abrigaria prédio de oito andares está tomado por mato, água e lixo (Foto Rafael MoreiraGE-AP de 2015

Outro clube que negociou um projeto faraônico que iria transformar o Amapá Clube em um dos times mais bem estruturados do estado, o edifício de oito andares ainda não saiu do papel. O time também parou de realizar atividades esportivas e está sem participar de competições oficiais.
Segundo informações da diretoria do clube o valor da obra gira em torno de R$ 6,5 milhões, dinheiro que o clube hoje não tem em caixa. A previsão mais otimista de conclusão da sede é somente para 2020.   O que era para ser um projeto audacioso de um edifício com oito andares, dá lugar apenas a uma grande cratera e ao mato tomando conta de parte da antiga estrutura que sobrou.

Mais um
Água parada e lixo em prédio abandonado no Centro de Macapá preocupam moradores — Foto Ugor FeioG1

Na semana que se encerrou um edifício abandonado e pertencente a um banco,  encontra-se com o lixo, água parada e mato alto se acumulando o que tem preocupado os moradores do Centro de Macapá. Segundo eles, além da sujeira, o local serve de abrigo para criminosos que praticam delitos na região.
O prédio fica localizado na Avenida Mendonça Furtado, entre as ruas Leopoldo Machado e Hamilton Silva e sediava uma universidade. Com o abandono, foi depredado e teve lâmpadas, telhas e placas de zinco da fachada furtadas.

Mais um prédio abandonado
Centro comunitário Asa Aberta fica no bairro Pacoval — FotoRede AmazônicaReprodução

Este fica localizado no Bairro do Pacoval, próximo ao centro de Macapá, é o prédio do centro comunitário Asa Aberta, desativado há cerca de 20 anos, e ainda é alvo de preocupação por parte de moradores do entorno, que reclamam da depredação, do saqueamento e da exposição do local à ação de criminosos.
Entorno do prédio está tomado pelo mato alto — Foto Rede AmazônicaReprodução

O lugar, onde já funcionou uma escola e ofereceu diversas atividades, está abandonado e é utilizado por usuários de drogas e criminosos, que escondem produtos de roubo e se aproveitam da falta de vigilância para cometer estupros.
O governo estadual informou que o espaço está em fase de doação para o Ministério Público do Amapá (MP-AP). No local será construído um centro destinado para capacitação profissional de detentos, mas não foi dado prazo para instalação.



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