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Antiga sede do Esporte Clube Macapá, em plena Avenida FAB - Foto Reinaldo Coelho |
Imóveis abandonados expõe o cidadão a riscos de saúde e segurança
Reinaldo Coelho
O mato alto e o acúmulo de lixo em um terreno abandonado atraem animais
peçonhentos e a criação de mosquito Aedes aegypti transmissor da Dengue,
Chikungunya, Zika e da Febre Amarela urbana. Imóveis fechados, abandonados e
terrenos sem manutenção são algumas das principais barreiras enfrentadas pelos
agentes de Saúde que atuam no trabalho de combate ao mosquito Aedes aegypti,
transmissor da dengue, zika e chikungunya. Além disso, muitos vizinhos a
imóveis nestas situações desconhecem o que fazer para solucionar o problema e
reduzir riscos de contaminação.
Esses moradores têm sido prejudicados com o descaso de alguns
proprietários que deixam seus imóveis abandonados, sem qualquer manutenção, os
quais atraem invasores, mendigos e até usuários de drogas, que fazem do local
ponto para praticar atos libidinosos, tráfico ou suas necessidades fisiológicas
gerando mau cheiro e o acúmulo de lixo.
Várias são as casas e prédios abandonados, que somados aos terrenos
vagos, se tornam um transtorno para os vizinhos que têm suas moradias e locais
de trabalho desvalorizados com o mau cheiro e o péssimo aspecto criado com a
ausência de manutenção de donos que ignoram o seu dever de dar função social à
propriedade.
Realidade de Macapá
Essa situação vem preocupando os moradores da capital amapaense,
principalmente os moradores dos bairros periféricos, o que não isenta os
bairros do centro de Macapá do mesmo problema.
Diversos deles estão localizado no centro de Macapá, em plena Avenida
FAB, a maior artéria de transito intenso, e ao lados dos principais órgãos públicos
estaduais e municipais tais como: Ministério Público Estadual, Defensoria
Pública, Câmara Municipal de Macapá, Palácio Laurindo Banhas, sede da
Prefeitura de Macapá, está abandonado há 10 anos a antiga sede do Esporte Clube
Macapá. Negociada e derrubada para ser construído um edifício de dez andares,
está parada desde 2009. Hoje o abandono é visível e está com uma ‘piscina de
água parada’, acumulando lixo e se tornou um das ‘maternidades’ do Aedes
aegypti. A área do tradicional clube do Leão da FAB, que estar completando 75 anos se transformou em um criadouro para
cobras, ratos e escorpiões, além de ter focos de dengue.
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Terreno que abrigaria prédio de oito andares está tomado por mato, água e lixo (Foto Rafael MoreiraGE-AP de 2015 |
Outro clube que negociou um projeto faraônico que iria transformar o
Amapá Clube em um dos times mais bem estruturados do estado, o edifício de oito
andares ainda não saiu do papel. O time também parou de realizar atividades
esportivas e está sem participar de competições oficiais.
Segundo informações da diretoria do clube o valor da obra gira em torno
de R$ 6,5 milhões, dinheiro que o clube hoje não tem em caixa. A previsão mais
otimista de conclusão da sede é somente para 2020. O que
era para ser um projeto audacioso de um edifício com oito andares, dá lugar
apenas a uma grande cratera e ao mato tomando conta de parte da antiga
estrutura que sobrou.
Mais um
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Água parada e lixo em prédio abandonado no Centro de Macapá preocupam moradores — Foto Ugor FeioG1 |
Na semana que se encerrou um edifício abandonado e pertencente a um
banco, encontra-se com o lixo, água
parada e mato alto se acumulando o que tem preocupado os moradores do Centro de
Macapá. Segundo eles, além da sujeira, o local serve de abrigo para criminosos
que praticam delitos na região.

Mais um prédio abandonado
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Centro comunitário Asa Aberta fica no bairro Pacoval — FotoRede AmazônicaReprodução |
Este fica localizado no Bairro do Pacoval, próximo ao centro de Macapá, é
o prédio do centro comunitário Asa Aberta, desativado há cerca de 20 anos, e ainda
é alvo de preocupação por parte de moradores do entorno, que reclamam da
depredação, do saqueamento e da exposição do local à ação de criminosos.
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Entorno do prédio está tomado pelo mato alto — Foto Rede AmazônicaReprodução |
O lugar, onde já funcionou uma escola e ofereceu diversas atividades,
está abandonado e é utilizado por usuários de drogas e criminosos, que escondem
produtos de roubo e se aproveitam da falta de vigilância para cometer estupros.
O governo estadual informou que o espaço está em fase de doação para o
Ministério Público do Amapá (MP-AP). No local será construído um centro
destinado para capacitação profissional de detentos, mas não foi dado prazo
para instalação.
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