Bolsonaro entrega à Câmara projeto que muda regras da CNH
Proposta aumenta de 20 para 40 pontos o limite para suspensão da
habilitação. Texto será discutido pelos parlamentares e precisará ser aprovado
pela Câmara e pelo Senado.
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O presidente Jair Bolsonaro foi pessoalmente
nesta terça-feira (4) à Câmara dos Deputados para entregar um projeto de lei
que muda trechos do Código Brasileiro de Trânsito. Dentre as alterações, está a
ampliação – de 20 para 40 pontos – do limite para suspensão da Carteira
Nacional de Habilitação (CNH).
Para que as mudanças entrem em vigor, o
projeto precisará ser discutido no âmbito das comissões e, depois de aprovado,
apreciado pelo plenário da Câmara e do Senado.
O projeto do governo também prevê a ampliação
da validade da habilitação, de cinco para dez anos. A habilitação dos idosos
também terá validade ampliada de dois e meio para cinco anos.
Principais pontos do projeto
·
Aumenta
de 20 para 40 o limite de pontos, em um período de um ano, para suspensão da
CHN;
·
Amplia
a validade da CNH de 5 para 10 anos;
·
Amplia
a validade da CNH para idosos de 2 anos e meio para 5 anos;
·
Mudança
nas regras para o transporte de crianças nos veículos;
·
Possibilidade
de o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) liberar bicicletas elétricas sem
maiores exigências;
·
Fim
da exigência de exame toxicológico para motoristas profissionais.
Bolsonaro entregou o projeto diretamente ao
presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), na Câmara dos Deputados. Após a
entrega, o presidente concedeu entrevista.
"É um projeto que parece que é simples,
mas atinge todos do Brasil. Porque todo mundo é motorista ou anda de uma forma
ou de outra em um veículo automotor", afirmou Bolsonaro.
"É muito importante [a proposta], a
gente passa de 5 pra 10 anos a validade da carteira de motorista. Passa de 20
para 40 os pontos para perder a carteira de motorista. Entre outras coisas,
também nós tiramos do Detran a exclusividade nas clínicas para emitir o
atestado de saúde para carteira de motorista", explicou o presidente.
Em abril, ao dar detalhes da proposta, o
ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, explicou que, apesar de aumentar
de 20 para 40 a quantidade de pontos que o motorista deve acumular para ter a
carteira suspensa, o projeto vai acelerar a suspensão em casos de infrações
graves e gravíssimas, como dirigir depois de beber.
"Estamos desburocratizando, seguindo
determinação do presidente Bolsonaro. A ideia, então, é tornar a vida do
cidadão mais fácil", disse o ministro, que acompanhou a entrega do projeto
na Câmara.
O ministro também justificou a mudança no
prazo de validade da habilitação, de cinco para dez anos.
"Outra coisa importante é a validade do
exame de direção, do exame de saúde, que está passando de cinco para 10 anos.
Isso tem uma razão orgânica. A expectativa de vida melhorou, a saúde melhorou,
e nós continuamos impondo um exame para fazer a carteira a cada cinco
anos?", declarou o ministro.
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Segundo informações do Ministério da
Infraestrutura, atualmente o processo de suspensão em casos de infrações graves
e gravíssimas chega a passar por seis instâncias. Com a proposta, seriam apenas
três instâncias até que o motorista perdesse o direito de dirigir.
Visita à Câmara
É a segunda semana consecutiva que o
presidente vai à Câmara. Na semana passada, Bolsonaro decidiu, de última hora,
ir a pé do Palácio do Planalto ao Congresso, que também fica ao redor da Praça
dos Três Poderes, para acompanhar parte de uma sessão em homenagem ao humorista
Carlos Alberto de Nóbrega.
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