O ex-lateral esquerdo João Costa e Silva, mais conhecido no meio do futebol como Toco - Nasceu em Macapá, no bairro Central, no dia 26 de janeiro de 1956. Seus pais eram todos amapaenses. Jurandir de Almeida Silva e Glafina Costa e Silva.
Toco começou a jogar futebol muito cedo com 9 anos idade pela Praça da Bandeira. Nessa época lembra do Léo, Chiquinho, onde hoje é a Pediatria, ali tinha dois campos de futebol.
Com 15 anos foi titular do Oratório Recreativo Clube, chamado de Centro Recreativo Nossa Senhoria de Fátima que depois virou Oratório, época do Padre Raimundo e Padre Salvador, disputa acirrada entre JOT do bairro do Trem e Nossa Senhora de Fátima, jogos eram realizados no bairro do Trem, "existia toda aquela rivalidade, eu já jogava no meio do pessoal", lembra.
Torneio Aníbal Barcellos - O saudoso governador do Território Federal do Amapá Aníbal Barcellos(falecido) entregando o troféu de campeão ao jogador Toco do Oratório, final contra o Macapá, ladeado pelos jornalistas Joaquim Neto(falecido) e Sebastião Oliveira - 1982? |
Toco nunca saiu do Oratório. Foram mais de 16 anos vestindo a camisa do clube. Ele conta que os convites foram muitos como: Guarany de Milton Corrêa e Moacir Coutinho; o Ypiranga Clube tentou levá-lo, não conseguiu, também surgiram convites para jogar em Belém do Pará, mas sua paixão era o Oratório, preferiu ficar em Macapá ao lado da mãe que precisava de seu auxílio. Durante todo esse tempo foi expulso apenas uma vez, jogo contra o Esporte Clube Macapá, "o Savino era o juiz. Placar de 2 a 1 para os azulinos, com Léo, Aldemir França, Haroldo Santos...(time do Macapá era muito bom), hoje olhando a televisão, nosso futebol perdeu a essência, não produz mais craques. O futebol do Amapá acabou, os caras ganham um absurdo de dinheiro e não jogam nada. Depois que o futebol virou profissional não liguei mais. Acabaram com o estádio Glicério Marques, a construção do Zerão dificultou a vida do torcedor de ir ao estádio, porque o Glicerão era no centro da cidade, de fácil acesso e palco principal do amapaense.
Não sou a favor que tragam jogadores de fora do estado, um ou dois atletas de fora é o suficiente mesclando com a base de casa, as peneiras é de fundamental importância, além da interiorização, acho que o incentivo de clubes do interior irá alavancar nosso futebol" ressalta.
ORATÓRIO RECREATIVO CLUBE - CAMPEÃO AMAPAENSE DA SEGUNDA DIVISÃO - 1979 Em pé: Sinval, Smith, Paulinho Monteiro, Antônio, Raimundinho e Toco - Agachados: Paulinho, Roberto Gato, Carlinhos Moreira. Balalão e Paulo Rener. |
Perguntei para o Toco qual foi o melhor jogador que viu jogar? Me respondeu rapidamente, "o Roberto Gato, jogou demais, as vezes era malcriado, mas era craque", declara.
Oratório Recreativo Clube - Campeão Suburbano - 1976 |
Cita também o goleiro Camecran, Zé Preta, Tiago, Aldemir França, Léo, Haroldo Santos(Era sensacional), destaca ainda Biló, que jogou pelo Juventus. "O Odoval Moraes era um paizão para gente, ele dava o suporte, como treinador e dirigente".
Toco encerrou a carreira no Oratório em 1990, aos 34 anos de idade. Tem formação em Torneiro Mecânico, da primeira turma do Ginásio de Macapá(na época segundo grau completo). É marceneiro por paixão, desde quando começou no Oratório se empregou na Movelaria Darc(Presidente Vargas). É funcionário da Prefeitura Municipal de Macapá, Semob, desde 1984. São 35 anos de prefeitura e 12 anos na Moveleira Darci, total de 47 anos de trabalho, onde conciliava futebol com o trabalho, hoje está com 63 anos de idade.
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