O
tombamento da Igreja Matriz de São José foi tratado, na última quarta-feira
(19), por representantes da Diocese de Macapá, Confraria Tucuju, Instituto do
Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e Governo do Estado (GEA),
por iniciativa da Promotoria de Justiça de Urbanismo do Ministério Público do
Amapá (MP-AP). O prédio é o mais antigo da capital amapaense e o parecer
técnico aponta o desgaste na estrutura, construída em 1761. Por isso a necessidade
de preservação e reforma. Foi definido prazo para que a Secretaria Estadual de
Cultura (Secult) finalize o processo de tombamento.
O
procedimento solicitando o tombamento estadual e municipal foi iniciado em
2015, por iniciativa da presidente e sócios da Confraria Tucuju, bispo Pedro
José Conti e fiéis católicos. A presidente da Confraria, Telma Duarte, declarou
que da parte do Município não houve avanço, e do Estado, falta a finalização do
procedimento para encaminhamento por parte do secretário de Cultura, Evandro
Milhomem, para sanção do governador Waldez Góes.
O
bispo Pedro Conti disse estar temeroso quanto à Lei Municipal nº 1831/2010, que
determina que o proprietário do bem tombado é responsável pela reforma e, na
impossibilidade, pode a Prefeitura arcar com a obra e inscrever a Diocese na
dívida ativa do Município.
O
superintendente do IPHAN, Haroldo Oliveira, informou durante a reunião que a
responsabilidade da instituição abrange somente os tombamentos federais. “Porém
podemos prestar apoio e consultoria para as instâncias específicas do
patrimônio, ou no processo de contratação de empresa para a elaboração do
documento técnico”.
“A
Lei Federal prega que, caso o proprietário não tenha condições de fazer a
reforma, o Ente Público assume a obra sem que o proprietário seja colocado em
dívida pública. O tombamento é realizado com base no reconhecimento de seu
valor histórico cultural, e a partir de então são estabelecidos critérios para
avaliar que intervenções podem ser feitas, levando-se em consideração os
valores que se pretende preservar”, definiu o superintendente.
José
Augusto Cardoso, representante da Secult, afirmou que será dada prioridade ao
tombamento, mas que necessita de suporte técnico do IPHAN, e que a parceria
será formalizada. Junto com o superintendente do IPHAN, o representante da
Cultura se comprometeu a, no prazo de 120 dias, realizar os pareceres técnicos
e finalizar o processo de tombamento.
A
promotora de Justiça Neuza Barbosa, da Promotoria de Urbanismo, ressaltou que o
MP-AP intercedeu para a aceleração do processo de tombamento, por se tratar de
um bem histórico e que precisa de urgência no trâmite para que os recursos para
restauração possam ser pleiteados.
“A
Promotoria de Urbanismo está empenhada na finalização deste processo de
tombamento, para corrigir estes equívocos históricos, que colocam em risco a
Igreja que faz parte da memória da cidade e já é patrimônio estadual, mas não
foi tombada, antes que uma tragédia ocorra pelas condições de sua estrutura
física”, destacou Neuza Barbosa.
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