Chamado popularmente como “molécula da felicidade”, a serotonina
se destaca entre os neurotransmissores cerebrais, atuando na modulação de
diversos mecanismos complexos que interligam o corpo e a mente. Mas para interferir na química cerebral e nas
emoções, o organismo precisa de um precursor da serotonina: o aminoácido essencial triptofano, não
produzido pelo organismo.
O triptofano deve ser adquirido pela
alimentação para podermos produzir serotonina suficiente para garantir o nosso
equilíbrio emocional, a nossa digestão ou mesmo uma boa noite de descanso. Eles
agem em muitos outros processos:
- Ele atua na sintetizar proteínas, além
das vitaminas do complexo B;
- O triptofano
estimula a secreção de melatonina,
que atua nos ciclos de
sono e
vigília, e previne o envelhecimento precoce;
- Atua na higidez emocional, tendo um
efeito antidepressivo;
- Além disso, é um bom ansiolítico, reduzindo
a agressividade.
- O triptofano pode colaborar no
tratamento da obesidade e regular a ansiedade e compulsão alimentar.
Os
neurotransmissores cerebrais como dopamina, noradrenalina e serotonina regulam
nossa força psíquica. Mas para obtermos os seus efeitos precisamos não só
melhorar e diversificar a alimentação, mas cuidar de nossa digestão e função
intestinal. Isso porque a maior parte da serotonina circulante é produzida no intestino delgado (jejuno-íleo).
Estudos publicados em 2016 pela Universidade de Melbourne, mostram também que
nessa aliança devemos incluir um terceiro protagonista: nosso intestino.
Ter um bom humor e alto astral,
dormir melhor, reduzir o limiar de dor ou o envelhecimento, ter resiliência e
motivação para encarar a vida… Tudo isso depende dessa
substancias maravilhosos: triptofano e serotonina. Sem um nível adequado
de triptofano, a síntese de serotonina não seria possível, interferindo em
nosso humor, saúde e cognição.
Mas
para termos essa sintonia entre cérebro, intestino e mente trabalhando juntos é
preciso melhorar nosso estilo de vida. Mas
como saber se temos níveis baixos de triptofano e serotonina?
Então
devemos ficar atentos aos efeitos associados a um baixo nível de triptofano e
serotonina: insônia, fraqueza e cansaço físico, tendência ao estresse e
ansiedade, baixo astral, depressão, aumento dos sintomas da síndrome
pré-menstrual, compulsão por comida, problemas cognitivos: falhas na memória,
concentração e atenção; distúrbios digestivos.
Além
de ficar atento ao nosso estado de humor, é aconselhável procurar uma
orientação médica ou profissional para poder propor uma abordagem correta. O ideal é sempre prestar atenção à nossa
dieta e à alimentação equilibrada. Vejamos algumas alternativas:
Oleaginosas,
leguminosas e sementes: amendoim,
castanha de caju, semente de abobora, girassol e gergelim, grão de bico,
lentilhas, feijão, soja; Frutas: banana, cereja e abacate; Alimentos
ricos em vitaminas do complexo B: ovos, carnes magras e
laticínios; Alimentos ricos em ácidos graxos ômega 3: óleo de linhaça,
sementes de chia, cavala, salmão, atum, nozes; Alimentos
ricos em magnésio: chocolate
amargo, farelo de trigo, amêndoas, levedura de cerveja e alga
spirulina.
Portanto,
para potencializar a ingestão de triptofano, visando mediar a produção de
serotonina, devemos não só incluir uma alimentação diversificada e de
qualidade, mas também também reduzir o consumo de alimentos que, em geral, não
são benéficos: fast food, alimentos industrializados, massas refinadas,
biscoitos e bolos, ricos em gordura saturada. (Fonte: amenteémaravilhosa, junho/2018). JARBAS ATAÍDE, 20.05.2019.
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