Justiça absolve
Adélio Bispo; autor da facada em Bolsonaro será internado

Adélio Bispo de
Oliveira, autor do atentado ao presidente Jair
Bolsonaro, foi absolvido nesta sexta-feira (14). A absolvição se
baseia em outra decisão da Justiça que o considerou inimputável no
processo em que é acusado de esfaquear o então candidato do PSL durante evento
de campanha. As informações são da revista digital “Crusoé”.
De acordo com a
publicação, o juiz federal Bruno Savino, da 3ª Vara da Justiça Federal em Juiz
de Fora (MG), determinou que ele seja internado por tempo indeterminado no
presídio federal de segurança máxima de Campo Grande (MS) e seja também
submetido a perícia médica daqui três anos.
“Pelo exposto, em
razão da inimputabilidade do réu ao tempo do fato, absolvo impropriamente
Adélio Bispo de Oliveira, nos termos do art. 386, VI, do Código de Processo
Penal. Pela imputação do delito previsto no art. 20, parágrafo único, primeira
parte, da Lei n° 7.1 70/83, aplico medida de segurança de internação (art. 96,
l, do CP e art. 386, parágrafo único, III, do CPP), por tempo indeterminado,
enquanto não for verificada a cessação da periculosidade, o que deve ser
constatado por meio de perícia médica, na forma do art. 97, §2°, do CP, ao fim
do prazo mínimo, que fixo em três anos em razão das circunstâncias do atentado
e da altíssima periculosidade do réu. Converto a prisão preventiva em medida
cautelar de internação provisória. Determino que o réu seja mantido custodiado
na Penitenciária Federal de Segurança Máxima de Campo Grande/MS”, diz a
decisão.
Em maio, o mesmo juiz
havia determinado que Adélio é “portador de Transtorno Delirante Persistente” e,
por isso, inimputável, ou seja, não poderia ser punido criminalmente.
“Quanto à avaliação sobre a capacidade de
entendimento do caráter ilícito do fato e a capacidade de determinação do
acusado, suas conclusões oscilaram entre a inimputabilidade e a
semi-imputabilidade”, afirmou Savino, em nota.
A decisão foi
criticada pelo presidente, que, na ocasião, considerou “tudo muito suspeito”.
“Esse cara aí viajava o Brasil todo, esse cara aí tinha um cartão de crédito,
esse cara frequentou academia de tiro em Santa Catarina, foi filiado ao PSOL
até 2014. Surpreendentemente, em 6 de setembro, dia do crime, o nome dele
apareceu no cadastro de visitantes do Congresso. Isso ia ser usado como álibi,
caso ele não tivesse sido preso em flagrante. É tudo muito suspeito”, disse à
revista Veja.
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